9 de julho de 2013

A luta contra o vício da masturbação

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Cinco atitudes importantes nessa luta

É grande a luta do jovem cristão contra o vício da masturbação.


A sua prática é bastante comum entre os rapazes e as moças; é um dos principais problemas enfrentados pelos jovens cristãos.

Saiba, antes de tudo, que a masturbação não é indício de distúrbio de personalidade ou de problema mental. É um problema muito antigo na humanidade.

Já o "Livro dos Mortos", dos egípcios, condenava a masturbação por volta do ano 1550 antes de Cristo. Pelo código moral dos antigos judeus, era considerado pecado grave.

Encontrei homens casados que continuavam a se masturbar, embora tivessem uma vida sexual regular com a esposa. Isto mostra que o vício da juventude continuou e prejudica o casamento. 


Embora as aulas de "educação sexual", muitas vezes, ensinem que a masturbação é normal, e até necessária, na verdade são contra a natureza e a lei de Deus. Infelizmente, nessas aulas e cartilhas sobre o assunto, os alunos são aconselhados a não terem sentimentos de culpa, angústia ou ansiedade, e ensinam que não é prejudicial à saúde.

Isto não é verdade! Muitos médicos afirmam que ela é prejudicial ao jovem tanto fisicamente quanto psicologicamente.

A Igreja ensina que é um ato desordenado.

Embora defendida por muitos como "algo normal", a Igreja ensina que não: "Na linha de uma tradição constante, tanto o magistério da Igreja como o senso moral dos fiéis afirmam, sem hesitação, que a masturbação é um ato intrínseco e gravemente desordenado". "Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade" (Catecismo, §2352).

Para lutar contra a masturbação são necessárias várias atitudes:

1. Tenha calma diante do problema.


Você não é nenhum desequilibrado sexual, nem impuro ou uma prostituta em potencial. Você não é uma aberração, porque se masturba.

2. Corte todos os estimulantes do vício.

Jogue fora todas as revistas pornográficas, livros e filmes eróticos que você costumava ver. E não fique olhando para o corpo das moças ou dos rapazes, alimentando a sua mente com desejos eróticos.

Deixe de assistir aqueles programas de TV que, cada vez mais, jogam pólvora no seu sangue. A TV é hoje um dos piores venenos para o jovem que luta contra a masturbação. E fuja dos "sites" eróticos da internet.

3. Faça um bom uso de suas horas de folga.


Aproveite o tempo para ler um bom livro, praticar esportes, sair com os amigos, caminhar etc. Não fique sem fazer nada, especialmente na cama, pois "mente vazia é oficina do diabo".

4. Não desanime nem se desespere nunca.

Lute, diariamente, contra a masturbação, mas, se você cair, levante-se imediatamente, peça perdão a Deus, de imediato, e retome o propósito de não pecar. Não fique pisando na sua alma e se condenando.

Diga: "Está bem, eu errei, eu caí. Aceito a minha queda humildemente, porque sou fraco; vou conseguir com a ajuda de Deus superar isto. Vou continuar lutando até me libertar definitivamente, mesmo que eu caia um milhão de vezes; não desistirei e não me desesperarei."

Deus ama a nossa luta contra o pecado; a nossa vitória diante dele é mais a nossa perseverança na luta do que propriamente a vitória completa.

5. Alimente a sua alma com a oração, a Palavra de Deus e os sacramentos da Igreja.

Há um ditado que diz: "Mosca não assenta em prato quente".

Se você mantiver a sua alma aquecida com o calor do Espírito Santo, as moscas da tentação não o perturbarão. Mas se o prato esfriar...

Após uma queda no campo do sexo, sempre fica claro que faltou vigilância e oração para não pecar. Muitas vezes, abusamos da nossa fraqueza, expomos-nos diante do perigo e caímos.

Há um outro provérbio que diz: "A ocasião faz o ladrão"; ou ainda: "Quem ama o perigo nele perecerá".

