1 de julho de 2025

Jovens impulsionados pelos desafios da nossa sociedade

Quais os desafios dos jovens da nossa sociedade? O que eles buscam?

Muitos jovens esperançosos se aventuram em exames que lhes possibilitem o acesso à Universidade. Outros, ainda jovens, concluem seus cursos e buscam o lugar na sociedade, procurando encontrar trabalho e emprego. Pelas ruas, rostos carregados da sofreguidão e passos, muitas vezes, agitados de quem procura pagar suas dívidas, comprar uma casa, recolocar-se no mercado de trabalho, ansiedades, dificuldades financeiras ou as lutas pela própria saúde e da família.

Créditos: Imagem Gerada por Inteligência Artificial / CHAT GPT

Nas curvas da vida, a morte de pessoas queridas, acidentes, crises no casamento e na convivência familiar, escândalos. Para todos nós, a insegurança gerada pela violência de cada dia ou pelos desacertos administrativos que percorrem, de alto a baixo, a prática política brasileira.

E como administrar (agora é conosco) esses e outros tantos desafios que se apresentam?

Nosso tempo traz consigo perigos a serem superados pelo cristão. De um lado, uma fuga das responsabilidades que a vida oferece, mas também um risco à mundanização: fazem as pessoas mergulharem de tal forma no seu dia a dia, que elas perdem o rumo e a esperança. O equilíbrio se chama vigilância (Cf. Mt 25,1-13), prontidão para enfrentar com serenidade e seriedade todos os desafios, sem esquecer o Senhor e Suas promessas. Também reconhecer as muitas "visitas" do Senhor, certos de que Ele virá. Prontos para acolher as demoras de Deus, sabedores de que ele é o Senhor da história.

A seriedade do momento presente exige preparação, prontidão, envolvimento pessoal, responsabilidade. Um dia, o Senhor virá para consumar as bodas com a humanidade. Poderão participar da festa as pessoas que se encontrarem preparadas. Não podem faltar a dedicação, o óleo para manter acesa a lâmpada; e para que a fé, a esperança e o amor permaneçam acesas: fidelidade e perseverança. Vamos por passos.


O que buscar?

Não esquentar a cabeça, contar de um até dez, acalmar-se, alguns até recomendam um chá de camomila! São recomendações bem populares e práticas, a serem elevadas a um nível inigualável, quando as pessoas se abrem para aquela sabedoria que vem do alto, e essa é um dom do Espírito Santo, que nos possibilita descobrir o gosto que Deus pôs nos acontecimentos alegres ou tristes. A Palavra de Deus (Sb 6,12-16) aponta para a Sabedoria resplandecente e sempre viçosa! Madrugar por ela, contemplá-la por amá-la, meditar, exercitar-se na prudência. Acolher a sabedoria que é um dom do Espírito Santo, para viver nesta terra com os critérios que vêm do alto.

Há que se procurar a sabedoria, desejá-la e amá-la. Como? Na oração, na leitura da Bíblia, na partilha de nossa vida cristã, no conselho de pessoas mais experimentadas nos caminhos de Deus, saber perguntar a respeito de Sua vontade! E Ele quer sempre alguma coisa de nós, mas sempre o bem e o que constrói a vida com dignidade!

Olhar ao nosso redor, identificar as pessoas que têm o mesmo sonho de fidelidade a Deus e anseiam pelo seu Reino, gente que ama a Igreja e quer percorrer um caminho diferente, para compartilhar experiências positivas de vivência do Evangelho. São muitos os grupos de cristãos comprometidos, nas Comunidades, Paróquias e Movimentos Eclesiais que significam verdadeiros oásis, nos quais é possível rezar juntos, alimentar-se da Palavra de Deus, encontrar companhias autênticas, socorrer os que se encontram fragilizados, estabelecer parcerias inteligentes com quem quer fazer o bem. Talvez essas pessoas não falem tanto, mas agem, utilizam critérios novos, são verdadeiros tesouros escondidos a serem descobertos e valorizados. São incontáveis aquelas que tenho encontrado e aprendido a valorizar.

Vigilantes e preparados

Vigilância significa também a coragem para tomar posições corajosas, diante da mentira e das muitas ideologias correntes. Cada pessoa, no campo que lhe é próprio, pode e deve perguntar-se se pode fazer algo mais para defender a verdade e viver os valores do Evangelho. É hora ainda de apelar a muitos que agora se encontram em posições importantes na sociedade e na política, a fim de que sejam coerentes com suas raízes cristãs e católicas. Vigilância significa lutar contra o torpor e a negligência para alcançar a meta.

