28 de fevereiro de 2022

Não faça desta Quaresma apenas mais uma em sua vida


"Concedei-nos, ó Deus Todo-poderoso, iniciar, com este dia de jejum, o tempo da Quaresma, para que a penitência nos fortaleça no combate contra o espírito do mal."

A linda oração que abre este artigo trata-se de uma súplica entoada por toda a Igreja por ocasião da cerimônia de imposição das cinzas na Quarta-feira de Cinzas. Ela pode ser encontrada tanto no Missal quanto no Breviário Romano, e apresenta, com singular clareza, a tonalidade geral do Tempo Quaresmal: período de combate "contra o espírito do mal". Assim, a Quaresma pode ser concebida como a etapa, por excelência, de luta contra os espíritos malignos.

Se recorrermos à Palavra de Deus, perceberemos que, após o batismo de Jesus e antes de Sua vida pública, Ele se retirou para o deserto e lá permaneceu por 40 dias inteiros (cf. Mt 3;4). Sua permanência no deserto de nada possui um sentido de passividade, pelo contrário, lá, Jesus aniquilou todas as investidas do diabo. Ele jejuou, orou, combateu e triunfou sobre o mal. Com o seu exemplo, mostrou àqueles que seriam seus seguidores, o modo de combater. Por isso, durante a Quaresma, com todo esmero, devemos observar a prática do jejum e a luta cotidiana contra o diabo que se manifesta, dia e noite, por meio das tentações: pensamentos maldosos, momentos de raiva, julgamentos, maledicências (…).

Não faça desta Quaresma apenas mais uma em sua vida

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Como surgiu o período da Quaresma?

Desde os primeiros séculos do cristianismo, havia o costume de se fazer um curto período de jejum antes da Solenidade da Páscoa com um sentido de preparação para essa significativa celebração cristã. Aos poucos, esse curto período de tempo foi se estendendo e deu origem ao período da Quaresma como se tem hoje.

Esse tempo privilegiado da Quaresma se estende por cinco semanas. Inicia-se na Quarta-feira de Cinzas e encerra-se na Quinta-feira Santa, antes da Missa da Ceia do Senhor (exclusive). O número de dias da Quaresma não se relaciona apenas com os 40 dias que Jesus esteve no deserto. É associado também a muitas outras passagens bíblicas como os 40 dias e as 40 noites do dilúvio (cf. Gn 7, 12); os anos em que o povo hebreu perambulou no deserto (cf. Nm 14, 33) dentre muitas outras passagens.


É tempo de exercícios espirituais

Assim como todas as sextas-feiras do ano, a Quaresma é um período próprio para os exercícios espirituais. Tempo de penitência, privações voluntárias como o jejum e a esmola; abstinências e outras formas de mortificação; orações, leitura e meditação das escrituras. Período, acima de tudo, para exercitar a caridade (cf. CIC 1438).

Todos esses importantes exercícios espirituais não devem ser vistos como um peso, senão, como um extraordinário meio de purificação. Eles auxiliam os fiéis a recordarem que o pecado traz gravíssimas consequências para todo o Corpo Místico de Cristo, sendo assim, um período propício para detestar o pecado e levar a todos às obras de misericórdia, ao Sacramento da Reconciliação e à Eucaristia.

Em suma, durante a Quaresma, cada fiel, na intenção da Igreja, deve aproximar-se um pouco mais daquele tipo de vida cristã mais perfeita, experimentada pelos ascetas e pelos santos. Não viva, caríssimo internauta, esse tempo de qualquer maneira. Que esta não seja apenas mais uma Quaresma de nossa vida.

Para concluir este artigo, gostaria de deixar uma estrofe de um hino rezado por toda a Igreja nesse Tempo Quaresmal durante o ofício das leituras dos dias de semana:

Agora é tempo favorável,
divino dom da Providência
para curar o mundo enfermo
com um remédio, a penitência.

Deus abençoe você e até a próxima!


 


Gleidson Carvalho

Gleidson de Souza Carvalho é natural de Valença (RJ), mas viveu parte de sua vida em Piraúba (MG). Hoje, ele é missionário da Comunidade Canção Nova, candidato às ordens sacras, licenciado em Filosofia e bacharelando em Teologia, ambos pela Faculdade Canção Nova, Cachoeira Paulista (SP). Atua no Departamento de Internet da Canção Nova, na Liturgia do Santuário do Pai das Misericórdias e nos Confessionários. Apresenta, com os demais seminaristas, o "Terço em Família" pela Rádio Canção Nova AM. (Instagram: @cngleidson)


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/liturgia/tempo-liturgico/quaresma/nao-faca-dessa-quaresma-apenas-mais-uma-em-sua-vida/


23 de fevereiro de 2022

O céu e o inferno existem. Onde nós merecemos estar?