Na verdade, teremos de pedir mais perdão a Deus, porque não vigiamos e não oramos, do que por ter caído no pecado propriamente.

O transatlântico e as gaivotas.


Um grande transatlântico deixava, um dia, o porto de partida e, como todos os outros navios, era escoltado por uma nuvem de gaivotas prateadas. Depois de meia hora, o tempo ficou ameaçador e um vento violento soprava ondas imensas. Esboçava-se no céu uma tempestade tremenda. O possante navio, mesmo com os seus potentes motores, seguia com dificuldade.

- Pobres avezinhas – dizia um viajante que olhava as gaivotas.

- Como podeis vós, com vossas asas fracas, lutar contra este tufão?

De repente, aquele homem, que tão compadecido estava das aves, ficou atônito. É que as pequeninas gaivotas, estendendo as asas que Deus lhes deu, abandonaram o navio na tempestade e passaram a voar numa região mais alta e serena no céu, onde havia bonança.

No mar, o grande transatlântico, continuava a gemer.

Pelas asas poderosas da oração e da graça de Deus o homem se eleva acima das tempestades da vida e pode voar placidamente acima das paixões deste mundo.

(Extraído do livro "Jovem, levanta-te!")

 

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Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

7 de julho de 2013

10 sugestões


1° Não se preocupe de todas as atividades humanas, preocupar-se, é a menos produtiva.

2° Não se deixe dominar pelo medo A maior parte das coisas que tememos nunca acontecem.

3° Não guarde rancor ele é uma das cargas mais pesadas da vida.

4° Enfrente um problema de cada vez seja como for, só poderá tratá-los um por um.

5° Não leve os problemas para a cama são maus companheiros do sono.

6° Não compre os problemas dos outros eles podem lidar com eles melhor do que você.

7° Não reviva o passado ele já passou. Concentre-se no que se passa na tua vida e seja feliz agora.

8° Seja um bom ouvinte só quando escutar, obterás idéias diferentes das tuas.

9°Não se deixe abater pela frustração a autocompaixão só interfere com as ações positivas.

10°Contabilize todas as coisas boas Mas não esqueça as pequenas. Muitas coisas boas pequenas, fazem uma grande


Fonte: http://www.catequisar.com.br/mensagem/reflexoes/09/msn_233.htm

6 de julho de 2013

Operários para a messe

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A tarefa de ser portadores de uma vida nova

Os homens e mulheres chamados por Jesus à vida da Igreja descobrem a beleza do Seu convite, o qual se dirige a todos sem exceção. De um lado, o fascínio pela Sua Palavra, que se transforma em norma de vida em todos os setores da existência: amar a Deus e ao próximo, apaixonar-se pela Igreja, entrar numa comunidade de irmãos, participar da liturgia, identificar-se como cristãos onde quer que se encontrem. Nas próximas semanas, em torno da Jornada Mundial da Juventude, com a presença do Santo Padre, o Papa Francisco, em nosso país, veremos vir à tona a genuinidade de tantos que, no peito, levam uma cruz e, no coração, o que disse Jesus!


Como o bem tende a se difundir, todos os discípulos autênticos de Jesus Cristo são igualmente chamados à missão para sair de si mesmos e trabalhar pelo Reino de Deus. São palavras que caminham juntas, de tal forma que "discípulo" quer dizer "discípulo missionário". Não faz parte de sua proposta de vida o acomodamento e a passividade, mas a audácia, a criatividade e o testemunho. O mesmo Senhor que chamou Seus discípulos enviou-os em missão (Cf. Lc 10,1-20). Cristo lhes oferece indicações precisas, cuja atualidade deve ser reconhecida em nosso tempo pelos cristãos de todos os estados de vida e condições sociais.


