30 de maio de 2025

Como ser um evangelizador na internet?

Você já ouviu dizer que a internet é ruim ou que as redes sociais são tóxicas? Eu já! E pra falar a verdade, ouvi isso sobre a televisão e o cinema também. Essas frases se baseiam no quanto o mau uso desses meios pode, de fato, ser nocivo. No entanto, nenhuma mídia é ruim em si mesma. A questão é como elas são utilizadas. Desde a abertura da Igreja aos meios de comunicação com o Inter Mirifica escrito em 1966 até hoje, tem-se visto o quanto a mídia pode favorecer na propagação do Evangelho.

Créditos: Imagem Gerada por Inteligência Artificial / CHAT GPT

Na Carta Encíclica Redemptoris Missio João Paulo II escreveu: "O primeiro areópago dos tempos modernos é o mundo das comunicações, que está a unificar a humanidade, transformando-a — como se costuma dizer — na 'aldeia global'.

Os meios de comunicação social alcançaram tamanha importância que são para muitos o principal instrumento de informação e formação, de guia e inspiração dos comportamentos individuais, familiares e sociais. Principalmente as novas gerações crescem num mundo condicionado pelos mass-média […]" (RM. n. 37c).

O Papa, com certeza, já estava se referindo à internet e apontando que, nestes novos areópagos, a Igreja precisa estar presente. Ele também viu que a cultura atual transformou seus hábitos a partir dos meios de comunicação. As relações sociais, as compras, o trabalho ou o estudo, enfim, muito da nossa vida acontece pelas mediações de dispositivos e plataformas. Em resumo, nossa cultura é, em sua maioria, midiática ainda que muita gente não tenha acesso à internet. E, se boa parte do mundo está no ambiente digital, é para lá também que o Senhor nos envia. Disso, surge a pergunta:

Como usar da internet para evangelizar?

Algo básico é entender os meandros da internet, suas linguagens, estratégias e recursos e, ao mesmo tempo, compreender a fé cristã e estar firme nela, sem dispensar a ajuda do Espírito Santo que é criativo e vai a nossa frente. Tendo isso como ponto de partida, a nossa evangelização pode ser bem eficaz. Embora "haja espaços para todos", na web, as linguagens e narrativas são muitas e, como cristãos, precisamos ser astutos e prudentes a fim de que passemos o Evangelho de modo compreensível para as novas gerações, principalmente as que já nasceram no mundo digital.

Neste sentido, precisamos entender que, no discurso da internet, não cabe a imposição. É preciso encontrar o equilíbrio em passar a Verdade de Cristo, que é imutável, como uma proposta, a melhor proposta da nossa vida. Ao mesmo tempo, é preciso entender que palavras superficiais não convencem, deve haver o nosso testemunho que se manifesta na vida real. O mundo hoje precisa muito mais de testemunhos do que de palavras bonitas. Dito isso, queria ressaltar alguns elementos que podemos levar em conta na evangelização através da internet:

Compromisso com a Verdade:

Essa Verdade está em maiúsculo porque o evangelizador precisaria, antes de mais nada, se revestir de Cristo – que é a Verdade – e estar comprometido com Ele acima de tudo. Num ambiente em que se propagam fake news e meias verdades, o cristão também não deveria passar uma vida somente de alegrias. As pessoas sofrem e querem saber como lidar com isso. Por que não mostrar o valor e o sentido que há também nas experiências difíceis que se vive e as aprendizagens que fazemos com elas? As fotos ou vídeos que postamos podem estampar a verdade de quem encontrou, em Cristo, a alegria de viver.

Geração de Conteúdo:

Para quem tem algo a dizer, é imperativo entrar nesses novos ambientes onde as pessoas se encontram. Porém, precisamos oferecer mais do que uma transmissão de conteúdo, justamente porque existe uma nova cultura no ciberespaço que entende o mundo de maneira diferente da geração anterior. Sendo assim, os valores do Evangelho devem ser apresentados de um modo compreensível, mas não subtraído, minimizado ou relativo. Ao mesmo tempo, o nosso conteúdo precisa ser bem fundamentado. Se necessário, é preciso buscar ajuda para não se passar ideias vagas, insustentáveis e não se entrar no relativismo.

