26 de agosto de 2025

Qual a diferença entre freira, irmã e madre?

Chamadas a servir

Há vários termos para identificar a vida religiosa e diferenciar as funções de cada religioso e religiosa. Para a vida religiosa feminina, há três nomes: freira, irmã e madre.

Freira é o feminino de frei, que vem do latim frater, que significa "irmão"; portanto, freira é o mesmo que irmã. Podemos usar um ou outro para a mesma mulher consagrada.

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

A freira ou irmã pertence a uma congregação ou ordem religiosa e professa os votos de castidade, pobreza e obediência. Vivendo vida fraterna em comunidade, dedica-se à oração e ao serviço aos irmãos, de acordo com o carisma e a missão de sua congregação ou instituto religioso.

"Madre", do latim mater, em português significa "mãe". Madre é o título dado à irmã religiosa coordenadora de uma comunidade de irmãs ou de uma ordem ou congregação religiosa. Sua missão é cuidar de suas irmãs, principalmente para manter a fidelidade ao carisma e missão da congregação.

Como uma jovem se torna uma freira?

O tempo para uma jovem entrar no convento, mosteiro etc. varia de uma congregação para outra. Há famílias religiosas que determinam um tempo de dois anos de acompanhamento, outras de um ano, o que depende do processo humano, espiritual e vocacional de cada uma.

Esse acompanhamento vocacional é para ajudar a jovem a discernir bem o que Deus quer para ela. O que nem sempre é fácil! Para isso, são feitas conversas com o diretor espiritual e vocacional, retiros e conhecimento da vida religiosa em várias congregações.


Antes de uma jovem se tornar freira (ou irmã) em uma comunidade religiosa, é preciso que ela tenha claro o chamado de Deus para essa vocação. São Paulo diz que "os dons e os chamados de Deus (vocação) são irrevogáveis" (Rom 11,29). Deus chama para sempre. Esse chamado é uma expressão do amor de Deus para essa jovem. É uma vocação voltada para os outros, um desejo de dividir a vida com outras pessoas, com humildade, seguindo Cristo, que nos ensinou com Sua vida o que é amar.

A freira é uma pessoa que, ao deixar sua casa, seus pais e irmãos, vive para Deus e para os irmãos. Mas isso não quer dizer que ela perde as suas origens e o cuidado com os pais.

Testemunho

Tenho gratas recordações, por exemplo, das irmãs salesianas que serviam no Asilo São José, em Lorena, que ficava bem ao lado de nossa casa. Eu era pequeno, mas já admirava, profundamente, o carinho com que aquelas irmãs cuidavam dos velhinhos, levando-os em cadeiras de rodas para a Missa, que eu ajudava como coroinha. Da mesma forma, eu amava muito essas mesmas irmãs salesianas que eram responsáveis pela Santa Casa de Misericórdia de Lorena, e que também, com muito carinho, com aquele hábito todo branco, cuidavam dos doentes.

Esses exemplos pessoais me brotam do coração todas as vezes que penso nessas freiras, que deixaram o mundo para servir totalmente a Deus. Quando a idade vai avançando e as limitações físicas chegam, muitas delas têm de se recolher às Casas dos idosos da Congregação, pois já não têm mais saúde para o trabalho externo. Continuam, no entanto, sua missão de salvar as almas, oferecendo ao Senhor os seus sofrimentos e as suas constantes orações.

Podemos servir a Deus trabalhando por Seu Reino, e também rezando e sofrendo. Para essas religiosas, cada dia que passa deve o coração se expandir e aprender a amar sem limites.

Hábito religioso

Elas usam o hábito religioso, um sinal para o mundo da consagração da religiosa (Compendio Vaticano II – Perfectae Caritatis art. 17). É sinal de que essas mulheres são escolhidas, consagradas e reservados a Deus, e lembra, mesmo a pessoa que o usa, que ela representa sua congregação e por ele é identificada.

Algumas Congregações e Ordens Religiosas conservam o seu uso, segundo as orientações de seu fundador e de suas Constituições. As vestes devem ser simples, modestas e de acordo com as condições de saúde, de tempo e lugar. O profissional da saúde usa o branco para se identificar, o militar usa a farda, o religioso usa a veste de consagrado. Sinal de pertença a Cristo. O hábito religioso delas lembra aos que os vêm a existência de Deus. É um sinal e um testemunho público da condição de consagrados e de pessoas que estão à serviço da comunidade, como servidores e missionários do Reino de Deus.

As freiras não são religiosas porque usam o hábito, mas usam o hábito porque são religiosas.