A conclusão de Jesus, ao final da parábola das dez virgens, cinco previdentes e cinco imprevidentes, serve para compreendermos o que o Senhor disse, ao contar uma história ambientada numa festa de casamento: "Vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora" (Mt 25,13). Deus pode vir a qualquer momento da nossa vida. Todos devemos estar preparados, como as jovens virgens prudentes. Precisamos estar prontos ao serviço a sermos oferecidos a Deus e ao próximo.

Dá para rezar e até cantar: "Vigia esperando aurora, qual noiva esperando o amor, é assim que o servo espera, a vinda do seu Senhor. Ao longe, um galo vai cantar seu canto, o sol no céu vai estender seu manto, na madrugada eu estarei desperto, que já vem perto o dia do Senhor. A minha voz vai acordar meu povo, louvando a Deus, que faz o mundo novo. Não vou ligar se a madrugada é fria, que um novo dia logo vai chegar. Se é noite escura, acendo a minha tocha, dentro do peito, o sol já desabrocha, filho da luz, não vou dormir: vigio! Ao mundo frio vou levar o amor!" (Padre Jonas Abib).



Dom Alberto Taveira Corrêa

Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém – PA.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/sociedade/jovens-impulsionados-pelos-desafios-da-nossa-sociedade/

Redes sociais e fé cristã: um chamado à missão digital no século XXI

O Dia Mundial das Redes Sociais, também conhecido como Social Media Day, comemorado em 30 de junho, é uma data que não pode passar despercebida. Em meio a tantas discussões sobre o assunto em várias áreas do conhecimento, também a Igreja tem olhado para este tema com bastante atenção. Devido à amplitude de abordagens que podem ser tratadas sobre as redes sociais, gostaria de me restringir a uma reflexão sob o ponto de vista da fé cristã.

Créditos: Imagem gerada por Inteligência Artificial / CHAT GPT

Começo lembrando que o próprio Papa Leão XIV reconheceu que este tempo de revolução digital será uma preocupação do seu pontificado. Quatro dias depois de sua eleição, ao receber a imprensa mundial, presente em Roma para a cobertura do sepultamento do Papa Francisco e o Conclave, o Santo Padre afirmou: "A comunicação, de fato, não é apenas a transmissão de informações, mas a criação de uma cultura, de ambientes humanos e digitais que se tornam espaços de diálogo e discussão" (Discurso de Leão XIV aos profissionais da imprensa em 12 de maio de 2025). Com essa afirmação do Santo Padre, podemos levantar alguns pontos que nos ajudam a entender formas de lidar melhor com essas mídias, que revolucionaram a maneira de viver do século XXI.

Dois pontos importantes sobre as redes sociais

O primeiro destaque que faço é sobre os objetivos das redes sociais. Desde que surgiram as primeiras, vimos que a proposta central era colaborar nas relações. O que começou para reunir pessoas em grupos e comunidades se transformou em grandes modelos de negócios e plataformas, onde riscos, verdades e mentiras circulam a todo instante.

Neste sentido, um segundo ponto importante a ser ressaltado é o de que as mídias em si não são boas ou más, por mais que se questione os mecanismos dos algoritmos e suas finalidades. O que prova essa afirmação é que as mesmas redes são usadas por grupos diversos tanto para construir pontes quanto muros; ou tanto para erguer o ser humano ou destruí-lo. A grande questão em relação às redes sociais está na forma como as usamos. Isso inclui finalidade, frequência e diálogos.

Retomando a afirmação do Papa, nossa preocupação precisa estar no tipo de ambiente que criamos nestas mídias. Diferentemente dos meios tradicionais, nestas novas plataformas, não falamos com um público massivo, mas com pessoas que fazem ou não parte de nossos grupos. Nelas não apenas emitimos nossas opiniões, mas ouvimos as dos outros. Porque eles têm espaço para se manifestar diante das nossas declarações. 

Como cristãos, precisamos enxergar que o espaço de escuta, o direito de resposta das pessoas e a palavra oportuna têm o seu lugar. Por isso as várias formas de "cancelamento" que acontecem jogam contra a própria natureza das redes (o das relações).

O que cabe aos cristãos nas redes sociais?

Os que creem em Cristo podem estar nestes ambientes, posicionando-se a partir dos valores de Jesus não só nas palavras, mas também nas formas de uso. Que termos temos usado nas redes? Quem incluído é quem cancelamos em nossos discursos?

Sabemos também do quanto uma grande quantidade de horas expostos nessas plataformas mexem com nosso cérebro, interferindo de fato em nossa produção hormonal, em nosso sono e capacidade de concentração e em tantas outras questões.  O que não dizer de pessoas que entram em depressão ou pensamentos suicidas por não serem acolhidas em grupos ou por terem sofrido agressões ou dislikes?