São enviados! Não vivem apenas para defender suas próprias ideias, mas abraçaram com liberdade e coragem a tarefa de ser portadores de uma vida nova, descoberta no próprio Senhor. Não vivem para os próprios sentimentos ou segundo as emoções e humores de cada momento, mas se transformam em verdadeiros embaixadores. São ousados, a ponto de tomarem como próprias palavras exigentes como as pronunciadas por São Paulo, nascidas de profunda convicção: "Quanto a mim, que eu me glorie somente da cruz do nosso Senhor, Jesus Cristo. Por ele, o mundo está crucificado para mim, como eu estou crucificado para o mundo" (Gl 6,14). Onde quer que estejam possam dizer com o Apóstolo: "Trago em meu corpo as marcas de Jesus" (Gl 6, 17).

Enviados dois a dois! Para que o Senhor esteja sempre entre eles (Mt 18,20), preferem a comunhão ao isolamento, compartilham ideias e experiências, ajudam-se mutuamente, descobrem a luz que lhes vêm da caridade vivida, acolhem a correção fraterna.

Cordeiros no meio de lobos! Suas "armas" não são a agressividade e a desconfiança. Acreditar na "não violência ativa" é o desafio para sua presença na sociedade, a fim de se tornarem capazes de dialogar, acolher as diferenças entre as pessoas e tecerem novas relações, pouco a pouco, "fazendo a hora acontecer", presentes em todos os setores da vida social e política, fazendo a diferença para melhor!

Não levam bolsa, sacola nem sandálias pelo caminho! São expressões fortes usadas por Jesus para indicar aos discípulos missionários, de qualquer tempo ou cultura, que sua segurança não está na riqueza ou na quantidade de bens materiais disponíveis, mas na força da mensagem de que são portadores. Saberão, sim, usar todos os meios disponíveis, das caminhadas pelas estradas da Galileia, passando pelas grandes incursões missionárias de todos os tempos, para depois usar com inteligência e perspicácia os meios disponíveis em nossa época, sem desprezar, em qualquer circunstância, o contato pessoal.

"A paz esteja nesta casa". Dizer isso com a boca ou com o testemunho é tarefa indispensável para todos os cristãos. Serão homens e mulheres portadores daquele que traz a paz e é, ele mesmo, a paz. Sua presença ouvirá os contrários e descobrirá caminhos de reconciliação e amizade sem tomar partido que não seja o da verdade.

Aonde chegam, os discípulos missionários valorizam o que lhes é oferecido, curam os doentes e anunciam a chegada do Reino de Deus. Se o Senhor lhes concede o dom da cura e dos milagres, usam-no com humildade. Mas saberão sempre sanar pessoas e relacionamentos, com o dom mais sublime, o da caridade (Cf. 1 Cor 12,31 – 13,13).

Como encontrar tais pessoas, já que parecem tão raras, pelas suas características? "A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua messe" (Lc 10, 2). Só o Senhor pode transformar em operários os que se encontrarem ociosos (Cf. Mt 20, 1-16) ou fazer de possíveis mercenários autênticos pastores, dispostos a darem a própria vida. Em todos os setores da vida, da sociedade e da Igreja existem, tenho certeza, homens e mulheres que, hoje, não amanhã, podem dar uma resposta genuína ao chamado de Deus, vindo a se tornarem autênticos missionários. Encontram-se espalhados por aí e podem ser despertados pelas gritantes realidades que nos cercam, através das quais o Senhor lhes fala e convoca! Há que pedir que o Pai do Céu os acorde! Misteriosamente, Deus quer depender de nossas orações para que surjam novos missionários e para que todos os discípulos de Jesus sejam transformados em missionários!

Temos a alegria de ver que jovens nascidos em nosso meio respondem ao chamado de Deus. No dia seis de julho, data em que agradeço a Deus os vinte e dois anos de Ordenação Episcopal, quatro jovens de nossa Igreja – Everson Vianna Corrêa, Fabrício da Silva Albuquerque, Maurício Henrique Almeida dos Santos e Valdinei de Lima Silva – serão ordenados diáconos, assumindo o serviço da Caridade, da Palavra e do Altar. Assumirão publicamente, "nadando contra a correnteza" no mundo em que vivemos, o compromisso do celibato pelo Reino de Deus. Farão, conscientemente, a promessa de obediência, nas mãos do bispo, para servir o povo de Deus. Daqui a alguns meses, serão padres para a Igreja de Belém (PA). Eles aceitaram ser resposta amorosa e providente de Deus ao pedido por novas e santas vocações! Seu gesto seja testemunho vivo para muitas pessoas, crianças, adolescentes, jovens e adultos. Rezemos com a Igreja: "Enviai, Senhor, operários para a vossa messe, pois a messe é grande e poucos são os operários!".