Clausura

Há freiras e irmãs que vivem a vida monástica; as contemplativas, que vivem no claustro, numa vida reclusa, sem contato com o mundo exterior nem com as pessoas. Identificam-se com Jesus Cristo em oração sobre o monte e com o seu mistério pascal. A clausura é uma maneira especial de "estar com o Senhor", e de partilhar o aniquilamento, numa vida de renúncia radical não só às coisas, do prazer e do mundo.

As que vivem nos mosteiros são chamadas de monjas, vivem afastadas do mundo, mas não alienadas do mundo. O tempo todo essas almas contemplativas elevam a Deus uma prece pelos que sofrem.

Santa Elisabete da Trindade, carmelita descalça, escreveu a uma amiga: "Creia-me: por trás das grades do Carmelo tem um pequeno coração que lhe reserva uma lembrança tão fiel, uma alma totalmente unida à sua e que sente pela senhora um profundo afeto".

Uma carmelita disse que a vida em clausura é estar aos pés do divino Mestre velando em oração. Essas monjas de clausura são como Moisés na batalha contra os amalecitas (Ex 17,8ss) que, com os braços erguidos, intercedem para a salvação do mundo.



Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/qual-a-diferenca-entre-freira-irma-e-madre/

23 de agosto de 2025

Coração de Pai

A reflexão da importância da figura paterna através de São José

A figura paterna conta muito na estruturação do caráter e da personalidade do ser humano e a carência de paternidade pode explicar o desgoverno existencial que aflige tantas pessoas, com desdobramentos para a vida em sociedade. Em um mundo carente de paternidade, oportunidades para se avançar, qualitativamente, no viver humano, são perdidas. Merece, pois, na oportunidade oferecida pelo segundo domingo de agosto, Dia dos Pais, refletir sobre a importância da figura paterna à luz do exemplo de São José.

Créditos: piccerella by GettyImages / cancaonova.com

O mundo precisa do "Coração de pai", expressão que é título da Carta Apostólica do Papa Francisco, apresentada em 2020, no sesquicentenário da Declaração de São José como Padroeiro Universal da Igreja. Contemplar a vida de São José, inspiração para os pais, contribui para que este mundo supere a sua carência de paternidade – uma sociedade desnutrida da figura paterna convive com estreitamentos de horizontes humanísticos que aprisionam o ser humano na força ilusória do dinheiro, da fama, dos títulos.

Contemplar o modo como São José exerce a paternidade – ele é pai adotivo de Jesus, educador da casa de Nazaré ao lado de Maria – possibilita iluminar a ação de graças pelo Dia dos Pais com nobres lições. Aprendidas, essas lições capacitam homens e mulheres a adequadamente exercerem suas responsabilidades. Cada pai deve ser referência na vida de seus filhos, ajudando a consolidar valores e posturas que alcançam o mais completo e nobre sentido do viver humano.

A vida de São José tem força para inspirar correções diante de destemperos sociais e institucionais

A exemplo de São José, os pais são chamados a compreender a própria vida como dom, dedicando-a ao compromisso sociopolítico e espiritual de qualificar a sociedade. Incontestável, pois, é a urgência contemporânea de se aprender a ser pai, de resgatar a figura paterna modelar no mais profundo da consciência e da vivência. Esse resgate ajuda a superar destemperos pessoais e institucionais que também são fruto de mediocridades e da mesquinhez. A vida de São José tem força para inspirar correções. Fala-se resumidamente de São José nos evangelhos, com relevos postos pelos evangelistas Mateus e Lucas, delineando o suficiente para se compreender a exemplaridade do Padroeiro da Igreja no exercício da paternidade e a importância de sua missão.

São José é insigne protetor, como testemunha Santa Teresa D'Ávila, ao dizer que dele recebia tudo de que precisava. Para Santa Teresa, suas obras foram sempre exitosas, material e espiritualmente, graças à ajuda recebida do Padroeiro Universal da Igreja.

São José é, especialmente, uma escola sobre o exercício da paternidade. Ao assumir a condição de pai adotivo de Jesus, o fez em obediência amorosa a Deus, Pai do Salvador. São José, assim, compreendeu que sua missão vai muito além de ocupar um lugar ou de oferecer cuidados materiais. A sua paternidade foi emoldurada pela transcendência, que lhe possibilitou a singular compreensão sobre a missão do próprio Cristo, o Menino Jesus.

Missão infinitamente maior que a tradição judaica de se aprender a profissão do pai. Assim, José foi além do ensino das habilidades essenciais à carpintaria de Nazaré. Homem de presença cotidiana discreta, torna-se protagonista na história da salvação, pai amado que se coloca inteiramente a serviço do crescimento, em graça e sabedoria, do filho de Deus.