É importante tocar em temas comuns ao ser humano, começando sempre com os anseios da alma. Pensar bem no conteúdo que se quer passar e na melhor plataforma para isso é uma atitude importante. As postagens também devem ser regulares para manter o perfil ativo e de acordo com a linguagem de cada mídia a ser utilizada.

Interatividade:

Uma vez que, nas redes sociais, há uma proposta de debate e compartilhamento de ideias, é necessário estar aberto para acolher pontos de vista diferentes dos nossos, sem ódio ou ofensas, mas não nos deixando levar por valores que não dizem respeito ao cristianismo. Com este fundamento, um conteúdo pode sim ser construído com a ajuda de outros, já que na rede social tende também a reunir pessoas. As interações geram engajamento e proximidade. O evangelizador deve também ser humano, atencioso e pastor dos que vão até ele. É interessante ver os comentários, curtidas e compartilhamentos para entender como as pessoas têm acolhido e o que mais elas buscam do seu conteúdo.


Criação de vínculos:

Apesar de os vínculos de relacionamento nas redes sociais serem fluidos, a web pode gerar laços mais fortes entre os cristãos, ou entre esses e a própria Igreja e com a doutrina em si.

Mobilização de ações:

Gerando vínculos, a web poderá também criar discussões que produzam engajamentos e ações além do mundo virtual e que tragam mudanças individuais e sociais como, por exemplo, solidariedade com os que sofrem sejam na alma ou no corpo.

Convergência e compartilhamento:

A convergência de mídia não se trata apenas do caráter tecnológico, mas diz respeito também à maneira como as pessoas criam e compartilham histórias em várias plataformas e de diversos modos. Isso pode ser usado também na evangelização, por exemplo, para contar, em cada mídia, uma parte da história de salvação da humanidade, complementando com os relatos da salvação de Cristo na vida das pessoas. Esse conteúdo compartilhado várias vezes atualiza o sentido de Deus no mundo.

ELANE GOMES
Missionária da Comunidade Canção Nova


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/tecnologia/como-ser-um-evangelizador-na-internet/

Comunicadores católicos são enviados por Jesus

Jesus é o meio e a mensagem

O primeiro envio missionário acontece quando o Deus Pai envia seu Filho para nos redimir de nossos pecados: "De tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3,16). Jesus é o comunicador, gerado no ventre de Maria, para anunciar o Pai. Ele é meio e mensagem, isto é, anuncia o Pai por meio de seu ser, suas palavras e ações.

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Por sua vez, após um encontro pessoal com aqueles que escolhera, Jesus também envia seus 12 apóstolos e, em seguida, seus 72 discípulos para anunciarem o que dele ouviram e vivenciaram na sua presença: "Mandou-os, dois a dois, adiante de si, por todas as cidades e lugares para onde ele tinha de ir" (Lc 10,1).

O encontro com Deus amoroso

É assim que chega até nós as mensagens do Evangelho, como um convite para irmos nos encontrar pessoalmente com Jesus, vivenciar o amor do Pai e, a partir disso, nos tornarmos também comunicadores católicos. Que grande amor e confiança Jesus nos oferece, pois nos envia "adiante d'Ele", isto é, não somos o ponto central da comunicação, nada de foco em si mesmo, mas os que nos encontram precisam perceber que alguém muito maior do que nós quer se encontrar com cada um deles, o próprio Deus amoroso.


Se, naquele tempo, "todas as cidades" eram as localidades próximas a Jerusalém, hoje, quando evangelizamos pela internet, alcançamos todas as localidades do planeta. Mas o lugar mais importante é o coração das pessoas, pois é ali "o lugar que Jesus tem que ir".

Maria, modelo para todos os comunicadores

Maria é o modelo para todos os comunicadores e missionários digitais. Seu encontro com Isabel testemunha que sua comunicação, uma simples saudação, possibilitou a Isabel e ao filho em seu ventre um encontro com Deus e a graça da redenção os fez rejubilar de alegria.

