30 de janeiro de 2013

A Palavra de Deus tem uma força libertadora

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A Palavra de Deus, contida na Bíblia, não é apenas uma descrição da história do povo do passado. Ela não é também como um museu sem vida, desarticulada da realidade dos novos tempos. É palavra inspirada, de iniciativa divina, que falava no Antigo Testamento, mas também tem sua força de atuação no cotidiano da nossa vida moderna. É sempre atual e passível de interpretação.


É importante, agora, escutar e dar atenção ao que ela apresenta como itinerário para a vida de cada pessoa. Deve ser lida, conhecida, refletida, meditada, contemplada e colocada na prática do nosso agir. Não podemos buscar, na Bíblia, apenas informações frias, mas nos formar na justiça e na prática da fé.

Muitos leem a Sagrada Escritura somente por curiosidade, sem levar em conta que seu objetivo é de nos reforçar na prática cristã e no discipulado, no encontro com a Pessoa de Jesus Cristo. Portanto, ter intimidade com a Palavra, vendo nela uma força provocadora de ações novas de vida e de transformação da realidade.

A nossa história de vida deve estar constantemente recomeçando. Isto significa que situações melhores na convivência são possíveis de acontecer. Uma luz para isto pode ser encontrada na Palavra Divina, a qual mostra os condicionamentos do ser humano, como também sua capacidade de estar sempre se revitalizando.


A Palavra tem em nós uma força libertadora. E, se liberta, deve transformar. Ela nos faz conquistar o que seja melhor, uma felicidade duradoura, que só é capaz passando por enfrentamentos de verdade e de justiça. Não pode ser palavra que leve ao intimismo, ao tomar a letra pela letra nem ao fundamentalismo.


Viver a Palavra de Deus é anunciar um caminho de libertação, de superação de todos os vícios e práticas que não condizem com o bem das pessoas. É ir ao encontro daqueles que passam por grandes necessitados, tendo isto como opção de vida pelos mais pobres e sofredores, daqueles que vivem na espera das migalhas que sobrem das mesas fartas de muitos irmãos.

Dom Paulo Mendes Peixoto, Arcebispo de Uberaba 

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