O amor de São José, assim, transluz o olhar de Jesus: o carpinteiro dedica a sua vida, integralmente, ao cuidado da Sagrada Família. Sua atitude desdobra-se em princípio e lição que precisa ser sempre, e cada vez mais, testemunhada, aprendida. José ensinou Jesus a andar segurando-o pela mão, infundindo confiança pela proximidade e ternura.

Importa, pois, perceber, a força da ternura, forma de enfrentar a fragilidade humana, sem idealismos narcísicos desnorteadores que conduzem a ilusões perigosas no âmbito do poder. A ternura suplanta a obra do maligno, é caminho para encontrar a misericórdia de Deus e tornar-se capaz de ser instrumento da reconciliação.


Paternidade que acolhe, ensina e inspira coragem para transformar vidas

Contemplando o exemplo de São José, é possível reconhecer: a paternidade possibilita a experiência da acolhida, do abraço, do amparo e do perdão, pela infusão de uma coragem que debela o medo paralisante, incapacitante para o diálogo. A figura paterna ajuda o ser humano a compreender a importância determinante da obediência – fruto da escuta que permite enxergar para além dos limites da própria visão.

Uma obediência que vence a angústia de não compreender desígnios, por vezes alimentada pelas ilusões dos próprios cálculos e limites humanos. O exercício exemplar da paternidade revela-se em São José, com sua paciência e confiança em Deus, tornando-o vitorioso diante das muitas vicissitudes e percalços, com o desenvolvimento da resiliência e tenacidade, mesmo quando teve que percorrer longas distâncias, deixar a sua pátria, como ocorreu na fuga para o Egito.

Seu respeito às prescrições da Lei modela a aprendizagem de Jesus, constituindo uma escola domiciliar. Essa escola contribui para que José transmita a sua resiliência ao filho – sem escorregar na direção de soluções fáceis, covardes e desonestas. Constitui para o filho a mais importante herança: o valor do acolhimento, pela nobreza da oração e de tudo subordinar à caridade, lei maior e inegociável.

No lastro da caridade de São José, o brilho de sua atitude respeitosa à mulher, sem violências físicas, verbais ou psicológicas. Mesmo nas situações em que se viu confuso, manteve-se respeitoso, delicado. Um jeito de ser que é essencial às dinâmicas de reconciliação, ao protagonismo corajoso e forte na construção de uma trajetória.

José, sublinha a carta apostólica do Papa Francisco, é um pai com coragem criativa, abrindo espaço no seu íntimo até mesmo para aquilo que não escolheu, atento às intervenções de Deus por meio de pessoas e acontecimentos, enfrentando um mundo que parece estar à mercê de fortes e poderosos.

E na consideração das muitas lições da paternidade de José, a figura de pai trabalhador, iluminadora neste tempo em que tantos homens são excluídos do direito ao trabalho digno. São José, com seu exemplo, interpela o mundo contemporâneo a promover, sempre mais, o direito ao trabalho, um desafio social.

A figura de José ilumine a gratidão aos pais, e seja uma oração-apelo pela qualificação da paternidade. O mundo precisa do coração de pai.



Dom Walmor Oliveira de Azevedo

O Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Atual membro da Congregação para a Doutrina da Fé e da Congregação para as Igrejas Orientais. No Brasil, é bispo referencial para os fiéis católicos de Rito Oriental. http://www.arquidiocesebh.org.br


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/coracao-de-pai/

22 de agosto de 2025

Nosso amor a Maria, Mãe e Rainha

A realeza materna de Maria

A Igreja celebra, hoje, a realeza de Maria: temos uma Mãe que é Rainha! Na instituição dessa festa, o Papa Pio XII escreve que, "desde os primeiros séculos da Igreja católica, o povo cristão elevou orações e cânticos de louvor e de devoção a Rainha do céu, tanto nos momentos de alegria como quando se via ameaçado por graves perigos, e nunca foi frustrada a esperança posta na Mãe do Rei divino, Jesus Cristo"1. Ele ensina que Maria exerce seu reinado no universo inteiro "com  coração materno".

Créditos: cancaonova.com

Leia aqui: o fundamento bíblico da realeza de Maria

https://santuario.cancaonova.com/artigos-religiosos/maria-rainha-na-visao-da-biblia/

Ela é nossa Mãe, somos filhos da Rainha, pois, pelo batismo, somos incorporados a Cristo, o Rei do Universo, e nos tornamos membros da realeza divina. Temos muitos motivos para cultivar uma alta consciência de valor próprio e educar a nós mesmos, para sermos autênticos portadores dessa dignidade. 