Como são nossas publicações? Aqueles que a veem percebem que há Alguém maior do que nós que deseja encontrar-se com eles?

Aprofunde essa reflexão pela leitura do livro 'A vocação do comunicador católico', de Ir. M. Nilza P. da Silva.

Ir. M. Nilza P. da Silva – Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt. Autora do livro 'A vocação do comunicador católico'


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/comunicadores-catolicos-sao-enviados-por-jesus/

Família, torna-te quem és!

O Jubileu das Famílias nos convida a renovarmos a esperança 

A família, célula fundamental da sociedade, sempre esteve sob o olhar materno da Igreja. Recentemente, ao receber o Corpo Diplomático no Vaticano, o Papa Leão XIV reafirmou o ensinamento da Igreja, dizendo que a família é "fundada na união estável entre o homem e a mulher, uma 'sociedade muito pequena certamente, mas real e anterior a toda a sociedade civil'" (LEÃO XIII, Discurso aos membros do Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé, 16 de maio de 2025).

Crédito: sedmak / GettyImages

A verdade dessas palavras tem por base a própria revelação bíblica, apresentada no livro de Gênesis, que trata sobre a origem da criação, e deixa claro o plano de Deus ao criar o homem e a mulher e lhes dar a missão de multiplicar (cf. Gn 1-3). Sem tal união, é impossível o crescimento e o futuro da humanidade. Sobre o homem e a mulher recai a responsabilidade de serem cocriadores, participantes da obra de Deus, mas não apenas isso: cabe também a formação dos filhos para assumir com dignidade seus papéis na sociedade. Nesse sentido, podemos afirmar que, quando a família não vai bem e se desestrutura, toda a humanidade sofre. É por isso que essa instituição é vista com bastante zelo pela Igreja.

A vocação matrimonial leva à santidade

Nos próximos dias, católicos do mundo inteiro viverão o Jubileu das Famílias, uma oportunidade de aprofundar ainda mais a missão e o sentido dessa vocação. O encontro será marcado por momentos de celebração, mas também de reflexão sobre famílias que conseguiram viver a perspectiva cristã e dar grandes frutos para a sociedade, como, por exemplo, a Família Martin, de onde nasceu Santa Teresinha do Menino Jesus, cujos pais também alcançaram os altares. Sem dúvida, com eles, cada pessoa pode perceber que a vocação matrimonial leva à santidade, se vivida com zelo e entrega de vida.

Nesse sentido, podemos dizer que, sem a perspectiva da fé, ser família se torna uma missão pesada, porque é a fé que dá sentido às renúncias e aos sacrifícios diários de todos. Somente em Cristo poderemos viver esses desafios, confiando que há neles um grande valor, com a esperança nos frutos que partem de tudo isso. É a fé que nos faz entender que a caridade verdadeira existe na entrega e que o amor que o Senhor nos manda ter não se restringe à dimensão do sentimento, mas o ultrapassa, alcançando as ações cotidianas.

A transmissão da fé na família

O Papa Bento XVI sempre destacou a importância da transmissão da fé na família, lugar primordial onde os filhos a recebem e aprendem através do testemunho, da oração e da prática cristã dos pais e avós. A transmissão da fé na família é um ato de amor e uma condição essencial para a vitalidade da Igreja. Bento XVI também ressaltava como os avós cumprem essa missão no seio familiar. O valor dos idosos será outro grande tema tratado neste Jubileu. Por fim, a celebração da Família no Ano Santo de 2025 lança um olhar sobre os desafios atuais das famílias e quer levá-las a assumir seu papel e protagonismo na sociedade.

A família não precisa se moldar ao mundo

Entender o que é ser família e qual a grandeza desse chamado é tarefa de todos nós. Cada um só pode assumir o que é, conhecendo sobre si mesmo. Família, torna-te quem és! Assuma o seu lugar na sociedade, seja protagonista de vida em comunidade, para mostrar ao mundo que é possível ter paz, mesmo unindo pessoas com formas diferentes de pensar. A família não precisa se moldar ao mundo. Ela pode, sim, dar ao mundo atual – marcado pela lógica do consumismo, do individualismo, da solidão, do hedonismo e da competitividade – a experiência de uma convivência harmoniosa.