Com isso, o que afirmo é que precisamos reassumir o controle dessas redes. O ser humano, imagem e semelhança de Deus – com capacidade de pensar, liberdade para decidir e dar sentido às coisas – transcende tudo isso e deve se impor. De que forma?


Como "ser humano" nas mídias digitais?

1. Responsabilizando-se pelo que você posta. As pessoas anseiam por exemplos genuínos e palavras autênticas que expressem a verdade que conhecemos em Deus. Não nos cabe transmitir ou replicar conteúdos mentirosos, sem antes discernir a veracidade dos fatos. É um dever lembrar se estaremos ou não ofendendo o próximo, porque o amor é a nossa lei maior.

2. Discernindo quem seguimos. Cabe aqui também a reflexão sobre aqueles que "seguimos". A cada dia, surge um novo influencer. O nome dessa nova profissão, por si só, já é um convite à vigilância: por quem estamos nos deixando influenciar? O que essa pessoa pensa? Quem já decidiu seguir a Cristo, não pode ter outros senhores! A primazia é de Jesus!

3. Saber selecionar. Podemos, sim, escolher usar as redes para construir o Reino de Deus, decidindo não nos escravizarmos por elas. Aproveitemos seu imenso potencial para criar ambientes cada vez mais humanos, sem deixar que elas nos roubem o olhar nos olhos, a percepção da beleza das pessoas e a apreciação da natureza, obras da criação divina.

Há um potencial enorme nas mídias sociais para a evangelização, que torna possível alcançar pessoas em todas as partes do mundo, onde valores construtivos podem ser disseminados e a produção de conteúdo não é mais restrita a pequenos grupos. A sabedoria de grandes evangelizadores como São Paulo nos inspira a "examinar tudo e reter o que é bom!" (1 Ts 5,21).

Pense nisso e que a Virgem Maria, Rainha da Comunicação, interceda por nós!



 


Elane Gomes

Missionária da Comunidade Canção Nova desde o ano 2000. Professora de Língua Portuguesa, radialista e especialista em Comunicação e Cultura. Mestra em Comunicação e Cultura. Atualmente trabalha no Jornalismo da TV Canção Nova de São Paulo. Prega em encontros pelo Brasil e atua como formadora de membros da Comunidade. É esposa, mãe e trabalha também com aconselhamento de casais.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/redes-sociais-e-fe-crista-um-chamado-missao-digital-no-seculo-xxi/

30 de junho de 2025

Mãe e Rainha da Criação

A terra nos foi dada para cultivá-la e para guardá-la

O Círio de Nazaré cultua Maria como "Mãe e Rainha de Toda a Criação". Qual é o sentido desse nome? Inspirado em Laudato Sì, 241, Dom Alberto Taveira, em 20 de outubro de 2024, já explicou o sentido dessa invocação com a qual nos dirigimos a Nossa Senhora de Nazaré. Nesse sentido, é muito o oportuno revisitar o texto disponível em https://www.ciriodenazare.com.br/noticias/tema-do-cirio-de-nazare-2025.

Créditos: Imagem gerada por Inteligência Artificial / CHAT GPT.

O Círio de Nazaré é uma celebração importante para a evangelização dos católicos e deseja ser também um apelo aos não católicos. O Círio de Nazaré convida as pessoas de boa vontade para o cuidado com a vida no planeta. Como tudo se relaciona com tudo, defender a criação significa cuidar da natureza e da humanidade, principalmente das pessoas mais pobres; significa também rever e mudar o nosso modo de viver e de professar a fé cristã.

A terra existe antes de nós e nos foi dada por Deus para "cultivá-la e para guardá-la" (cf. Gn 2,15). Na Revelação bíblica, "cultivar" quer dizer lavrar ou trabalhar um terreno, e "guardar" significa proteger, cuidar, preservar. Concretamente "cultivar e guardar a terra" implica uma relação de reciprocidade responsável entre o ser humano e a criação. Com efeito, todos nós podemos tomar da bondade da terra aquilo de que necessitamos para a sobrevivência, mas temos também o dever de protegê-la e garantir a continuidade da sua fertilidade para as gerações futuras. Não queremos entregar para as próximas gerações uma criação esgotada e destruída. Assim a reciprocidade responsável se desdobra em uma solidariedade inter-geracional.

Os cristãos defendem uma espiritualidade fundada no Deus criador: "ao Senhor pertence a terra" (Sl 24/23,1); a Ele pertence "a terra e tudo o que nela existe" (Dt 10, 14). A conversão ecológica se concretiza na vivência de uma fraternidade que inclui a nossa casa comum e nos faz tomar consciência de que não somos Deus. Por isso Ele nos proíbe toda a pretensão de posse absoluta da criação. A melhor maneira de colocar o ser humano no seu lugar e acabar com a sua pretensão de ser dominador absoluto da terra é voltar a propor a figura de um Pai criador e único dono do mundo; caso contrário, o ser humano tenderá sempre a querer impor à realidade as suas próprias leis e
interesses.