Dois temas comumente evitados na vivência da nossa fé são o céu e o inferno, mas deste último fala-se ainda menos. Às vezes, tem-se a impressão de que todos os caminhos levam ao céu. Não importa o que façamos, não importa como vivamos nossa vida, parece que sempre haverá um jeitinho de escapar da larga estrada que conduz à perdição. Mas não é isso o que Nosso Senhor nos ensina: "Lutai para entrar pela porta estreita, porque vos digo que muitos tentarão e não conseguirão".

Infelizmente, a maioria de nós vive como se o inferno não existisse, como se não houvesse consequências para as nossas ações. Ainda que sejamos mentirosos, invejosos, orgulhosos, adúlteros e ladrões, Deus nos acolherá em Sua presença, desde que invoquemos e exaltemos seu Santo Nome. Mais uma vez é o próprio Jesus que nos corrige: "Nem todo aquele que me disser: Senhor, Senhor! entrará no reino de Deus, mas aquele que cumprir a vontade de meu Pai do céu".

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Você pensa sobre o céu e o inferno?

Mais do que crer no inferno, precisamos meditar sobre ele, sobre o que significa ser condenado. Lá, como ensina Santo Afonso Maria de Ligório, "passarão todos os séculos e o inferno estará em seu princípio". Nem conseguimos imaginar o que é sofrer suplícios eternos, ver passar o tempo em meio às penas e não ter esperança de que elas cessarão. O alerta de São João da Cruz, de que "por causa de prazeres passageiros, sofrem-se grandes tormentos eternos", serve para todos nós.

Um passo adiante nessa meditação é pensar quantas vezes já merecemos o inferno. Conta-se que alguns santos nunca pecaram mortalmente, mas acredito que isso seja uma condição excepcionalíssima. Sei que eu já incorri incontáveis vezes em pecado mortal e talvez seja essa a sua situação. Se já me confessei e fui absolvido, de que serve pensar nisso? Para reconhecer o amor e a misericórdia de Deus para conosco: "Louvado sejas, Senhor, pois diversas vezes mereci o inferno, mas vós não me precipitastes nele, dando-me novas chances de me emendar".

Se o inferno é um tema que pouco aparece na nossa vida espiritual, não é menos verdade que temos enorme dificuldade para pensar sobre o céu, o paraíso. Como somos governados pelos sentidos, toda representação que se vê do céu tende a se basear neles. Ocorre que como esse mundo é o império dos sentidos, não dá para o céu "concorrer" com os prazeres sensuais que já encontramos aqui na terra. Será possível encontrar no paraíso alguma comida que satisfaça mais o nosso paladar do que aquelas que já encontramos nos banquetes de que participamos? O mesmo pode se dizer dos aromas, dos sons, das belas imagens e do tato. Nosso mundo é especialista em agradar os sentidos, então toda representação mundana do céu parece boba, sem graça, chata, a ponto de parecer mais "legal" ir para o inferno, onde há mais "agitação".


Como é entrar no céu?

Deveríamos sair dessa dimensão superficial e meditar sobre o que realmente significa entrar no céu. Isso, contudo, não é fácil. Tanto é assim que Jesus sempre recorreu a muitas imagens para descrever o Reino dos céus: um tesouro escondido no campo, uma rede lançada ao mar, uma pérola preciosa, o fermento sobre a massa, o grão de mostarda que cresce e se torna enorme…

Santo Afonso Maria de Ligório nos ajuda demais a imaginar que tipo de tesouro encontraremos no céu. Lá veremos, "a descoberto e sem véu, a beleza infinita de Deus, e é nisto que consistirá o gozo do bem-aventurado". Enquanto estamos nesse corpo mortal, somos incapazes de ver a Deus, porque nos prendem os nossos sentidos. Uma vez tirado esse véu, veremos, diz o santo, "o amor imenso que Deus nos mostrou em fazer-se homem e em sacrificar por amor a nós sua vida na Cruz". Finalmente conheceremos "o amor excessivo encerrado no mistério da Eucaristia: ver um Deus posto presente sob a espécie de pão e feito alimento de suas criaturas".

Pense na sua eternidade

Tudo o que nós virmos no céu nos fará conhecer a bondade infinita de Deus e nós como que seremos "submergidos no mar infinito da bondade divina". Não podemos nos perder no que nos dizem nossos sentidos, mas fiar-nos na promessa de Cristo, Nosso Senhor: "Vou preparar-vos um lugar".

