28 de setembro de 2006

Se você quer ser um bom pai, seja um bom esposo

O último livro de Piero Ferruci, "Nossos mestres as crianças" já foi traduzido a 11 idiomas.

Neste livro ele afirma: "Foi preciso tempo, mas ao final percebi: a relação com meus filhos passa através da relação com minha mulher. Não posso ter com eles uma boa relação se minha relação com ela não é boa".

A experiência clínica de Ferruci demonstrou-lhe que "cada ser humano é o resultado da relação entre dois indivíduos: seu pai e sua mãe. E esta relação segue vivendo dentro de nós como uma harmonia belíssima ou como uma dilaceração dolorosa. A relação entre nossos progenitores -disse Ferruci- nos constitui no que somos. E isto é verdade também na época da 'família-dormitório', dos progenitores single, da fecundação artificial, da manipulação genética, dos ventres de aluguel, dos bancos de espermatozóides... Uma criança sente com todo seu ser a relação entre seus progenitores, seja qual for, a sente nele mesmo. Se a relação está envenenada, o veneno circulará pelo seu organismo. Se a atmosfera não é harmoniosa, crescerá em dissonância. Se está repleta de ânsias e inseguranças, também seu futuro será incerto".

A conclusão então parece clara: se você quer ser um bom pai, seja um grande esposo. Se quer ser uma boa mãe, seja uma grande companheira para o seu marido. Isto que parece simples, na prática não é. Por quê? Ferruci responde em primeira pessoa, com grande humildade:

"Às vezes esqueci esta realidade. Tive demasiada confiança. Sabendo que nossa relação ia bem, a deixei aí". Abandonada a relação à sua própria sorte, prontamente aparecem os desgostos, as recriminações.

Quando um matrimônio reage a tempo e recupera o belo do seu amor, os primeiros a perceber são os filhos. E conta sua própria experiência depois de uma temporada em que, obesessionado por escrever seus livros, começou a levantar-se às 5 da manhã e a passar o dia reclamando do ruído das interrupções:

"Comecei a sentir-me deprimido, algo não andava bem. Finalmente compreendi o que sabia mais não queria admitir. A ordem das minhas prioridades estava equivocada.

Decidi devolver a Vivien, minha mulher, um marido que não caísse de sono. Depois ocorreu algo sutil e surpreendente. A relação entre Emilio e Viven melhorou. Não é que fosse uma relação má, mas havia algo que eu não gostava. Com frequência Emilio era descortês com ela e falava comigo como se Vivien não existisse, ignorando-a como o machista mais endurecido. Depois entendi: Emilio me mostrava qual era minha atitude para com Vivien... Eu era que a transformava em uma sombra. Afortunadamente percebi a tempo".

Como manter e melhorar constantemente a relação conjugal? Este autor italiano é um grande romântico e crê que a fonte do amor para os esposos estão nas recordações dos melhores momentos.

"Ao contrário do que muitos pensam, eu creio que o fato de apaixonar-se é o instante mais autêntico da relação entre duas pessoas; é quando elas vêm que todas as possibilidades se abrem diante delas, quando tocam a essência e a beleza do amor... Ante os olhos da minha mente desfilam nossos momentos mais luminosos: o primeiro passeio juntos, a decisão de casar-nos numa tarde de setembro, Vivien que veio me receber no aeroporto num dia de chuva, o concerto durante a gravidez de Emilio...
Tudo isso é a origem, a fonte: o lugar no qual tudo vai bem e é perfeito. Resulta positivo regressar de vez em quando às origens e beber daquela fonte de água pura".

Fonte: Maria Esther Roblero
Autor: ACI Digital

Sempre Deixe Seu Recado!!!

14 de setembro de 2006

Assim é a Vida

Um garoto que nasceu com uma doença que não tinha cura. Tinha 17 anos e podia morrer a qualquer momento. Sempre viveu na casa de seus pais, sob o cuidado constante de sua mãe.

Um dia decidiu sair sozinho e, com a permissão da mãe, caminhou pela sua quadra, olhando as vitrines e as pessoas que passavam. Ao passar por uma loja de discos, notou a presença de uma garota, mais ou menos da sua idade, que parecia ser feita de ternura e beleza. Foi amor a primeira vista.

Abriu a porta e entrou, sem olhar para mais nada que não a sua amada. Aproximando-se timidamente, chegou ao balcão onde ela estava. Quando o viu, ela deu-lhe um sorriso e perguntou se podia ajudá-lo em alguma coisa.

Era o sorriso mais lindo que ele já havia visto, e a emoção foi tão forte que ele mal conseguiu dizer que queria comprar um CD.

Pegou o primeiro que encontrou, sem nem olhar de quem era, e disse:

- "Esse aqui".

- "Quer que embrulhe para presente" perguntou a garota sorrindo ainda mais.

Ele só mexeu com a cabeça para dizer que sim. Ela saiu do balcão e voltou, pouco depois, com o CD muito bem embalado.

Ele pegou o pacote e saiu, louco de vontade de ficar por ali, admirando aquela figura divina. Daquele dia em diante, todos as tardes voltava a loja de discos e comprava um CD qualquer.