A necessidade de defender a criação de Deus

A criação é muito mais do que a simples natureza, por isso não é suficiente a mera preservação dela. É preciso defender a criação de Deus. Cuidamos da nossa casa comum e temos zelo pela criação porque ela é projeto do amor de Deus. Professar a fé no Criador inclui considerar que, na criação, cada criatura tem um valor e um significado em si mesma. O conceito de natureza se entende habitualmente como um sistema que se analisa e se administra, mas a criação só pode ser concebida como um dom que vem das mãos abertas do Pai, como uma realidade iluminada pelo amor que nos chama a uma comunhão universal.

Como se pode notar, o próprio nome "criação" exprime uma realidade que supera a mera concepção de "natureza". A criação indica o solo, a água, a luz e todos os seres vivos, de modo especial os humanos, na sua relação de amor com Deus. Todos os elementos da criação não estão simplesmente presentes em um único lugar, mas se relacionam e interagem vitalmente: tudo está relacionado com tudo, e tudo está relacionado com Deus, ou seja, são suas criaturas. A cosmovisão cristã se relaciona com o mundo como uma realidade que está repleta de "palavras de amor do Criador".


Nós cremos que a criação pertence à ordem do amor e não somente à ordem econômica dos recursos a serem explorados e consumidos. O amor de Deus é a razão fundamental de toda a criação: "Tu amas tudo quanto existe e não detestas nada do que fizeste; pois, se odiasses alguma coisa, não a terias criado" (Sb 11,24). Assim, cada criatura é objeto da ternura do Pai que lhe atribui um lugar no mundo. Até a vida efêmera do ser mais insignificante é objeto do Seu amor e, naqueles poucos segundos de existência, Ele a envolve com o seu carinho.

Invocamos Nossa Senhora de Nazaré como Mãe e Rainha de toda Criação, porque desejamos ser como ela. Com efeito, "parte da criação alcançou toda a plenitude da sua beleza, no corpo glorificado de Nossa Senhora, junto com Cristo ressuscitado. Maria não só conserva no seu coração toda a vida de Jesus, que "guardava" cuidadosamente (Lc 2,51), mas agora compreende também o sentido de todas as coisas. Por isso podemos pedir a Maria que nos ajude a contemplar este mundo com um olhar mais sapiente" (LS 241).

Dom Julio Endi Akamine, SAC
Arcebispo Coadjutor da Arquidiocese Belém do Pará


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/nossa-senhora/mae-e-rainha-da-criacao/

28 de junho de 2025

Imaculado Coração de Maria, escola de amor e pureza

Entre as mais belas expressões da piedade cristã está a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Celebrada no sábado seguinte à Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, essa memória nos convida a contemplar o coração da Mãe de Deus como fonte de virtudes, modelo de fé e reflexo do amor divino.

Créditos: Arquivo CN

O que significa dizer que o coração de Maria é imaculado?

Desde o início, a Igreja reconheceu a pureza singular de Maria preservada do pecado original por graça de Deus em vista da missão única de ser Mãe do Salvador. Como proclamou o anjo: "Alegra-te, cheia de graça!" (Lc 1,28). Essa plenitude de graça não se refere apenas ao início de sua existência, mas a toda a sua vida marcada por um amor indiviso a Deus.

O Evangelho nos revela algo profundo sobre o coração de Maria: "Maria guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração" (Lc 2,19). Este coração é o lugar onde a Palavra de Deus é acolhida, amadurecida e compreendida na fé.  São Beda, o Venerável, ensinava que "Maria meditava essas palavras no coração, não por simples curiosidade, mas para compreender com mais profundidade os mistérios que nela se realizavam."

Um coração que amou a Deus com perfeição 

O coração de Maria é também um coração que sofre. No templo, Simeão profetiza: "Uma espada transpassará tua alma" (Lc 2,35). Ela participa intimamente da Paixão do Filho, unida a Ele na dor redentora. Como disse São Bernardo: "No martírio da cruz, foi a alma de Maria que foi traspassada pela lança, não o corpo".

Contemplar o Imaculado Coração de Maria é, portanto, olhar para um coração que amou a Deus com perfeição e aos homens com ternura. Ele é símbolo da maternidade espiritual de Maria, pois, como Mãe da Igreja, ela continua a interceder, amar e cuidar.