Não perca tempo: reflita muito sobre a morte, o céu, o inferno, sobre seus pecados e pense que "tudo quanto se faça para evitar uma eternidade de penas é pouco, é nada". Por isso, exclame: "Eis-me aqui, Senhor: quero fazer tudo o que de mim quiserdes".



José Leonardo Nascimento

José Leonardo Ribeiro Nascimento é casado, pai de quatro filhos e membro do segundo elo da Comunidade Canção Nova desde 2007. Natural de Paripiranga (BA), cursou Ciências Contábeis na Universidade Federal de Sergipe e fez pós-graduação em economia por meio do Minerva Program, na George Washington University, nos Estados Unidos. Trabalha, há 18 anos, como Auditor Federal na Controladoria-Geral da União em Aracaju (SE). Ele e sua esposa trabalham, há muitos anos, com a evangelização de casais e de famílias, coordenando grupos e pregando em retiros e encontros.
Instagram: @leonardonascimentocn | Facebook: @leonardonascimentocn


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/o-ceu-e-o-inferno-existem-onde-nos-merecemos-estar/


21 de fevereiro de 2022

A cura das nossas heranças espirituais


O nosso antepassado, durante muito tempo, foi marcado por situações dolorosas: a colonização do Brasil, a tortura, a escravidão, as senzalas, o feitorismo, dentre diversas outras. Trazemos todas essas marcas em nosso sangue.

Além das heranças materiais que recebemos de nossos pais e familiares – casas, dinheiro, fazendas –, trazemos também as heranças físicas (genéticas) e espirituais.

A Bíblia nos fala dessa herança espiritual e afirma que todos somos afetados tanto pelos erros quanto pelos acertos, mesmo que eles tenham sido realizados no passado, antes mesmo de nascermos. "Castigo a culpa dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração dos que me odeiam" (Ex 20,5b).

A consciência de que os erros cometidos por nossos antepassados influenciam diretamente a vida das gerações futuras sempre esteve presente. Os israelitas afirmavam: "Nossos pais, que pecaram, já morreram, e carregamos seus pecados"  (Lm 5,7). Deus não quer que o pecado seja perpetuado. Isso é uma consequência da infidelidade dos pais para com Ele, gerando, assim, situações dolorosas para seus filhos.

O profeta Daniel também reconhece a influência do pecado dos antepassados como origem dos males. Ele orou a Deus com as seguintes palavras: "Senhor, com toda a tua justiça, volta teu rosto, tem pena de Jerusalém, tua cidade, a tua Montanha Santa, pois, por causa de nossos crimes e dos pecados de nossos pais, Jerusalém e teu povo são hoje uma vergonha em todo o derredor"(Dn 9,16).

Uma vez que trazemos conosco estas heranças dos nossos antepassados, precisamos rezar pelos falecidos, pelas almas do purgatório. Se Deus é eterna pureza, no Céu não entrará nenhuma poeirinha. Todos nós vamos passar pelo purgatório. Por isso, a oração precisa ser constante, principalmente para os que estavam longe da graça de Deus. Jesus pediu isso para nós, mas somos muito displicentes em rezar pelos nossos mortos, pois lembramos deles somente no Dia de Finados.

Precisamos rezar pelos nossos avós, bisavós, tataravós, pela cura das gerações e por todo nosso antepassado.

A cura das nossas heranças espirituais

Foto ilustrativa: doidam10 by Getty Images

As más heranças precisam ser destruídas pelo poder da Palavra e da presença de Jesus

Precisamos destruir todas as más heranças que carregamos conosco: alcoolismo, prostituição, taras, adultério, miséria, pobreza, maldição, confusão, destruição nos casamentos. Isso não é terapia de vida passada, não é reencarnação. É o próprio catolicismo, dogma da Igreja Católica.

Quantas coisas eu, irmã Maria Eunice, fui descobrindo, e quantas graças me aconteceram depois que comecei a rezar pelas minhas heranças e meu antepassado. Eu rezo, pois a minha confiança está no Senhor que fez o Céu e a Terra.

A Palavra de Jesus rasga os nossos corações e tem o poder de curar, de libertar, de nos resgatar de  qualquer situação. Jesus vai a lugares onde as pessoas costumam pedir a Sua presença, onde bênçãos são semeadas.

É exatamente por isso que precisamos orar, pedir e professar palavras de bênçãos para os nossos filhos, para a nossa família. Se alguém nos maltrata, precisamos dizer: "Deus o abençoe".

Em minha casa, éramos catorze irmãos. Na hora de sair e na hora de dormir, era uma gritaria só: "Bença, mãe, bença, pai". Precisamos aprender a abençoar e não a amaldiçoar.