Para o Pe. Kentenich, Fundador da Obra Internacional de Schoenstatt,  a verdadeira devoção mariana "gira sempre em torno de duas colunas básicas: vinculação a Maria e atitude mariana"2

Como você imagina que Maria agia no seu dia a dia? 

Nosso amor a Ela nos impulsiona a olhar para seu modo de ser, como espelho do que queremos nos tornar. O melhor apostolado que podemos fazer é ser Maria para os que têm contato conosco. É isso que Pe. Kentenich pede em sua oração tão conhecida:   

"Torna-nos semelhantes à tua imagem, como tu, passemos pela vida fortes e dignos, simples e bondosos, espalhando amor, paz e alegria. Em nós percorre o nosso tempo, prepara-o para Cristo"3

Nosso amor a Maria, a Mãe e Rainha, é tão autêntico quanto for o nosso empenho para praticar essas suas virtudes. Quem nos vê, deveria poder contemplar a nobreza de um filho de Rei e da Rainha: pessoas que não complicam a vida, de coração que acolhe a todos, alegres e que pacificam. Então, o mundo começa a ser transformado, a partir do pequeno espaço em que estamos.


A realeza de Maria: que ela seja a Rainha da Paz

O Papa Leão XIV diz que a Igreja precisa do coração materno de Maria, por que Ela "é o polo de atração que harmoniza as diferenças." Por isso, explica, a Igreja precisa do carisma mariano como apoio, pois "é o mariano que garante a fecundidade e a santidade."4

Este tempo tão marcado por violências, dentro e fora das famílias, precisa da realeza de Maria. Que Ela seja a Rainha da Paz pelo testemunho da vida de seus filhos. Monsenhor Jonas nos disse em sua última mensagem: "Nossas comunidades precisam de amor… esse amor é suado, custa, mas é possível amar". Esse precioso legado nos impele a nunca nos acomodarmos, mas a suplicar ao Espírito Santo que incendeie o nosso coração como fez com o de Maria.

Rezemos nessa intenção: Salve Rainha, Mãe de Misericórdia…

Ir. Maria Nilza
Irmã de Maria de Schoenstatt

1 – https://www.vatican.va/content/pius-xii/pt/encyclicals/documents/hf_p-xii_enc_11101954_ad-caeli-reginam.html
2-  KENTENICH, José. Diretrizes do Fundador, p. 31.
3- KENTENICH, José, Rumo ao Céu, n. 609.
4- https://www.vatican.va/content/leo-xiv/pt/homilies/2025/documents/20250609-omelia-giubileo-santa-sede.html


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/nosso-amor-a-maria-mae-e-rainha/

20 de agosto de 2025

O desafio de viver em família

A família é, realmente, uma comunidade de pessoas em que o modo próprio de existir e viver junta é a comunhão de pessoas. Também sempre ressalvando a absoluta transcendência do Criador relativamente à criatura, emerge a referência exemplar ao Nós divino. Somente as pessoas são capazes de viver em comunhão, e a família tem início na comunhão conjugal que o Concílio Vaticano II classifica como aliança, na qual o homem e a mulher dão-se mutuamente e recebem um ao outro (…).

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Foto ilustrativa: kali9 by Getty Images

Na família assim constituída manifesta-se uma nova unidade em que encontra pleno cumprimento a relação de comunhão dos pais. A experiência ensina que esse cumprimento representa, no entanto, uma tarefa e um desafio. A tarefa empenha os cônjuges na atuação da sua aliança originária.

Os filhos, por eles gerados, deveriam – está aqui o desafio – consolidar tal aliança, enriquecendo e arraigando a comunhão conjugal do pai e da mãe. Quando tal não sucede, pode perguntar-se se o egoísmo que se esconde por causa da inclinação humana para o mal, inclusive no amor do homem e da mulher, não seja mais forte do que esse amor. É preciso que os esposos estejam bem cientes disso.

É necessário que, desde o princípio, eles tenham os corações e pensamentos voltados para aquele Deus em que toda a paternidade toma o nome, a fim de que a paternidade e a maternidade tirem daquela fonte a força de se renovar continuamente no amor.

Paternidade e maternidade

Paternidade e maternidade representam, em si mesmos, uma particular confirmação do amor, em que extensão e profundidade originais permitem descobri-la. Isso, porém, não acontece automaticamente. É, antes, um dever confiado a ambos: ao marido e à esposa. Na vida deles, a paternidade e a maternidade constituem uma novidade e uma riqueza tão sublime que, apenas de joelhos, é possível abeirar-se delas.