Na Liturgia, o prefácio da missa destaca: "No coração da Virgem Maria, habitou o Espírito Santo com a plenitude dos seus dons; nele, Vós plasmastes um templo novo e puro, e dele fizestes resplandecer a glória de Cristo." O coração de Maria é a morada onde Deus repousou.


O coração de Maria é inseparável do Coração de Jesus

E mais ainda: o coração de Maria é inseparável do Coração de Jesus.

Podemos dizer, com os santos e místicos da Igreja, que o Coração de Maria é o próprio Jesus, pois tudo nela vive em função d'Ele, tudo nela foi moldado por Ele, tudo nela aponta para Ele. "Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mt 6,21). E o tesouro de Maria é o seu Filho.

Essa devoção foi especialmente promovida nas aparições de Fátima, onde Nossa Senhora pediu a consagração ao seu Imaculado Coração como caminho de conversão e paz. "Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará", disse ela aos pastorinhos. Essa promessa não é apenas profética, mas um chamado: quando acolhemos Maria em nossa vida, ela nos conduz a Cristo e nos forma no amor.

Neste tempo em que tantos corações se fecham ou se endurecem, o Coração Imaculado de Maria é um refúgio seguro. Nele aprendemos a escutar, a confiar, a amar sem reservas. Que Maria nos ensine a guardar a Palavra no coração, a viver na graça e a oferecer nossa vida como ela: com pureza, coragem e total entrega a Deus.

Pe. Diogo Shishito
Especialista em Liturgia, Diocese de Mogi das Cruzes. 


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/nossa-senhora/imaculado-coracao-de-maria-escola-de-amor-e-pureza/

27 de junho de 2025

O Sagrado Coração de Jesus

A densidade espiritual dessa devoção 

Na tradição espiritual católica, o mês de junho é dedicado ao Coração de Jesus. Neste ano, a solenidade do Sagrado Coração de Jesus ganha um sentido ainda mais especial porque comemora o aniversário da conclusão da experiência mística com a qual a monja visitandina Margarida Maria Alacoque (1647-1690), hoje santa, foi agraciada. Qual é a densidade espiritual dessa devoção exclusiva da Igreja Católica Apostólica Romana?

Créditos: Imagem gerada por Inteligência Artificial / CHAT GPT

Bem na metade do ano civil, dá-se a celebração do Coração de Jesus. Essa devoção tem contribuído para a santificação de muitos membros da Igreja! Há mais de três séculos, homens e mulheres têm percorrido o itinerário da vida cristã ajudados por essa via devocional que situa o batizado numa atitude de contemplação do amor infinito de Deus em si mesmo e do transbordamento desse amor sobre a humanidade. O amor contemplado é traduzido em palavras e ações que refletem assim a dimensão encarnada do amor divino na Igreja e no mundo.

Um forte apelo à reparação

Entre os anos de 1673 e 1675, Santa Margarida Maria Alacoque foi agraciada com a experiência mística que deu origem à devoção ao Sagrado Coração de Jesus como se conhece hoje. Nas aparições de Jesus, Ele pediu a prática da Hora Santa reparadora (adoração eucarística) às quintas-feiras, a comunhão eucarística às primeiras sextas-feiras de cada mês e a celebração de uma solenidade dedicada ao seu Coração na conclusão da oitava de Corpus Christi. Neste ano, a Igreja celebra, com júbilo, os 350 anos da conclusão dessas aparições ocorridas em Paray-le-Monial na França.

É importante elucidar que no conteúdo místico das aparições há um forte apelo à reparação. O homem pecador é ingrato em relação a Deus. Na Bíblia, o pecado de ingratidão para com Deus está na origem da murmuração (cf. Sl 95, 8-11) que, quando não vencida, leva à idolatria. Os homens ofendem a Deus por causa dos seus pecados. A maioria dos pecadores não têm consciência disso e, ademais, não vive de modo agradecido ao seu Criador e Senhor. Os praticantes da devoção ao Coração de Jesus assumem o compromisso de fazer o ato de reparação, mostrando assim a solidariedade na culpa, ou seja, todos compartilham a mesma condição pecadora e quem tem consciência disso tem o dever amoroso de realizar o ato de reparação para o benefício espiritual dos que ainda não tem essa consciência, fazendo valer as palavras do próprio Jesus: "Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!" (Lc 23, 34).


Essa devoção exclusivamente católica possui uma robusta densidade espiritual porque situa a pessoa que a pratica diante do mistério da Encarnação. Papa Francisco presenteou a Igreja com a encíclica Dilexit nos, sobre o amor humano e divino do Coração de Jesus. No número 48, ele estabelece a relação entre a devoção e o mistério encarnatório: "A devoção ao Coração de Cristo não é o culto a um órgão separado da Pessoa de Jesus. O que contemplamos e adoramos é a Jesus Cristo por inteiro, o Filho de Deus feito homem, representado numa imagem sua em que se destaca o seu coração."