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Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.

3 de julho de 2013

Cristo vivo em sua Igreja

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Transformamo-nos nAquele que recebemos

Caríssimos filhos, a natureza humana foi assumida tão intimamente pelo Filho de Deus, que o único e mesmo Cristo está não apenas neste homem, primogênito de toda a criatura, mas também em todos os seus santos. Disto não podemos duvidar. E como a Cabeça não pode separar-se dos membros, também os membros não podem separar-se da Cabeça. Se é certo que Deus será tudo em todos não nesta vida, mas na eterna, também é verdade que, desde agora, ele habita inseparavelmente no Seu templo, que é a Igreja, conforme Sua promessa: "Eis que eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo" (Mt 28,20).


Por conseguinte, tudo quanto o Filho de Deus fez e ensinou para a reconciliação do mundo podemos saber não apenas pela história do passado, mas experimentando-o na eficácia do que Ele realiza no presente. 


É Ele que, tendo nascido da Virgem Mãe pelo poder do Espírito Santo, por ação do mesmo Espírito, fecunda a Sua Igreja Imaculada, a fim de gerar pelo nascimento batismal uma inumerável multidão de filhos de Deus. É deles que se diz: "Estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus mesmo" (Jo 1,13).

É Ele que abençoou a descendência de Abraão por meio da adoção filial de todos os povos do mundo; e o santo patriarca torna-se pai das nações quando, pela fé e não pela carne, lhe nascem os filhos da promessa.

É Ele que, sem excluir povo algum, reúne em um só rebanho as santas ovelhas de todas as nações que existem debaixo do céu e, todos os dias, cumpre o que prometera ao dizer: "Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir; escutarão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor" (Jo 10,16).

Embora tenha dito de modo especial a São Pedro: "Apascenta as minhas ovelhas" (Jo 21,17), é Ele o único Senhor que orienta o ministério de todos os pastores. É Ele quem alimenta os que se aproximam desta pedra, com pastos tão férteis e bem irrigados, que inúmeras ovelhas, fortalecidas pela generosidade do seu amor, não hesitam em morrer pelo Pastor, o Bom Pastor que deu a vida por Suas ovelhas.

É ele que une à Sua Paixão não apenas a gloriosa fortaleza dos mártires, mas também a fé de todos aqueles que renasceram nas águas batismais.

É nisso que consiste celebrar dignamente a Páscoa do Senhor com os ázimos da sinceridade e da verdade: tendo rejeitado o fermento da antiga malícia, a nova criatura se inebria e se alimenta do próprio Senhor.

A nossa participação no Corpo e no Sangue de Cristo age de tal modo que nos transformamos naquele que recebemos. Mortos, sepultados e ressuscitados n'Ele, que o tenhamos sempre em nós, tanto no espírito quanto no corpo.

São Leão Magno

Papa e Doutor da Igreja – Século V

1 de julho de 2013

Olhe para Jesus

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Ele é nosso sustento e fortaleza

"Quando viu Pedro e João entrarem no templo, o homem pediu uma esmola. Pedro, com João, olhou bem para ele e disse: 'Olha ara nós!' O homem ficou olhando para eles esperando receber alguma coisa. Pedro então disse: 'Não tenho ouro nem prata, mas o que eu tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!' E tomando-o pela mão direita, Pedro o levantou" (At 3,3-7).


Ao olhar para o coxo, Pedro lhe diz: "Olha para nós!". O Senhor está olhando para cada um de nós e nos dizendo: "Olhe para mim!".