A experiência ensina que o amor humano, por sua natureza orientado para a paternidade e a maternidade, às vezes, é afetado por uma profunda crise que o deixa seriamente ameaçado. Há de levar em consideração, nesses casos, o recurso aos serviços oferecidos pelos consultórios matrimoniais e familiares, mediante os quais é possível valer-se, entre outras coisas, da ajuda de psicólogos e psicoterapeutas especificamente preparados. Não se pode esquecer, todavia, que continuam sempre válidas as palavras do Apóstolo: "Dobro os joelhos diante do Pai, do Qual toda a paternidade, nos Céus como na Terra, toma o nome". O matrimônio sacramento é uma aliança de pessoas no amor.


E o amor pode ser aprofundado e guardado apenas pelo Amor, aquele Amor que é "derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, que nos foi concedido" (Rom 5, 5). A oração não deveria concentrar-se sobre o ponto crucial e decisivo da passagem do amor conjugal à geração e, por isso, à paternidade e maternidade? Então, não é precisamente que se torna indispensável a efusão da graça do Espírito Santo, invocada na celebração litúrgica do sacramento do matrimônio?

O apóstolo, dobrando os joelhos diante do Pai, implora-Lhe que "vos conceda (…) que sejais poderosamente fortalecidos pelo seu Espírito quanto ao crescimento do homem interior" (Ef 3, 16). Essa força do homem interior é necessária na vida familiar, especialmente nos seus momentos críticos, ou seja, quando o amor, que no rito litúrgico do consentimento conjugal foi expresso pelas palavras: "Prometo ser-te fiel, (…) por toda a nossa vida", é chamado a superar um difícil exame.

(Trecho da Carta de João Paulo II às famílias – 1994)


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/o-desafio-de-viver-em-familia/

19 de agosto de 2025

Família, projeto de Deus para a felicidade

Uma conhecida música da MPB (Música Popular Brasileira) diz que "é impossível ser feliz sozinho". Entendendo que esse "sozinho" é a ausência completa de contatos humanos, de amizades, de relacionamentos, ou seja, de vida entre seres humanos, ela está correta.

Levando a reflexão para o campo da Teologia, encontramos justificativas bem pertinentes: primeiro, Deus é único em Sua divindade, mas comporta três pessoas que vivem em estreita relação de amor. Podemos dizer que parte da essência de Deus é manter-se num relacionamento estreito e indivisível constantemente. Deus é único, mas não é solitário, não é "feliz sozinho".

E por que isso? Porque Ele é uma relação de amor, ou melhor, "Deus é Amor" (1Jo 4,8). O amor é naturalmente envolvente e expansivo, é a segunda justificativa. Possui a maior força de coesão que existe, fortalece e torna os laços indissolúveis e, ao mesmo tempo, carrega em si uma capacidade imensa de doação, de ser expansivo, de querer se espalhar.

Santo Tomás de Aquino ensina que Deus, em Sua imensa bondade, quis estabelecer uma lei que fosse acessível a todos, não importa de que parte do planeta fosse ou qual o nível de escolaridade a que a pessoa tivesse acesso. Essa "lei" que serve para letrados e analfabetos, ricos e pobres, é a lei do Amor. Acessível a todos os homens e mulheres de boa vontade.

Familia, projeto de Deus para a felicidade

Foto Ilustrativa: Geber86 by Getty Images

Deus, que é Amor, é a fonte da família

O Amor é, portanto, um dom de Deus, porque Ele é a fonte de todo verdadeiro amor, e também é um mandamento, o novo mandamento dado por Jesus (Jo 13,34), a nova lei: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei".

Não satisfeito em simplificar a lei ao máximo, instituiu o Sacramento do Matrimônio para que essa lei pudesse ser aprendida na prática, na família. O verdadeiro mestre transforma a união carnal entre homem e mulher, conhecida por sua capacidade de geração, numa "fábrica" de amor. Não basta estar junto, é preciso exercitar o amor. Não basta viver o amor entre os cônjuges, é preciso expandi-lo gerando filhos. Não basta gerar os filhos, é preciso amá-los com amor incondicional. E, finalmente, não basta amá-los, é preciso ensinar-lhes a amar.

Com o objetivo de nos ajudar a viver tudo isso,  Papa Francisco lançou a Exortação Apostólica Amoris Laetitia ou "a alegria do Amor". E, como bom discípulo do grande Mestre, não só orientou, mas convidou-nos a vivê-la na prática neste Ano "Família Amoris Laetitia". Um ano de exercício prático do amor no seio das famílias. Porque, como já deu para entender, a família é o grande projeto de ensinamento e vivência do Amor no mundo. Um amor que precisa ser exercitado.