A necessidade de reparação e o espírito de adoração 

Considerando tudo o que foi exposto acima, conclui-se que essa prática devocional conduz à adoração da Pessoa divina que – sendo amor infinito em si, em comunhão com o Pai e o Espírito Santo – se encarnou para comunicar esse amor e chamar os homens a entrar nessa relação de amor. No mistério da divino-humanidade do Filho de Deus, é possível fazer a grande descoberta de que "Deus é Deus e nos ama com um Coração de carne" (São Francisco de Sales).

Que a Solenidade do Coração de Jesus reacenda, no coração dos católicos, a chama ardente do amor, a consciência da necessidade de reparação e o espírito de adoração ao mistério da divino-humanidade do Filho de Deus!

Pe Robison Inácio de Souza Santos
Diocese de Guaxupé-MG, doutorando em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/o-sagrado-coracao-de-jesus-3/

Por que o alcoolismo é pecado?

Tudo que atenta contra a vida humana está contra a vontade de Deus. Jesus disse que veio "para que tenhamos vida e a tenhamos em abundância" (Jo 10,10). Nosso corpo é templo da Santíssima Trindade. São Paulo disse: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita em vós. Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado – e isto sois vós" (1 Cor 3,16-17).

Há muitas maneiras de destruir o corpo e a vida: a violência, os esportes perigosos e absurdos, e as drogas, como a maconha, cocaína, crack, LSD, alcoolismo…

Alcoolismo

Tudo isso é pecado porque ofende o Autor da vida, que nos deu a vida como um grande dom e presente para ser vivida para os outros. A vida não é nossa, é de Deus; não sabíamos o dia do nascimento e não sabemos o dia da morte. Ela está em nós, mas não nos pertence. Somos administrador dela e teremos de prestar contas ao Criador.

Créditos: Imagem Gerada por Inteligência Artificial / Gemini

Como lidar com o vício do meu cônjuge?

O alcoolismo destrói a pessoa radicalmente. Seu cérebro vai sendo "cozido" pelo álcool e todo o organismo vai morrendo, especialmente o fígado. Dá pena ver quantos homens e mulheres jovens dominados pelo álcool! Além disso, a família sofre as terríveis consequências de um pai ou de uma mãe embriagados; o casamento perece, os filhos sofrem… "O salário do pecado é a morte" (Rom 6,13).


Todo cristão tem de lutar contra a bebida

As razões pelas quais a pessoa mergulha no álcool, compulsivamente, são muitos. A música "O Ébrio", de Vicente Celestino, retrata bem isso. Em muitos se torna uma doença, e isso diminui, de certa forma, a culpa. Mas todo cristão tem de lutar contra a bebida. Não se deixar buscar nela uma fuga para os problemas da vida. É uma atitude de fraqueza e covardia. São Paulo diz: "Não vos embriagueis com vinho, que é uma fonte de devassidão, mas enchei-vos do Espírito" (Ef 5, 18). O Apóstolo não está proibindo beber vinho moderadamente, mas se embriagar. Ele recomendava a Timóteo "tomar também um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes indisposições" (I Tm 5, 23).

Vigilância e oração

O cristão pauta a sua vida pela "vigilância e oração" e coloca todas as suas preocupações nos braços do Pai e confia nele, sem buscar nas fugas a solução errada para seus males. É na oração, na Palavra de Deus, na Eucaristia e na Confissão, no santo Terço, que vamos buscar forças para vencer nossas mazelas, mas jamais no álcool.

Aqueles que, porventura, se entregaram ao vicio, devem lutar com as armas da fé, citadas acima, e as armas da terapia: acompanhamento médico, podendo participar dos Alcoólicos Anônimos, buscar uma boa Casa de Recuperação, como as de Bethânia, fundadas por padre Léo etc.



Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos", na Rádio apresenta o programa "No Coração da Igreja". Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br e Twitter: @pfelipeaquino


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-interior/por-que-o-alcoolismo-e-pecado/

25 de junho de 2025

A guerra tem algum sentido?

Certamente uma das maiores derrotas da humanidade é o fato da guerra. Derrota, porque na guerra ninguém sai vitorioso. Ela nunca terá sentido ou justificativa plausível. Por isso, precisamos observar cuidadosamente a forma como comentamos sobre esta realidade. Principalmente quando tentamos justificar partindo de uma visão simplória. Mas, é interessante que meditemos sobre este tema. A fim de que entendamos os fundamentos que levam os homens a travar batalhas contra seus semelhantes. 