Se quisermos mudar a sociedade, comecemos pelas pequenas atitudes em família. O próprio Cristo já nos havia pedido para sermos fiéis no pouco, a fim de que ele nos confie muito mais (cf. Mt. 25, 23).

Elane Gomes


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/familia-torna-te-quem-es/

25 de maio de 2025

Fixe sua alma em Deus

"Deixo-vos a paz; a minha paz vos dou. Não vos-la dou como o mundo a dá. Não permitais que vosso coração se preocupe, nem vos deixeis amedrontar" (João 14,27).

O grande perigo da agitação dos nossos dias está em perdermos nossa alma ou, em outras palavras, perdermos o sentido da nossa própria vida, perdermos o contato com o nosso centro, nosso verdadeiro chamado como pessoa, nossa essência, nossa missão, nossa tarefa neste mundo. Ao perdermos a nossa alma, tornamo-nos tão distraídos e preocupados com tudo o que está acontecendo em torno de nós que acabamos fragmentados, confusos e inseguros, sem sentido, sem reconhecermos, de fato, quem somos.

Deus quer que tenhamos uma vida de oração

Jesus é muito consciente deste perigo e nos ensina: "Tome cuidado para não ser enganado porque muitos virão em meu nome, dizendo: 'Eu sou o único e o tempo está próximo'" (Lucas 21,8). Somos chamados a seguir Jesus com fidelidade, sem nunca perdermos o contato com nossa essência. E isso é possível? Sim, por meio da oração.

Créditos: Imagem Gerada por Inteligência Artificial / CHAT GPT

Santa Teresa de Jesus afirma que: uma das maiores vitórias do demônio é convencer alguém de que não é preciso rezar, ou seja, quando o assunto é vida de oração, é preciso termos a consciência de que se trata de um luta espiritual e que, para vencermos, o único caminho é rezar com ou sem vontade. Se eu escolho deixar-me guiar apenas pelo meu querer, corro o risco de perder o contato com minha essência e passar por este mundo levada pela insegurança, sem saber quem sou, de onde vim e para onde vou. Fixar nossa alma em Deus é o meio para a vitória contra todo mal.


Oração

Senhor, eu quero voltar ao primeiro amor e experimentar de novo a Tua graça a me tocar. Nesta hora, acalma meu coração e liberta-me de toda agitação, toda ansiedade. Dá-me a Tua paz e leva-me de volta à minha essência, pois é somente em Ti que eu confio e espero. Amém!

Equipe de Formação da Canção Nova


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-e-libertacao/fixe-sua-alma-em-deus/

24 de maio de 2025

Entenda o porquê do título de Nossa Senhora Auxiliadora

O título de Nossa Senhora Auxiliadora é baseado na história da Igreja Católica e na especial devoção a Maria. Sua origem tem início, aproximadamente, no ano de 1571, quando ocorreu uma das maiores batalhas marítimas e sangrentas que já se tem registro: a Batalha de Lepanto, onde as forças cristãs conseguiram vencer o poderoso Império Otomano, uma ameaça à Igreja naquela época. Antes da Batalha, o Papa Pio V pediu aos fiéis que rezassem o Rosário pedindo a intercessão da Virgem Maria, que missas fossem celebradas de hora em hora, e que o povo fizesse penitência, porque essa luta seria difícil de ser vencida sem a intervenção divina. O império Otomano era o mais forte que havia naquela época, era o exército dos Mulçumanos, e eles queriam acabar com a fé católica e a Igreja Romana para ampliar o seu domínio, o seu império por toda a Europa.

Créditos: Imagem Gerada por Inteligência Artificial / CHAT GPT

A desproporcionalidade dos exércitos era grande, o exército católico tinha, aproximadamente, 80 mil soldados, composto por escravos e prisioneiros condenados, possuindo 200 barcos dos mais simples; enquanto, do outro lado, os Mouros tinham 300 mil soldados e cinco vezes mais o número de barcos.