Claro que, quanto mais completa puder ser a família, melhor. O próprio Papa Francisco, em todo o seu pontificado, tem lembrado da importância fundamental das pessoas de mais idade, os "nossos avós" como ele mesmo se refere, na vivência familiar e social. Que amor maduro e provado, poderia dizer "bem temperado", que os avós oferecem aos netos e a toda a família! Um amor que é completa doação e nenhuma posse. Pais, filhos, avós… Que maravilha aqueles que conseguem expandir a convivência familiar com tios, primos, sobrinho! A alegria do amor em família é o grande motor da sociedade e do mundo! Os chamados "avanços científicos" não produzem os mesmos frutos.

Nossa família diz o que somos e quem somos

Aqueles que, por inúmeros motivos, não possuem mais uma família completa, não se entristeçam. Um homem sem um braço continua sendo um verdadeiro homem; e uma mulher sem uma perna não perde em nada sua dignidade. É o que fazemos com as "outras partes" do nosso corpo ou como vivemos com o restante de "nossa família", que diz verdadeiramente o que somos e quem somos. Agora, por favor, não vamos cair na armadilha de divulgar que os homens e mulheres não precisam mais de pernas e braços ou que um pai ou uma mãe em uma família é um "acessório" dispensável e supérfluo.


Amar é doar-se em sacrifício e acolhimento constantes

Por último, aqueles que realmente tem a experiência de viver em família sabem a que me refiro quando digo "amor". Para os outros, devo dizer que não falo aqui do sentimento de que tudo é lindo, tudo ocorre em perfeita harmonia o tempo todo e sempre de acordo com a minha vontade imediata. Amor não é sentimento, não é paixão, não é quando fazem a nossa vontade.

Sabemos que é verdadeiro amor e que nos amam quando existe doação (de tempo, de vontade), quando existe sacrifício, abnegação, acolhimento e apoio constante. Mesmo com broncas, mesmo com correções, mas sem desistir. Tudo isso se resume na frase: "Família é para sempre". Na prática, quer dizer que: aconteça o que acontecer, o amor irá prevalecer. Não gosto e não concordo, mas te amo! Quero (e preciso) respeitá-lo!

Se aprendermos a viver a Alegria do Amor dentro de nossas famílias, certamente construiremos, indiretamente, uma sociedade muito melhor. O que está nos faltando é este tempo de treino familiar.

Flávio Crepaldi
Flavio Crepaldi é teólogo, casado e pai de três filhas. Além do bacharelado e especialização em Teologia, possui formação em Comunicação e especialização em Gestão. É o autor dos livros "Santidade para todos: Descobrindo as Moradas Interiores" e "A Oração segundo os doutores da Igreja" nos quais, de maneira prática e descomplicada, explica o caminho espiritual pela busca da santidade e da vida de oração.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/familia-projeto-de-deus-para-a-felicidade/

18 de agosto de 2025

A família é um oásis de amor

Todos nós precisamos do amor puro uns dos outros, precisamos do amor do nosso pai; e como é importante a presença, o carinho, a segurança e a firmeza do pai, suas correções, ordens e até mesmo as zangas e broncas! Tudo isso é amor. Amor próprio de pai, necessário, imprescindível na nossa formação, essencial para o nosso crescimento, nosso equilíbrio e maturidade. Nem preciso dizer o quanto precisamos do amor de mãe, da presença e do carinho dela, da correção própria de mãe, do perdão que só a mãe sabe dar.

Todos nós precisamos do amor puro dos nossos irmãos e irmãs, da convivência, das diferenças e até mesmo das dificuldades entre irmãos e irmãs. Tudo isso faz parte do nosso crescimento, da nossa maturidade. Sem isso ficamos afetivamente imaturos.

A família é um oásis de amor

Foto ilustrativa: SanneBerg by Getty Images

A família é o nosso habitat

A família é o ambiente natural, criado por Deus para aprendermos a dar e receber amor. É aí que se aprende a amar, é aí que se aprende a recebê-lo. Precisamos aprender a receber o amor. É no ambiente caloroso de um lar, no aconchego de uma família, por mais simples e pobre que seja, que aprendemos a ser amado. Deixe-se amar. Deixe-se ser atingido por gestos de amor, de bondade, de carinho, compreensão, perdão.

Precisamos de amor puro de pai, de mãe, de irmão. Precisamos de amor puro de nossa família. Sim, a família é e precisa ser um "oásis de amor". É urgente preservar esses oásis de amor que ainda existem.

Como é bom ser família! Como é bom ter a presença de homens e mulheres, de adultos, jovens e crianças! Como é bom ter diferenças! Diferença de gênios, de temperamentos, opiniões, pontos de vista. Que bom ter de viver com o diferente!


