
Créditos: Imagem Gerada por Inteligência Artificial / CHAT GPT
Creio que essa Nova Evangelização está acontecendo com as Novas Comunidades. Nota-se aí a 'nova expressão' de vida cristã pedida pelo Santo Padre. Aí está um 'novo ardor' no fogo do Espírito Santo; e 'novos métodos' de evangelizar, sobretudo, pelos meios de comunicação. A Igreja já não está mais andando de carroça no asfalto.
O Espírito Santo, que é alma da Igreja, sempre a socorre especialmente nos momentos mais difíceis de sua história. Nos tempos modernos, Ele suscitou a partir do Concílio Vaticano II uma 'Primavera na Igreja', como declarou João Paulo II. As flores e os frutos dessa Primavera podem ser vistos, sobretudo, nos Novos Movimentos e nas Novas Comunidades de Vida e de Aliança, envolvendo especialmente os jovens, que deixam tudo, os prazeres do mundo, a família, para servir a Deus unicamente.
As novas comunidades
Assim, é notório e inegável que uma das grandes obras que o Espírito Santo tem feito na Igreja, nos últimos quarenta anos, como um fruto, sobretudo da Renovação Carismática Católica [RCC], são as Novas Comunidades de leigos e consagrados, que se multiplicam a cada dia. Só no Brasil já são centenas dessas comunidades; algumas de vida; outras de aliança; e muitas com as duas opções.
Elas são como que 'um rosto novo da Igreja' que surge; fiel às suas origens. Sou testemunha de que elas resgatam a vivência do Cristianismo puro, observando toda a riqueza da nossa fé católica. A reza do Rosário foi resgatada, uma prática antes tão abandonada e para as Novas Comunidades é alimento espiritual diário indispensável. Da mesma forma, a Santíssima Virgem Maria é venerada com todas as honras a que tem direito como Mãe de Deus. E o povo voltou a rezar o Terço, a Ladainha Lauretana, o Ofício da Imaculada, a fazer peregrinações aos santuários marianos.
Nelas [Novas Comunidades], Nosso Senhor Jesus Cristo é amado, servido e adorado verdadeiramente como Senhor e Salvador. O que importa é que o Seu Reino seja implantado na terra pela evangelização; missão primeira dessas Comunidades. Os jovens são evangelizados com ardor e parresia, a castidade lhes é apresentada como uma fonte de vida; os casais são chamados a viver a fidelidade a Deus e ao cônjuge entre outros.
Confissão e Eucaristia
Os Sacramentos são vividos com toda a intensidade e plenitude; sobretudo, a Confissão e a Eucaristia são amadas e desejadas. A bênção do Santíssimo Sacramento, tão abandonada antes, agora é celebrada com alegria, fé e profundidade. A adoração do Santíssimo, como tem pedido Sua Santidade, já há muito é realizada nas Novas Comunidades, especialmente pela realização do "Cerco de Jericó", por meio do qual o Senhor Eucarístico é adorado por sete dias e sete noites ininterruptas.
Os carismas de serviço são os mais variados em cada uma delas: algumas se dedicam a recuperar jovens drogados e viciados no álcool; outras se dedicam aos mendigos e abandonados; outras se dedicam à evangelização pelos meios de comunicação, e muitas coisas mais. Nas Comunidades Novas, a hierarquia da Igreja é amada; a sua necessidade é entendida; e trabalha-se em comunhão com ela. E isso é fundamental, pois assim, evita-se o perigo de ser formar "igrejas paralelas" ou independentes da única Igreja que Cristo instituiu.
Assim como na unidade dos membros de uma Comunidade está a força desta, assim também na unidade das Novas Comunidades entre si estará a força da Igreja. Cada Comunidade tem que se sentir irmã das demais e responsável por cada uma delas. Não pode haver rivalidade e competição entre elas; ao contrário, é preciso haver amor e auxílio mútuo.
O carisma e o serviço próprio de cada uma devem estar sempre à disposição das outras para que todas se edifiquem e juntas construam o Reino do Senhor na terra. Não pode haver a menor concorrência entre uma Comunidade e outra, pois isso seria a negação da caridade e do serviço ao Reino.
Para se enfrentar o secularismo avassalador de nossos dias, as Comunidades são imprescindíveis, mas para isso precisam ser fortes; e essa força depende muito da comunhão entre elas. Os seus líderes e coordenadores precisam se conhecer de perto, partilhar seus problemas, ajudarem-se reciprocamente: tudo para a edificação do Reino de Deus.
Praticamente, não há hoje uma diocese no Brasil e no mundo que não se beneficie do bom trabalho dessas Comunidades de Vida e de Aliança, que a serviço da evangelização estão aí presentes. Com isso, multiplicam-se as rádios católicas, jornais, revistas, retiros, acampamentos, shows, aprofundamentos, trazendo o povo de Deus de volta para a Igreja. As Comunidades e os movimentos eclesiais estão ajudando a Igreja a devolver Deus para aqueles que estavam perdidos".

Felipe Aquino
Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino
Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/a-importancia-das-novas-comunidades-na-igreja/