Palavras de bênção X Palavras de maldição

O Diabo aproveita situações muito simples para nos usar. São situações que aos nossos olhos podem parecer bobas, porém não são – as palavras que falamos sem pensar, os xingamentos, aquilo que declaramos quando estamos nervosos. As palavras são sementes que lançamos e plantamos, consequentemente, são as que colheremos. Se pronunciarmos palavras de maldição, a maldição virá. Se pronunciarmos palavras de bênçãos, as bênçãos virão.

Nós somos uma geração abençoada e precisamos fazer jus a essa graça. Precisamos pedir a Deus a graça de limpar nosso coração, quebrar as maldições em nossa família. Precisamos renunciar ao maligno, ao ocultismo, a satanás, em nosso nome, de nossa família e de nosso antepassado. Essa renúncia deve ser feita diante de Jesus, aliada à oração do credo:

"Creio em Deus Pai Todo-poderoso, criador do Céu e da Terra. E em Jesus Cristo, Seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo. Nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja católica, na comunhão do santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém!"

O sangue de Cristo é o remédio

Nunca podemos esquecer também o quanto a oração do Pai-Nosso durante a Santa Missa é poderosa. A sua continuação diz: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a Vossa paz. Ajudados pela Vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo na esperança, aguardamos a vinda de Cristo Salvador.

As maldições nos atingem e nos ferem, mas existem soluções; caso contrário, seríamos casos perdidos. Todos nós temos problemas, e para solucioná-los precisamos detectar o que se passou em nossa família, os pecados presentes em nossa árvore genealógica, em nossa geração passada. Se não buscarmos por soluções, daremos uma grande abertura para o demônio entrar em nossa vida.

Deus não sente prazer em amaldiçoar um filho, porque Ele é amor. Somos nós quem não observamos os Seus mandamentos. Sabe qual o remédio para as maldições? O Sangue de Jesus, derramado dois mil anos atrás e que perdura eternamente. Somos curados das maldições que nos afetam pela nossa em Jesus.

A fé é capaz de mover montanhas

Quando voltavam para junto da multidão, alguém aproximou-se de Jesus, caiu de joelhos e disse: "Senhor, tem compaixão do meu filho. Ele tem crises de epilepsia e passa mal. Muitas vezes cai no fogo ou na água. Levei-o aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo!" Jesus tomou a palavra: "Ó geração sem fé e perversa! Até quando vou ficar convosco? Até quando vou suportar-vos? Trazei aqui o menino". Então Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino, que ficou curado a partir dessa hora. Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram em particular: "Por que nós não conseguimos expulsar o demônio?" Ele respondeu: "Por causa da fraqueza de vossa fé! Em verdade vos digo: se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: 'Vai daqui para lá, e ela irá. Nada vos será impossível'" (Mt 17,14-21).

Jesus reprova a incredulidade daquele povo e nos traz, por meio dessa passagem, esse ensinamento: os milagres e libertações em nossa casa não acontecerão sem oração e sem fé.

Jesus curou os Seus discípulos do complexo de superioridade. Eles viviam discutindo quem era o maior, quem seria o maior. Jesus curou o coração dos dois discípulos de Emaús, que desciam decepcionados para sua aldeia. Qual decepção Deus precisa curar na nossa vida? Decepção com alguém? Com a Igreja? Com Jesus? Com as pessoas? Com a família? Com a nossa própria história? Essas decepções precisam ser perdoadas, curadas! O sentimento de derrota e decepção é uma poderosa arma para o demônio.

O perigo das decepções e da ingratidão

O demônio ataca e começa a trabalhar nas nossas decepções, inseguranças e nos nossos medos. Se estivermos curados, reconciliados com nossa história e pronunciarmos com fé: "Eu sou cristão", o demônio fugirá. Ele tem medo da Palavra de Deus.

Outro grande perigo para nós é a ingratidão. O Diabo gosta de pessoas ingratas, que reclamam de tudo. Quando falamos em batalha espiritual, a arma mais poderosa é a palavra. Quantas vezes falamos: "Eu morro de trabalhar e ganho pouco". Ou reclamamos: "Não tem o que comer nessa casa", quando os armários e geladeiras estão cheios de mantimentos. Isso é arma para o demônio! Reclamar é uma forma de amaldiçoar o próprio trabalho, o próprio sustento. No momento em que falamos que ganhamos pouco, aumentamos a nossa miséria.

Padre Léo dizia que o demônio (o "encardido") não é criativo. Apesar de ser "esperto", ele é repetitivo, nos pega pelos mesmos erros, pelos nossos mesmos defeitos, tentando impedir ou adiar a nossa conversão.

Não deixe para amanhã a sua conversão!