É na família que nos conhecemos, que nos descobrimos, aproximamo-nos, corrigimos, desentendemo-nos e nos perdoamos. Na família, nem tudo é cem por cento, mas nela nos amamos, perdoamos e nos reconciliamos. E aí está o essencial: a família é um "oásis de amor'!

Texto extraído do livro "A cura da nossa afetividade e sexualidade", de Marlúcia.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/familia-e-um-oasis-de-amor/

15 de agosto de 2025

Assunção de Nossa Senhora

Maria na glória Celeste

A Sagrada Tradição da Igreja ensina que Nossa Senhora foi elevada ao céu de corpo e alma após sua morte. No entanto, as particularidades da "morte" da Virgem Maria não são conhecidas. Santo Epifânio, bispo de Salamina de Chipre, compôs, nos anos de 374-377, o livro sobre as heresias, no qual escreve: "Ou a Santa Virgem morreu e foi sepultada e seguiu-se depois sua Assunção na glória, ou, sem fim, verificou-se em plena e ilibada pureza, adornando a coroa de sua virgindade" (MS, p. 267).

Foto Ilustrativa: sedmak by Getty Images / cancaonova.com

O Dogma da Assunção da Virgem Santíssima foi proclamado, solenemente, pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950, e sua festa é celebrada no dia 15 de agosto. Grande júbilo e alegria pairou sobre todo o mundo católico naquela data, especialmente para os filhos de Maria. Quando o Papa o decretou, por meio da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, foi uma verdadeira apoteose, tanto na Praça de São Pedro, em Roma, como nas outras cidades do mundo católico.

Nesse documento, disse o Papa: "Cristo, com Sua morte, venceu o pecado e a morte, e sobre esta e sobre aquele alcançará também vitória pelos merecimentos de Cristo quem for regenerado sobrenaturalmente pelo batismo. Mas, por lei natural, Deus não quer conceder aos justos o completo efeito dessa vitória sobre a morte, senão quando chegar o fim dos tempos.

Por isso os corpos dos justos se dissolvem depois da morte e, somente no último dia, tornarão a unir-se, cada um com sua própria alma gloriosa. Mas, desta lei geral, Deus quis excetuar a Bem-Aventurada Virgem Maria. Ela, por um privilégio todo singular, venceu o pecado; por sua Imaculada Conceição, não estando por isso sujeita à lei natural de ficar na corrupção do sepulcro, não foi preciso que esperasse até o fim do mundo para obter a ressurreição do corpo".


Imaculada Virgem Maria

Assim, na Praça de São Pedro, em Roma, diante do pórtico de São Pedro, circundado por 36 Cardeais, 555 Patriarcas, Arcebispos e Bispos e sacerdotes, e perante cerca de um milhão de fiéis, o Papa proclamava solenemente: depois de haver mais uma vez elevado a Deus nossas súplicas e invocado as luzes do Espírito Santo, a glória de Deus Onipotente, que derramou sobre a Virgem Maria.

Sua especial benevolência, em honra de Seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte, para maior glória de Sua augusta Mãe e para a alegria e exultação de toda a santa Igreja, e pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma de fé revelado por Deus que: a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi elevada à glória celeste em corpo e alma (MS, p. 282).

Solenidade

Papa Paulo VI, na Exortação Apostólica Marialis Cultus, resume a importância desse dogma numa expressão cheia de densidade: "A solenidade de 15 de agosto celebra a gloriosa Assunção de Maria ao Céu, festa de seu destino de plenitude e de bem-aventurança, glorificação de sua alma imaculada e de seu corpo virginal, de sua perfeita configuração com Cristo ressuscitado" (MC n.6).

Assim, Maria participa da ressurreição e glorificação de Cristo. É preciso lembrar, aqui, que somente Jesus e Maria subiram ao Céu de corpo e alma. Os santos estão lá apenas com suas almas, pois os corpos estão na terra, aguardando a ressurreição do último dia. Maria, ao contrário, foi elevada ao céu também com seu corpo já ressuscitado. É uma grande glória dela.

A Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, em uma Instrução de 17-05-1979, deixou bem claro: a Igreja, ao expor a sorte do homem após a morte, exclui qualquer explicação que tire o sentido à Assunção de Nossa Senhora naquilo que ela tem de único, ou seja, o fato de ser a glorificação corporal da Virgem Santíssima uma antecipação da glorificação que está destinada a todos os outros eleitos (n. 6).

Quais os motivos da Assunção de Nossa Senhora?

1 – Como Maria não esteve sujeita ao poder do pecado para poder ser a Mãe de Deus, também não podia ficar sob o império da morte, pois, como disse São Paulo, "o salário do pecado é a morte" (Rm 6,23). Assim, Maria não experimentou a corrupção da carne, mas foi glorificada em sua alma e seu corpo.