Então, no dia 4 de outubro, teve início a batalha. Quando os soldados do exército católico avistaram aquele numeroso exército, ficaram aterrorizados, mas não se deixaram abater pelo medo; muito pelo contrário, eles foram tomados por uma coragem sobrenatural e partiram para cima do exército Otomano. Tentaram resistir o quanto puderam e, já no final do dia, por volta das 18 horas, na hora do Angelus, o exército católico começou a ganhar a batalha, pois o próprio exército Otomano estava se autodestruindo. Por causa disso, muitos navios dos Mouros foram derrubados e afundados.

Alguns prisioneiros de guerra foram levados e interrogados; eles diziam que, depois das 18 horas, apareceu uma mulher cujo olhar lhes colocava medo, e eles ficaram assustados com tal mulher, o que os deixou desorientados e, assim,
acabaram por atacar o próprio exército.

Festa de Nossa Senhora das Vitórias

Após a vitória da batalha de Lepanto, a qual era quase impossível acontecer, o Papa viu que tal conquista foi por causa da intercessão de Nossa Senhora e as orações de todos os fiéis que haviam se unido em orações e súplicas. Em agradecimento a essa grande vitória, foi instituída a festa de Nossa Senhora das Vitórias, que, mais tarde, ficou conhecida como Nossa Senhora do Rosário. Depois desse acontecimento, foi adicionada, na Ladainha de Nossa Senhora, o título de "Maria, auxílio dos cristãos".

O Papa Clemente XI surgiu como uma pessoa que lutou muito e se empenhou para que essa festa fosse criada na nossa Igreja. O então Papa, movido por uma profunda devoção mariana, percebeu a importância de honrar Nossa Senhora sob o título de Auxiliadora dos Cristãos, reconhecendo a sua constante intercessão e seu auxílio às necessidades da Igreja e dos fiéis diante de tantas realidades, até mesmo as vitórias em grandes batalhas que eram impossíveis de ser conquistadas humanamente, sem a ajuda e a intercessão dela.


Com esse ardor e desejo de homenagear a sua Mãe espiritual, a Virgem Maria, ele convoca os mais sábios teólogos de sua época para estudar como se daria esse processo dentro da Igreja.

Foi feito um decreto papal que proclamava a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, passando a ser uma celebração oficial dentro do calendário litúrgico da Igreja. Com essa festa em dedicação a Nossa Senhora, a devoção começou a crescer cada vez mais na Europa e em outros países fora desse continente, e todos começaram a conhecê-la como Nossa Senhora Auxiliadora.

A importância de Dom Bosco

Outro motivo que fez essa devoção ser propagada foi a devoção de um grande santo chamado João Bosco, mais conhecido como São João Bosco. Os Salesianos tinham como patrona da Congregação Salesiana, Nossa Senhora com o título de Auxiliadora, e os Salesianos espalharam essa devoção por todas as suas casas, por seus colégios, e essa devoção foi sendo colocada em seus oratórios com as crianças, com todos que passavam por suas casas. Podemos dizer que foram os salesianos que propagaram essa devoção pelo mundo afora. Em todas as casas ou colégios Salesianos há, em sua entrada, a imagem de Dom Bosco e de Nossa Senhora Auxiliadora.

Essa devoção precisa crescer cada dia mais, porque Nossa Senhora, que auxiliou a Igreja em tantas batalhas impossíveis de serem conquistadas, humanamente falando, quer continuar a auxiliar todos os seus filhos diante de todas as batalhas que são travadas diariamente; ela quer ser esse auxílio para todas as pessoas que estão desesperadas, estão sem saber o que fazer e a quem recorrer, estão travando verdadeiras batalhas contra um câncer ou alguma doença terminal, contra a depressão, a síndrome do pânico ou mesmo algum tipo de batalha espiritual. Maria quer nos dar a vitória contra todas essas coisas.