Créditos: Imagem gerada por Inteligência Artificial / Krea.

Rápida visão histórica do modo de fazer guerra

O modo de fazer guerra foi modificado ao longo dos séculos. Começou-se de forma muito rudimentar e limitada. Com as primeiras colônias humanas com o intuito de defender seus recursos primários, ou de buscar os mesmos. Mas, com o passar do tempo e o evoluir das técnicas, o modo de fazer guerra mudou. E em pouco espaço de tempo transformou drasticamente. O que não mudou ao longo dos séculos são as mortes, sofrimentos psicológicos e humano-afetivos. Estas feridas continuam a ser sentidas em todas as eras. 

Quando pensamos em guerra, muitas vezes pensamos naquele combate corpo a corpo. Soldado contra soldado. Que medem forças em combates diretos. Ou, como vemos em filmes ambientados na primeira ou segunda grande guerra, com trincheiras cavadas num campo aberto, onde os dois exércitos atiram uns contra os outros.

O modelo de fazer guerra

Hoje o modelo de fazer guerra, diz muito mais sobre controles remotos e botões do que propriamente e diretamente no combate entre os soldados. Isto leva a um desastre ainda maior. Porque colocou todos os lugares do mundo em completa insegurança. Anteriormente os campos de batalha eram os lugares mais tensos num combate, existiam locais estabelecidos previamente para o combate. Normalmente eram estrategicamente montados como forma de proteger regiões importantes como fábricas, e cidades inteiras. Agora nenhum desses lugares está seguro. 

Mísseis podem ser lançados do outro lado do globo terrestre em um local tão preciso. Tais artefatos podem viajar em velocidades impressionantes, e carregar um poderio destrutivo que chega a assustar até os mais entendidos nestas técnicas. 

Atualmente, instrumentos, artigos, tecnologias e armamentos para o combate têm tomado o cenário da crise geopolítica. Diversas nações buscam desenvolver armas com capacidade cada vez maior de destruição, a fim de intimidar outras nações consideradas inimigas.

Alguns dados sobre as guerras

Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) cerca de 30 países estiveram envolvidos no conflito. Durante a Segunda Guerra Mundial, considerado o maior conflito da história, mais de 72 países estiveram envolvidos no conflito. 

Atualmente, segundo dados na internet, cerca de 120 nações em todo o mundo estão vivendo algum tipo de conflito armado em curso, onde 60 dos 193 Estados ligados às Nações Unidas, estão em conflitos. Isso significa 31% dos países do mundo. Alguns destes, são de caráter local, como as chamadas "guerras civis", ou seja, não são conflitos com outras nações diretamente falando.  

Apesar do nosso país não estar diretamente ligado a algum conflito ou, oficialmente, não estar em guerra, nem mesmo interna, chamada guerra civil, vivemos um verdadeiro conflito armado cotidianamente contra facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas. Isso coloca uma tensão sobre a vida comum das pessoas. Mas, sem minimizar o sofrimento de quem vive em lugares de conflito, não poderíamos comparar a angústia de quem vive o tempo inteiro sobre a tensão de uma possível bomba cair sobre sua cabeça ou, ter a liberdade de ir e vir cerceada por causa de um possível bombardeio. Pensando assim, acho importante que nós que vivemos em paz, devemos refletir um pouco sobre o tema das guerras.

Existe alguma justificativa para se fazer guerra?

A resposta a esta questão do ponto de vista cristão é muito simples: não existe justificativa. Mas do ponto de vista meramente mundano, porque não entendo este como sendo humano, ele poderia ser justificável sobre diversos modos, que vão desde interesses escusos, especulativos, até religiosos, o que nos assombra ainda mais. Por isso, diante destes números poderíamos questionar os reais motivos dessas guerras. Mas, como o cenário é bastante complexo, fica difícil dar uma única "justificativa" para o desenrolar deste ou daquele conflito. Usamos a palavra justificativa entre parênteses, porque não creio haver uma justificativa qualquer para o uso da força e da violência, pois para mim ela nunca será racionalmente justificável.