2 – A carne de Jesus e a de Maria são a mesma carne. Portanto, a carne de Maria devia ter a mesma glória que teve a de seu Filho.

São João de Damasco, no ano 749, escreve: "Era necessário que aquela que, no parto, havia conservado ilesa sua virgindade, conservasse também sem corrupção alguma seu corpo depois da morte. Era preciso que aquela que havia trazido no seio o Criador feito menino habitasse nos tabernáculos divinos.

Era necessário que aquela que tinha visto o Filho sobre a cruz, recebendo no coração aquela espada das dores das quais fora imune ao dá-Lo à luz, O contemplasse sentado à direita do Pai. Era necessário que a Mãe de Deus possuísse aquilo que pertence ao Filho e fosse honrada por todas as criaturas como Mãe de Deus".

E assim também se exprime São Germano, patriarca de Constantinopla, falecido em 735, e outros santos (MS, pp. 272 e 273).

Festa do trânsito de Maria

A festa do Trânsito de Maria, que honrava sua morte, passou gradualmente a comemorar sua Assunção corporal ao céu. No sacramentário enviado pelo Papa Adriano I ao Imperador Carlos Magno (768-814), que introduziu o Cristianismo em todo o vasto império franco, está escrito: digna de honra é para nós, Senhor, a festividade deste dia em que a Beata Virgem Maria, a Santa Mãe de Deus, sofreu a morte temporal, mas não pôde ser retida pelos inexoráveis laços, porque ela deu à luz Seu Filho, nosso Senhor, que tomou sua carne (MS, p. 273).

No Sínodo de Mainz, no ano 813, Carlos Magno introduziu a festa da Assunção de Maria ao Céu, depois de haver obtido autorização de Roma.

Foi São Gregório de Tours, falecido em 596, o primeiro a proclamar a Assunção corpórea de Maria ao Céu. Um século mais tarde, Santo Ildefonso de Toledo afirmou: "Não devemos esquecer que muitos consideram que ela [Maria] foi, neste dia, levada corporalmente ao céu por Nosso Senhor Jesus Cristo" (MS, p. 274).

Mãe de Deus

Muitos santos perguntavam se o melhor dos filhos poderia recusar à melhor das Mães a participação em sua ressurreição e o glorioso domínio à direita do Pai? Para eles, sua dignidade de Mãe de Deus exige a Assunção.

Para Santo Irineu, do século II, como a nova Eva, Maria participou da sorte do novo Adão, Jesus Cristo, ressuscitou depois da morte, e seu corpo não experimentou a corrupção (MS, p. 277).

Como Maria não teve na alma a mancha do pecado original, ficou isenta da dura sentença dada aos demais: "Es pó e em pó hás de tornar" (Gn 3,19). A nós que herdamos o pecado original, é preciso voltar ao pó da terra de onde saímos, para que, na ressurreição do último dia, o Senhor nos refaça sem as sequelas do mal.

Glória da Assunção de Nossa Senhora

A rica Tradição da Igreja reconheceu, desde os primeiros séculos, a gloriosa Assunção de Nossa Senhora. Dela dão testemunho S. João Damasceno, São João Crisóstomo, S. Tomás de Aquino, S. Boaventura, S. Anselmo, São Bernardo e outros luminares e teólogos famosos. Além disso, a Sagrada Liturgia sempre confirmou a verdade desse dogma, tanto nos antigos missais como nos sacramentários, hinos e saudações à subida da Rainha ao Céu. Além disso, nunca, em Igreja nenhuma da Terra, venerou-se uma relíquia do corpo de Maria Santíssima, mostrando com isso uma convicção certa e inabalável de que Ela está no céu.

Contudo, a razão mais forte da Assunção de Nossa Senhora está no fato de ela ser a Mãe do Senhor. Como disse o frei Francisco de Monte Alverne: "Consentiria o meigo Jesus de Nazaré que sua morada puríssima, o céu esplêndido onde por nove meses repousaria, a estátua viva esculpida pelo próprio Criador, ficasse nessa terra de exílio? Porventura o Rei dos Exércitos esperaria o fim dos tempos para que a corte celeste prestasse homenagens reais à sua Mãe. Não, pois era mister que a humanidade reconhecesse quanto era considerada uma mãe tão extremosa" (nota 22 e Tm p. 314).

A glória da Assunção de Nossa Senhora ao Céu é, para nós que ainda vivemos neste vale de lágrimas, a certeza de que o céu existe e é nosso destino.



Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/nossa-senhora/assuncao-de-nossa-senhora-2/