É como a história de Santo Expedito. Nosso santo guerreiro marcou a história por seu testemunho de vida. Mártir da fé, morreu decapitado em abril do ano 303, por ordem do imperador Diocleciano. Expedito era soldado romano, levava uma vida devassa, até que teve um marcante encontro com Deus. Tocado pela graça Divina, ele se converteu e mudou radicalmente de vida, mas também nessa ocasião teve início o seu sofrimento, ao ser tentado pelo inimigo da salvação dos homens, que quis ludibriá-lo. O espírito do mal apareceu diante dele em forma de corvo e lhe falou: "Crás! Crás! Crás!" – palavras latinas que querem dizer: "Amanhã! Amanhã! Amanhã!".

Eis a proposta do maligno para ele: "Deixe para amanhã. Não tenha pressa! Adie sua conversão!" Esse grande santo da Igreja, cansado daquela vida, não titubeou e pisoteou  o corvo, esmagando-o e gritando: "hodie!" – que quer dizer: "hoje!".

A grande armadilha do diabo contra nós é esta: convencer-nos a mudar de vida só amanhã. Ele sabe das nossas manias: deixamos a roupa para lavar amanhã, o armário para arrumar amanhã, deixamos a vida nova para amanhã.


Converta-se hoje!

Se algo quebrou, temos de consertar na hora. Aprendi com monsenhor Jonas Abib que não podemos deixar nada para o outro dia. Não podemos abrir brechas para o demônio entrar em nossa casa. Pode parecer bobeira, mas as coisas pequenas se tornam grandes. São coisas práticas  e da nossa vida particular, mas que precisam ser endireitadas. Pois se não as endireitarmos, elas se tornarão gigantes e piores.

É uma luta! Quanto mais a gente tenta se converter,  mais o demônio nos ataca de todas as formas. Nós, cristãos, temos o dever de reconhecer quais são essas formas. Talvez, seja pelo orgulho, pela ganância, pela ansiedade, pela bagunça que deixo para arrumar amanhã, pelas coisas que deixo de fazer por preguiça, pela nossa reclamação, pelos programas aos quais assisto na televisão e que não são agradáveis aos olhos de Deus.

Assim, como Santo Expedito, precisamos discernir de que maneira o inimigo de Deus quer nos atacar.

Trecho extraído do livro "Jesus, o amor que cura", de Irmã Maria Eunice


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-interior/a-cura-das-nossas-herancas-espirituais/


18 de fevereiro de 2022

Que pecados nos impedem de comungar?


A Igreja nos ensina que não podemos comungar em pecado mortal sem antes nos confessarmos. Pecado mortal é aquele que é grave, normalmente contra um dos Dez Mandamentos de Deus: matar, roubar, adulterar, prostituir, blasfemar, prejudicar os outros, ódio etc. É algo que nos deixa incomodados.

§1856 – O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da Reconciliação:

"Quando a vontade se volta para uma coisa em si contrária à caridade pela qual estamos ordenados ao fim último, há no pecado, pelo seu próprio objeto, matéria para ser mortal (…) quer seja contra o amor de Deus, como a blasfêmia, o perjúrio etc., ou contra o amor ao próximo, como o homicídio, o adultério etc. Por outro lado, quando a vontade do pecador se dirige, às vezes, a um objeto que contém em si uma desordem, mas não é contrário ao amor a Deus e ao próximo, como, por exemplo, palavra ociosa, riso supérfluo etc., tais pecados são veniais" (S. Tomás, S. Th. I-II,88,2).

Que pecados nos impedem de comungar

Foto ilustrativa: Daniel Mafra/cancaonova.com

Quais as condições e matéria para que o pecado seja mortal?

§1857 – Para que um pecado seja mortal, requerem-se três condições ao mesmo tempo: "É pecado mortal todo pecado que tem como objeto uma matéria grave e que é cometido com plena consciência e deliberadamente" (RP 17).

§1858 – A matéria grave é precisada pelos Dez Mandamentos segundo a resposta de Jesus ao jovem rico: "Não mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não defraudes ninguém, honra teu pai e tua mãe" (Mc 10,19). A gravidade dos pecados é maior ou menor; um assassinato é mais grave do que um roubo. A qualidade das pessoas lesadas entra também em consideração. A violência exercida contra os pais é em si mais grave do que contra um estrangeiro.


Conhecimento e consentimento

§1859 – O pecado mortal requer pleno conhecimento e pleno consentimento. Pressupõe o conhecimento do caráter pecaminoso do ato, de sua oposição à lei de Deus. Envolve também um consentimento suficientemente deliberado para ser uma escolha pessoal. A ignorância afetada e o endurecimento do coração (cf. Mc 3,5-6; Lc 16,19-31) não diminuem, antes aumentam, o caráter voluntário do pecado.