É preciso, no entanto, fazer como os cristãos que estavam prestes a ir para a batalha: eles jejuavam, faziam penitências, participavam de missas diárias e, principalmente, recitavam o santo rosário; assim, diante das causas impossíveis, Nossa Senhora vinha em auxílio de todos que recorriam a sua intercessão.

Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós

Por isso essa devoção tem ultrapassado séculos adentro, pois não há quem tenha recorrido ao auxílio dela e não tenha sido atendido. Nas grandes tempestades que a Igreja passou, ela sempre foi seu auxílio; nos combates contra todas as heresias, foi Nossa Senhora quem auxiliou a Igreja; contra os inimigos que se levantaram tentando destruir a fé do povo de Deus, foi o Auxílio da Mãe de Deus que não permitiu aos inimigos prevalecer contra a Igreja de Cristo. Ela, que tem muitos nomes, mas é uma única pessoa, continue a nos auxiliar nessa caminhada rumo à pátria definitiva, que é o Céu.

Wesley Paulo
Comunidade Canção Nova


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/devocao/entenda-o-porque-do-titulo-de-nossa-senhora-auxiliadora/

Será que mudar de profissão pode ser um bom negócio?

A escolha de uma profissão e a construção de uma carreira nem sempre são ações definitivas

Sílvio Santos, um dos comunicadores de maior prestígio no Brasil, foi comerciante, antes de se tornar empresário no ramo da comunicação. Sebastião Salgado, fotógrafo conhecido mundialmente, deixou a profissão de economista para se dedicar a um universo que, antes, era apenas diversão na vida dele. Esses exemplos mostram que a escolha de uma profissão e a construção de uma carreira nem sempre são ações definitivas. Mudanças profissionais precisam acontecer para quem está insatisfeito e em busca de oportunidades. A grande dúvida, que incomoda as pessoas, é definir o momento certo de romper com o antigo e partir para um desafio incomum.

Créditos: Imagem gerada por Inteligência Artificial / CHAT GPT

Especialistas em recursos humanos e gestão de pessoas aconselham o indivíduo a fazer uma avaliação da atual situação que enfrenta no trabalho. Caso perceba que parou de aprender e está mergulhado numa repetição de tarefas, sem evoluir e com baixas perspectivas de crescimento, então, é chegada a hora de ampliar os rumos, buscar uma nova atividade.

É preciso ação e vontade para escolher uma profissão

Sair da zona de conforto (em que o salário que recebe é suficiente para pagar as contas) e arriscar-se requer coragem. Há mitos que prendem a evolução como: "Eu não tenho mais idade para isso, não quero arrumar problemas para minha cabeça" ou "Para homem é mais difícil"… Ninguém melhor do que a pessoa que sofre para tomar essa decisão.

Enfrentar o incerto é mais prazeroso do que ficar na morosidade, fazendo as tarefas por obrigação, sem vontade de levantar da cama para ir ao trabalho. As consequências de não agir diante da insatisfação são o surgimento de doenças psicossomáticas, tarefas mal feitas e problemas de relacionamento no local de trabalho. A apatia desenvolvida passa a afetar também aos colegas e familiares.


A transformação começa quando a pessoa incomodada se conscientiza de que precisa fazer algo. O processo de tomada de decisão não é curto nem pode ser impulsivo. Buscar uma atividade complementar auxilia neste período. Paralelo ao trabalho fixo que desenvolve, procure fazer algo secundário. Vender doces, artesanatos, cosméticos, ser voluntário em alguma instituição são ações que ajudarão a se descobrir em outras habilidades.

Querer o melhor, ter prazer em fazer parte de uma equipe de sucesso não pode ser considerado um sonho inatingível. A mudança está em você, não nos outros. Existem infinitas opções para quem está disposto a trabalhar com afinco e responsabilidade. É preciso ação e vontade. Comece a se preparar.