Para nos levantarmos precisamos estar com os olhos fixos no Senhor. Ninguém consegue subir na vida se não tiver uma meta, um objetivo bem delineado. Se não soubermos para onde ir, não chegaremos a lugar nenhum. Se não olharmos fixamente para Jesus e enxergarmos um Deus compassivo, amoroso, poderoso, que está ao nosso lado, não conseguiremos nos erguer diante das quedas.

As pessoas permanecem caídas, porque ficam olhando para o chão, para os seus problemas, para os "arranhões", para seu próprio umbigo. Quando não temos a capacidade de mudar o foco da nossa vida, não conseguimos transformá-la.


Vários jovens me procuram para ajudá-los em algumas situações pelas quais estão passando. Certa vez, uma garota trouxe-me o caso do rompimento do seu namoro, que a machucou muito. Ela não soube reagir diante dessa perda, não conseguia se alimentar, entrou em depressão, perdeu peso, continuou ligando pra ele, enviando e-mail etc., ou seja, ela ainda não se desvinculara da situação, e por não conseguir se desprender, não conseguiu a cura e continuou prostrada no chão.

O que poderia dizer para essa jovem e para tantos outros que vivem situações semelhantes? "Você precisa mudar o foco da sua vida. Afaste-se de tudo o que lembra o seu namoro, ponha, diante dos seus olhos, outras atividades".

Não podemos ficar olhando o erro cometido e chorando por ele, pois isso não vai adiantar nada. O pecado que você cometeu deve ser superado, você não pode mais ficar remoendo o erro, curtindo a dor e a infelicidade, pois "a tristeza mata muitos e não traz proveito algum" (Eclo 30,25). É preciso mudar o foco, olhar em outra direção.

Caso você esteja vivendo em um "beco sem saída", no qual, mesmo olhando para frente, para trás, para os lados, nada consegue enxergar. Hoje, você é convidado a olhar para cima. Quando Pedro disse "olhe para nós", ele quis dizer para aquele coxo: "olhe para o alto, para cima, para o Céu, para o lugar de onde vem o socorro". "Levanto os olhos para os montes: de onde me virá auxílio? Meu auxílio vem do Senhor, que fez o céu e a terra" (Sl 121,1-2).

Depois de nos tentar e de nos fazer cair no pecado, o demônio tem o prazer de nos acusar e de nos fazer remoer o nosso erro. Ele quer que fiquemos como os porcos, que vivem olhando para baixo, lambuzados na lama. Basta! Hoje, é o dia em que ouvimos o convite ou mesmo a ordem do próprio Jesus: "Olhe para mim"!

Acredite, meu irmão, você que está caído, que se sente fraco, olhe para Jesus. Quantas vezes, durante minha caminhada, quando me senti pequeno, fraco, medíocre, com vontade de desistir, de "chutar o pau da barraca", fui até a capela e, ali, fiquei olhando para o Senhor dizendo: "Ajuda-me! Ajuda-me!". Esse é o momento de olhar para o alto, de fixar o olhar no Senhor.

Se não tivermos a capacidade de olhar para o nosso Deus, não conseguiremos nos levantar de verdade. Olhar para Jesus é reconhecer que Ele é o nosso sustento, nossa fortaleza, nosso Deus e Senhor. Olhar para Cristo é buscá-Lo nos sacramentos da Igreja, é adorá-Lo no Santíssimo Sacramento, é buscá-Lo na Palavra. Essas são as formas de olhar para o Senhor nos dias de hoje.

O Senhor nos diz: "Olhe para mim". Pedro diz: "Olha para nós!". Olhe para a Igreja, para os seus irmãos, para a comunidade cristã. Você não está só! E não pode viver o levantar-se sozinho. É preciso olhar ao seu redor e enxergar e discernir os verdadeiros irmãos em Cristo, amigos pela fé que o ajudarão a se levantar.