§1860 – A ignorância involuntária pode diminuir ou até escusar a imputabilidade de uma falta grave, mas supõe-se que ninguém ignore os princípios da lei moral inscritos na consciência de todo ser humano. Os impulsos da sensibilidade, as paixões podem igualmente reduzir o caráter voluntário e livre da falta, como também pressões exteriores e perturbações patológicas. O pecado por malícia, por opção deliberada do mal, é o mais grave.

§1861 – O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, como o próprio amor. Acarreta a perda da caridade e a privação da graça santificante, isto é, do estado de graça. Se este estado não for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus, causa a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, já que nossa liberdade tem o poder de fazer opções para sempre, sem regresso. No entanto, mesmo podendo julgar que um ato é em si falta grave, devemos confiar o julgamento sobre as pessoas à justiça e à misericórdia de Deus.

§1862 – Comete-se um pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento.



Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/que-pecados-nos-impedem-de-comungar/


16 de fevereiro de 2022

Para não falar mal dos outros


Uma pessoa muito desejosa para mudar de vida – se esforçava para não cometer os mesmos defeitos e pecados – me segredou: "Padre, o que faço para me controlar, não julgar nem falar mal das pessoas?".

Como essa nossa irmã, temos muitos pequenos defeitos e vícios que precisam ser controlados através de uma firme e consciente luta interior. Por exemplo: falar mal dos outros revela o quanto somos inseguros, invejosos e temos muita imaturidade para trabalhar os relacionamentos e conflitos interiores.

Um segredo para crescer nas virtudes é a perseverança nas suas práticas, e isso requer sempre esforço, renúncia e oração, contando sempre com o auxílio do Divino Espírito Santo, nosso mestre de santidade. Eu lembrei desta história. Ela nos ajuda a fazer uma revisão dos nossos costumes:

Para não falar mal dos outros

Foto ilustrativa: skynesher by Getty Images

O que faço para me controlar, não julgar e falar mal das pessoas?

Certa pessoa encontrou-se com o filósofo Sócrates e lhe disse: "Tenho algo a lhe dizer sobre um amigo seu".

Sócrates respondeu: "Permita-me lhe propor passar pelo filtro triplo para aceitar seu comentário".

A pessoa disse: Claro que sim! O que é esse tal de filtro triplo?".

E o filósofo esclarece: "Para que eu o ouça falar algo de alguém, mesmo que não fosse meu amigo, teria que passar por um filtro de três condições. A primeira é a verdade. Você tem absoluta certeza de que o que vai me falar é verdadeiro?".

O camarada respondeu: "Não… Ouvi outra pessoa falar isso sobre seu amigo".

Sócrates disse: "Então, não tenho dever nenhum em ouvi-lo, já que não tens a veracidade do que vais me falar, mesmo que a pessoa em questão não fosse digna de respeito".

E continuou Sócrates: "Vou lhe revelar o segundo filtro para que eu pudesse ouvi-lo, já que a verdade seria suficiente para eu não o escutar. É o filtro da bondade. É bom para mim saber o que tens a me dizer sobre meu amigo?".

O homem respondeu: "Não é algo bom, é desagradável".

Retrucou Sócrates: "Se não é verdadeiro e muito pior, para que me interessaria saber algo que poderia estragar o meu dia, não sendo verdadeiro nem bom? Mas vou lhe falar sobre o terceiro filtro para que as nossas conversas não sejam vazias e nada construtivas. É o filtro da utilidade. Será para mim e para você algo útil? Vai me servir para aumentar minha sabedoria e meu crédito sobre meu amigo?".

O homem coçou a cabeça e disse: "Não acho que seja útil nem para mim nem para ti".

"Pois bem – disse Sócrates – a nossa conversa acaba por aqui, sabendo que o que devemos acumular nesta vida é a sabedoria".

A caridade é o mais precioso filtro

Como seria bom se todas as nossas conversas passassem por esses filtros! Isso sem falar que falta um filtro preciosíssimo ao nosso caro filósofo Sócrates: o filtro da caridade, ou seja, o amor fraterno que nos foi ensinado por Jesus Cristo, o Mestre dos mestres. Seu ensinamento foi simples, mas capaz de mudar o mundo.

Vejamos o que nos diz São João: "Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade! Aí está o critério para saber que somos da verdade; e com isto tranquilizaremos na presença dele o nosso coração" (I João 3,18-19).


Mais do que uma filosofia, o amor é um princípio de vida. Todas as outras práticas – respeito, verdade, bondade e utilidade – têm no amor o seu alicerce principal. Antes de tudo, faltam a nós esses passos do filtro triplo, porque nos falta o amor, a compaixão. Ele é uma conquista, exige tempo, suor e, muitas vezes, lágrimas. É preciso saber perder para ganhar, pois amar, muitas vezes, é renunciar, é esquecer de si para que o outro venha para fora. É aprender a promover o outro, e, porque não dizer, morrer para que o outro viva.