Equipe de Formação Canção Nova


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/vocacao/profissao/sera-que-mudar-de-profissao-pode-ser-um-bom-negocio/

Bebês “Reborn”: separar a fantasia da realidade

"Reborn" não significa renascido

"Fizeste-nos para Ti e inquieto está nosso coração enquanto não repousa em Ti". Estamos vivendo um tempo de verdadeira mudança de valores. Perdendo a direção no caminho que nos leva ao Céu. Por isso, de algum modo, Santo Agostinho conseguiu resumir bem, nesta frase, o que poderia sanar essa inquietude do coração humano. Descansar no Senhor.

Crédito: Freila / GettyImages

O que vemos, nestes últimos dias com o debate sobre a aquisição de bonecos hiper-realistas, chamados de "baby reborn", ou numa tradução livre "bebê renascido" não exprime realmente o significado da palavra "reborn", não se trata de renascimento, mesmo porque ninguém pode "renascer", a não ser renascer do alto, do Espírito Santo de Deus. Neste renascimento dado pelo Batismo, nós cristãos verdadeiramente professamos que cremos.

Um modo de tratamento para condições psicológicas

O termo diz respeito a um boneco de silicone hiper-realista, ou seja, que parece muito com bebês humanos. Muitas pessoas têm adquirido esses bonecos como modo de tratamento para condições psicológicas ou por apenas Hobbie.

Todavia, em alguns casos, podem manifestar também pontos de inquietude interior. Diante dessa realidade, o mercado procura dar uma resposta criando e oferecendo produtos como respostas. Desse modo, o amor presente em nosso coração não é direcionado para Deus nem para o próximo como nos pede o primeiro e o segundo Mandamento, mas para coisas efêmeras, passageiras e, para usarmos a linguagem atual, para as coisas artificiais.


Sim, estamos vivendo o período do artificial. E este tempo começou, de algum modo, há algumas décadas com o advento dos produtos industrializados, ditos com sabores, aromas e texturas artificiais. Agora, essa realidade, aos poucos, vai adentrando as relações humanas, principalmente devido ao advento das redes sociais que projeta também um "avatar" da sua personalidade.

Do desprezo pelo semelhante à exaltação de coisas

Ainda, estes "bebês" transportam para si uma carga de significado, dado por algumas pessoas, e que, anteriormente, era doado à pessoa humana. Ou seja, doação do tempo, cuidados especiais, sentimentos de pertença familiar etc. É claro que tem quem os trate como aquilo que de fato são, bonecos hiper-realistas. Eles podem sim ser adquiridos com o intuito do brincar, do laser, da distração, como se faz com qualquer brinquedo; e os que adquirem com o intuito de realizar o desejo de serem pais, buscam uma relação segura, sem frustrações, privando-se das exigências próprias da maternidade.

Do desprezo pelo semelhante

O que se questiona não é o fato disso ser tratado como tal, reconhecendo seu fim, seu propósito. A questão está no fato de darmos um estatuto humanístico para coisas que não são humanas. Ao passo que deixamos de defender a vida desde a sua concepção e favorecemos a sua interrupção, com leis a favor do aborto. Está no ponto do desprezo pelo semelhante e na exaltação de coisas. É quando o legislador civil deixa de se preocupar com situações difíceis da sociedade, como o combate à desigualdade social; a segurança pública; melhorar os recursos hospitalares para se dedicar a debater um estatuto e ou celebrações de coisas.

A escolha pelas coisas que edificam e exaltam a Deus

Estamos, realmente, inquietos, e somente descansaremos quando compreendermos que devemos direcionar nossas energias para as coisas eternas, para as coisas que nos salvam. Somente repousaremos dessas ambiguidades e dos conflitos interiores quando fizermos a escolha pelas coisas que edificam e exaltam a Deus primeiramente, a nós e ao próximo.

Somente repousaremos quando percebermos que esses bonecos de silicone, que possuem mecanismos sofisticados para realizar alguns movimentos, perderão as energias e se apagarão, enquanto a nossa alma, se repousa em Deus, jamais se apagará.

Pe. Jaelson Cerqueira Santos
Diocese de Teixeira de Freitas/Caravelas / Mestrando em Teologia Moral


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/bebes-reborn-separar-a-fantasia-da-realidade/