(Extraído do livro "Levante-te e anda. O desafio de chegar até o fim")

 

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Emanuel Stênio

Emanuel Stênio nasceu em Martins (RN) e é consagrado na Comunidade Canção Nova desde 2006. Atua como cantor católico, compositor, pregador, apresentador de TV, locutor de rádio e escritor. Atualmente, faz parte do ministério Amor e Adoração. 

28 de junho de 2013

Deus, o grande esquecido

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O estilo de Deus é a paciência

"A história demonstra que, quando o homem arranca Deus de sua consciência, também arranca do coração as fibras do bem que o ajudam a não cometer monstruosidades. Perdendo Deus, o homem perde também a humanidade" (Cardeal Angelo Amato - Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos).


Ao receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1970, Alexander Soljenítsin, famoso historiador e escritor russo, pronunciou essas palavras: "Consagrei-me durante 50 anos ao estudo. Li centenas de livros, reuni muitos testemunhos pessoais, publiquei oito obras. Hoje, se tivesse de resumir o mais brevemente possível a verdadeira causa de nosso problema, só teria uma explicação: o homem esqueceu-se de Deus... E se me pedissem que dissesse claramente qual a maior ameaça, ainda assim não acharia outra coisa a dizer, senão que o homem se esqueceu de Deus".


Os jornalistas não deram muita atenção a este chamado para voltarmos ao Senhor. Contudo, reconheçamos que a conclusão do escritor é oportuna. A Sagrada Escritura apresenta a história da humanidade, que optou por viver sem Deus como um drama renovado constantemente. Os progressos que o homem faz só mostram, de maneira mais evidente, as limitações e o abismo que o separa da satisfação plena. De fato, os progressos não beneficiam a todos e não preenchem o vazio do coração.

A constatação de Soljenítsin nos lembra que Deus, amorosamente, sempre nos convida a voltarmos para Ele. Primeiro, é necessário reconhecer, diante d'Ele, que O temos desprezado. De muitas maneiras O temos desprezado. Peça perdão ao Pai e volte para Ele, que é bom e misericordioso em perdoar, "e pronto a renovar sua vida, e abundante em benignidade para todos os que te invocam" (Salmo 86,5). "Vinde e tornemos ao Senhor" (Oséias 6,1). Só no bom Deus se encontra o verdadeiro sentido para a vida.

"A tentação de colocar Deus de lado para, assim, colocarmos a nós mesmos no centro, está sempre à espreita. Deus é paciente com os homens, porque os ama; e quem ama compreende, espera, dá confiança, não abandona, não corta as pontes, sabe perdoar. O estilo do Senhor é a paciência. Ele nunca se cansa de perdoar. Somos nós quem nos cansamos de Lhe pedir perdão. Voltemos ao Senhor, pois ele nos espera para nos perdoar", assim declara como pastor amoroso o Papa Francisco (L'osservatore Romano, 14/04/2013, pp.1 e 3).

O bom Deus vive em amor nas profundezas do nosso ser. O grande gênio, bispo e doutor da Igreja, Santo Agostinho exclamava: "Deus me é mais íntimo que meu íntimo, mais íntimo que eu a mim mesmo".

 

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Padre Inácio José do Vale
pe.inacio.jose@gmail.com

 

Padre Inácio José do Vale é professor de História da Igreja no Instituto de Teologia Bento XVI (Cachoeira Paulista). Também é sociólogo em Ciência da Religião.

27 de junho de 2013

Oração pela Canonização de Rosalie Rendu - Frederico Ozanam


1786-1856 1813-1853
Deus, Pai pleno de misericórdia,
Vós que inspirastes o bem-aventurado Frederico Ozanam,
pai de família e professor na Sorbonne,
principal fundador
da Sociedade São Vicente de Paulo,
e a bem-aventurada Rosalie Rendu,
Filha da Caridade,
apóstola do bairro Mouffetard em Paris,
a amar o Cristo em seus irmãos, os mais pobres.
Concedei-nos as graças que vos pedimos
pela intercessão de ambos,
para que a Igreja possa proclamá-los santo e santa,
e revelar sempre mais o vosso Amor
aos mais fracos e mais necessitados
Por Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Amém.