Isso tudo nos ensinou Jesus. Não um filósofo, mas um Mestre da vida, do comportamento, do respeito humano, da qualidade de vida, da dignidade da pessoa, porque, antes de tudo, nos ensinou que o AMOR é a única maneira de mudarmos o mundo a partir das pessoas. Faltam verdade, bondade e utilidade, porque, antes de tudo, falta-nos o amor, e todas as pessoas são capazes de amar.

Podemos usar o filtro triplo de Sócrates, mas acrescentemos a ele a vida de Jesus, o amor.

Minha benção fraterna.



Padre Luizinho

Padre Luizinho, natural de Feira de Santana (BA). Ordenado em 22 de dezembro de 2000, cujo lema sacerdotal é "Tudo posso naquele que me dá força".


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/para-nao-falar-mal-dos-outros/


14 de fevereiro de 2022

Ter filhos é reconhecer a vida de Deus que habita em nós

Quando não se conhece o futuro, ter filhos é uma loucura, não é? Atualmente, muitas pessoas se interrogam sobre essa questão. Chegamos a compreendê-las quando nos deparamos com os grandes problemas do nosso mundo: a crise econômica, a deterioração ecológica, o subdesenvolvimento etc.

Porém, essa questão não se resume nisso. De certa forma, ter filhos é sempre uma loucura, é um salto no desconhecido. Será que vamos ser capazes de os educar, de lhes dar o necessário — material, mas também espiritual — para viverem? Eles nos darão os meios de sermos felizes? Entre outras. Ora, de fato, essas interrogações voltam-se para nós mesmos. Seremos nós felizes? A nossa vida tem algum sentido? Se não, como poderemos dar a outros a vida da qual nós próprios não gostamos?

Ter filhos é reconhecer a vida de Deus que habita em nós

Foto Ilustrativa: StefaNikolic by Getty Images / cancaonova.com

Dar a vida para a eternidade

Se dar a vida é sempre uma loucura, é também — e talvez acima de tudo — um ato de confiança. De confiança no homem que é capaz do melhor. De confiança na vida; e, para o cristão, na Vida que é o próprio Deus. De fato, a partir do momento em que um homem e uma mulher dão origem a uma nova vida, o próprio Deus está ali implicado. A partir desse instante, esse novo ser é objeto da Sua atenção, do Seu amor.


O homem e a mulher dão a vida para a eternidade! Ora, se isso é verdadeiramente assim, dar a vida não é uma loucura, e sim o mais belo presente que podemos imaginar!

Comunidade Shalom


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/ter-filhos-e-reconhecer-a-vida-de-deus-que-habita-em-nos/

10 de fevereiro de 2022

3 passos para saber se você precisa de cura interior


A cura interior não é só importante, é também necessária. Precisamos ser curados! Deus quer nos curar plenamente e, por meio dessa cura, somos restaurados na nossa personalidade. A cura interior é a chave para a cura plena da pessoa. Cada dia é um dia de surpresas que o Senhor nos reserva. Podemos confiar e nos abrir sem medo à ação do Espírito Santo.

Foto Ilustrativa: by Getty Images /ozgurdonmaz

A cura interior é a cura da mente e do coração

Como saber se eu preciso de cura interior? Onde eu preciso de cura interior? Questionamentos fundamentais que, nós, sob luz do Espírito Santo, precisamos fazer e buscar o discernimento, o diagnóstico. Se um médico é cuidadoso em fazer um diagnóstico ao seu paciente, quanto mais nós precisaremos ter cuidado com o diagnóstico das nossas emoções e as das pessoas. Precisamos nos abrir ao Espírito Santo, agir em nome de Jesus, agir para o bem, porque Deus trabalha para o bem e para todos aqueles que O amam. Para seguir o exemplo de Jesus, que passou pela Terra fazendo o bem e libertando as pessoas do poder de satanás, é preciso concluir esse trabalho, é preciso ter fé e compaixão.

Passos práticos para responder aos questionamentos: eu preciso de cura interior? Onde eu preciso de cura interior?

1º passo

Saber o que está acontecendo com você. Isso se chama observação. Olhar os sintomas e anotar. Observar tudo: sintomas físicos, doenças físicas que você traz e que se passam com você. Tomar nota de tudo o que acontece no seu corpo. Fazer muitas perguntas a si mesmo, anotar cada detalhe, enfim, tomar nota dos sintomas físicos. É preciso fazer bem feito. Depois de anotar todos os sintomas emocionais, lembre-se de que eles são espelhos do que você vive interiormente (Exemplo: quando você está sozinho, o que você sente?). Ficar atento aos sentimentos.