Mas apresentamos alguns argumentos comumente utilizados: 

  1. Segurança Nacional e Defesa, principalmente quando se fala de soberania da nação, prevenção de ataques dos outros, ou para proteger os cidadãos;
  2. Interesses Geopolíticos e Econômicos, este últimos têm sobressaído nos últimos tempos, pois tende a estabelecer disputas por recursos naturais importantes, como combustíveis, gás, água entre outros. Mas também controle de rotas comerciais, influência, investimentos financeiros. 
  3. Questões ideológicas e políticas. Promoção de sistemas de governo ou ideologias muitas vezes justificáveis como democracia, socialismo, liberalismo econômico. Outros conflitos estão no âmbito do combate ao terrorismo, ou por mudança de regime de governo, algumas vezes pressionados por países aliados. Apoio a sistemas separatistas ou de libertação e independência.
  4. Outros conflitos são de caráter histórico ou cultural. Também entram aqui questões de religião, reivindicações de territórios históricos, nacionalismos. 
  5. Também tem um ponto que tem sobressaído nos últimos tempos, que é o controle pela informação e pelas novas tecnologias, como a inteligência artificial. Alguns justificam que redes sociais podem ser causa de espionagem ou de implantação de espionagem velada. 

Enfim, diversas são as "justificativas" e argumentações para se desenvolver guerra, mas, repito, nenhuma delas poderiam verdadeiramente ser aceitas por quem segue o Deus da paz, Cristo Jesus. 


Paz na Terra

O Santo Padre o Papa São João XXIII, em 1963, publicou uma encíclica chamada "Pax in Terris". Esta foi a primeira Encíclica em que o Papa não se dirigiu diretamente aos católicos, mas a "todos os homens de boa vontade". Quando o Papa publicou esta Encíclica o mundo vivia a chamada "Guerra Fria". O Papa então utilizando do seu magistério convocou o mundo a urgente necessidade de promover a paz mundial baseada na verdade, justiça, caridade e liberdade. 

Esta mesma Encíclica agora é mais atual como nunca. Precisamos trazer em nossas mentes e em nossos corações que é urgente o estabelecimento da paz. Já alguns comentaristas, dizem de uma iminente Terceira Guerra Mundial, pelos números apresentados anteriormente penso que já estamos vivenciando o prelúdio desta guerra. Mas, penso ser ainda tempo de interromper esta sinfonia marcada pelo drama e por fortes movimentos. 

A paz na Terra, certamente só será construída diante destes quatro pilares apresentados pelo Papa. 

  1. A verdade deve prevalecer e não os interesses individuais transvestidos de caridade. 
  2. Deve manifestar a verdadeira caridade que provém do termo latino, muitas vezes traduzido por "amor". Amor que vem de Deus, que atravessa o coração humano e chega a todos os cantos do mundo. 
  3. Para que seja implantada a justiça, a fim de que aqueles que não desejam promover a paz, sejam removidos de seus postos e possam estes serem ocupados pelos verdadeiros promotores da paz e da liberdade dos povos. 
  4. A fim de que a ninguém seja imposto o julgo da escravidão, principalmente aquela do pecado, que já foi redimido pelo sangue de Cristo.

Por fim, rezemos, irmãos caríssimos, pela paz em nossas comunidades, em nosso País e no mundo inteiro.

Salmo 121 

 1.Cântico das peregrinações. De Davi. Que alegria quando me vieram dizer: "Vamos subir à casa do Senhor…".

2.Eis que nossos pés se estacam diante de tuas portas, ó Jerusalém!

3.Jerusalém, cidade tão bem edificada, que forma um tão belo conjunto!

4.Para lá sobem as tribos, as tribos do Senhor, segundo a Lei de Israel, para celebrar o nome do Senhor.

5.Lá se acham os tronos de justiça, os assentos da casa de Davi.

6.Pedi, vós todos, a paz para Jerusalém, e vivam em segurança os que te amam.

7.Reine a paz em teus muros, e a tranquilidade em teus palácios.

8.Por amor de meus irmãos e de meus amigos, pedirei a paz para ti.

9.Por amor da casa do Senhor, nosso Deus, pedirei para ti a felicidade.

 

Pe. Jaelson C. Santos

 

Referências

João XXIII, Pacem in Terris, 1963, em https://www.vatican.va/content/john-xxiii/pt/encyclicals/documents/hf_j-xxiii_enc_11041963_pacem.html [acesso: 16.6.2025].

«Feliz Ano Novo, com 120 guerras em andamento no mundo», em Nexo Jornal, em https://www.nexojornal.com.br/feliz-ano-novo-com-120-guerras-em-andamento-no-mundo [acesso: 16.6.2025].

«O que foi a Guerra Fria?», Brasil Escola, em https://brasilescola.uol.com.br/guerras/guerra-fria.htm [acesso: 23.6.2025].

«Primeira Guerra Mundial: resumo, estopim, consequências», Mundo Educação, em https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/primeira-guerra-mundial.htm [acesso: 23.6.2025].

«Primeira Guerra Mundial: tudo sobre essa guerra global», Brasil Escola, em https://brasilescola.uol.com.br/historiag/primeira-guerra.htm [acesso: 23.6.2025].


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/atualidade/guerra-tem-algum-sentido/