Além disso, tome nota das atitudes de vida, porque elas refletem o que você vive interiormente. Como você se comporta? (Exemplo: dizer uma mentira é sintoma de um problema muito mais profundo). Não podemos rezar somente pelos sintomas, porque assim a cura não acontece.

2º passo

Descobrir a doença, dar nome ao seu diagnóstico. Orar por cura profunda. Quais são os problemas emocionais profundos?

Rejeição

Como ela vem? Vem quando eu sinto que não sou amado e querido pelas pessoas que me são importantes e próximas. Não é que elas não me amem, eu que me sinto assim. Sentimentos que podem existir: raiva, amargura, tristeza, ódio, inveja dos amigos, suspeita, falta de confiança nas pessoas. Rejeição é a mais importante ferida emocional, a grande dor que Jesus sentiu foi a da rejeição.

Sentimento de Culpa

Ele entrou quando eu fui criado em uma família muito religiosa, onde alguns conceitos são passados de maneira errada. Exemplo: "Papai do Céu vai castigá-lo"; "Papai do Céu está vendo tudo que você está fazendo de errado". A culpa saudável nos leva à conversão, mas a culpa errada nos leva a ter medo de Deus, medo do castigo eterno.

Sentimento de Inferioridade

Quando a criança nasce, ela está cheia de sentimentos de superioridade, porque todos olham para ela, tornando-a centro de tudo; porém, conforme a criança cresce, as pessoas se cansam e ela deixa de ser o centro. Talvez, ainda, ela escute dos pais expressões do tipo: "Como você é ruim, você é mal!". Forma-se nela uma imagem pobre de si mesma, vinda de palavras negativas que chegam a ela. Nasce, com isso, um sentimento de autopiedade, de ódio de si mesma, depois vem a autodestruição, chegando, muitas vezes, ao suicídio.

Medos

Não são os medos pequenos, são os medos grandes que paralisam a pessoa, que a fazem fechar-se nelas mesmas, como o medo da morte, de ficar sozinho, do diabo, do escuro etc.

3º passo

É o mais importante: encontrar as causas profundas pelas quais você tem esses problemas emocionais, as fontes dos problemas profundos das pessoas. Como está escrito no início: não basta rezar pelos sintomas, é preciso rezar pelas causas.


Deus abençoe você!



Vera Lúcia Reis

Missionária na Canção Nova, Vera Lúcia Reis é atualmente a Formadora Geral da Comunidade. Formada em Teologia, a missionária também possui pós-graduação em Gestão Eclesial.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-interior/3-passos-para-saber-se-voce-precisa-de-cura-interior/


8 de fevereiro de 2022

A amizade verdadeira leva você a conhecer a alma do outro


Na amizade, assim como em nossa vida, nós passamos por momentos que nos marcam, nos transformam, nos comovem, nos ensinam e, muitas vezes, nos machucam profundamente.

As pessoas quando entram em nossa vida, entram por alguma razão, algum sentido, e até aquelas que aparentemente nos pareçam não terem nada a nos oferecer, não estão passando por nós apenas por passar.

A amizade verdadeira leva você a conhecer a alma do outro

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

A amizade como um dom de Deus

Deus permite que as pessoas se encontrem e resgatem entre elas alguma coisa. Discutir o que cada um nos trará será perda de tempo, desperdiçando a oportunidade de conhecer a alma dessas pessoas.

Conhecer a alma significa conhecer o que as pessoas sentem, o que elas realmente desejam ou o que elas buscam no mundo, pois só assim poderemos tê-las por inteiro em nossa vida. A amizade é muito importante na vida do ser humano.

Reconhecer-se no outro

Precisamos de amigos para trocar experiências, nos ensinar, nos conduzir, nos alegrar e também para cumprirmos nossa missão na terra. Essas pessoas entram em nossa vida, às vezes, de maneira tão estranha que até nos intrigam. Mas são especiais e têm algo a nos dizer e, mesmo que o momento seja breve, com certeza elas deixarão algo para nós.

Observe a sua vida, comece a recordar todas as pessoas que já passaram por você e o que cada um deixou. Você estará buscando a sua própria identidade, que foi sendo construída aos poucos, de momentos que aconteceram na sua vida e que até hoje interferem em seu caminho.


Aproveite para conquistar uma pessoa a cada dia, dar a ela a sua maior atenção e fazer com que você também seja algo muito importante na vida dessa pessoa.

Equipe Formação Portal Canção Nova


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/relacionamento/amizade/a-amizade-verdadeira-leva-voce-a-conhecer-a-alma-do-outro/