Todas as vezes a garota deixava o balcão e voltava com um embrulho cada vez mais bem feito, que ele guardava no closet, sem nem abrir.

Ele estava apaixonado, mas tinha medo da reação dela, e assim, por mais que ela sempre o recebesse com um sorriso doce, não tinha coragem para convidá-la para sair e conversar.

Comentou sobre isso com sua mãe e ela o incentivou, muito, a chamá-la para sair.

Um dia, ele se encheu de coragem e foi para a loja. Como todos os dias comprou outro CD e, como sempre, ela foi embrulhá-lo.

Quando ela não estava vendo, escondeu um papel com seu nome e telefone no balcão e saiu da loja correndo.

No dia seguinte o telefone tocou e a mãe do jovem atendeu. Era a garota perguntando por ele.

A mãe, desconsolada, nem perguntou quem era, começou a chorar e disse:

- "Então, você não sabe? Faleceu essa manhã".

Mais tarde, a mãe entrou no quarto do filho, para olhar suas roupas e ficou muito surpresa com a quantidade de CDs, todos embrulhados. Ficou curiosa e decidiu abrir um deles. Ao faze-lo, viu cair um pequeno pedaço de papel, onde estava escrito: "Você e muito simpático, não quer me convidar para sair? Eu adoraria".

Emocionada, a mãe abriu outro CD e dele também caiu um papel que dizia o mesmo, e assim todos quantos ela abriu traziam uma mensagem de carinho e a esperança de conhecer aquele rapaz.

Assim é a vida: não espere demais para dizer a alguém especial aquilo que você sente. Diga-o já; amanhã pode ser muito tarde. Aproveita e fala, escreve, telefona e diz o que ainda não foi dito. Não deixe para amanhã. Quem sabe não dá mais tempo.

Sempre Deixe Seu Recado!!!

12 de setembro de 2006

O Que Significa Perdoar?

José tinha apenas dezessete anos quando seus irmãos, friamente, venderam-no para a escravidão. Separado de sua família e do seu país, ele atingiu a posição de supervisor da casa de Potifar, seu senhor egípcio. Mas o desastre atingiu-o novamente. Ele recusou os avanços sexuais da esposa de Potifar e ela acusou-o falsamente de assediá-la. Ele foi posto na prisão, onde, mais uma vez, o Senhor estava com ele e se tornou o supervisor dos outros prisioneiros. José permaneceu nessa prisão pelo menos durante dois anos (Gênesis 37; 39).

Faraó, rei do Egito, teve um sonho e desejava sua interpretação. José foi capaz, pelo poder de Deus, de interpretar o sonho de Faraó e foi exaltado a uma posição de poder próxima à do próprio Faraó. Este fê-lo encarregado da armazenagem e da distribuição dos cereais em toda a terra do Egito. Foi depois disto que os irmãos de José vieram ao Egito para comprar cereais. Estava dentro do poder de José tomar vingança contra aqueles que tinham pecado contra ele tantos anos atrás. Contudo, a Bíblia nos conta que José experimentou seus irmãos e, tendo visto o arrependimento deles, recebeu-os com lágrimas e afeto (Gênesis 45:1-15). Ele os tinha perdoado por seu pecado.
Muitas pessoas não perdoariam, como José o fez. Não é fácil, freqüentemente, perdoar, e quanto maior a intimidade que temos com aquele que peca contra nós, mais difícil é perdoá-lo. As Escrituras nos ensinam, contudo, que a má vontade em perdoar os outros nos retira o perdão divino. Jesus ensinou: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas" (Mateus 6:14-15). Desde que todos os indivíduos responsáveis diante de Deus necessitam de perdão, é portanto indispensável que entendamos e pratiquemos o perdão.

O que é o Perdão?
A palavra grega traduzida como "perdoar" significa literalmente cancelar ou remir. Significa a liberação ou cancelamento de uma obrigação e foi algumas vezes usada no sentido de perdoar um débito financeiro. Para entendermos o significado desta palavra dentro do conceito bíblico de perdão, precisamos entender que o pecador é um devedor espiritual.

Até Jesus usou esta linguagem figurativa quando ensinou aos discípulos como orar: "e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores" (Mateus 6:12). Uma pessoa se torna devedora quando transgride a lei de Deus (1 João 3:4). Cada pessoa que peca precisa suportar a culpa de sua própria transgressão (Ezequiel 18:4,20) e o justo castigo do pecado resultante (Romanos 6:23). Ele ocupa a posição de pecador aos olhos de Deus e perde sua comunhão com Deus (Isaías 59:1-2; 1 João 1:5-7).

A boa nova do evangelho é que Jesus pagou o preço por nossos pecados com sua morte na cruz. Quando aceitamos o convite para a salvação através de nossa obediência aos mandamentos de Deus, ele aceita a morte de Jesus como o pagamento de nossos pecados e nos livra da culpa por nossas transgressões. Não ficamos mais na posição de infratores da lei ou devedores diante de Deus. Somos perdoados!
O perdão, então, é um ato no qual o ofendido livra o ofensor do pecado, liberta-o da culpa pelo pecado. Este é o sentido pelo qual Deus “esquece” quando perdoa (Hebreus 8:12). Não que a memória de Deus seja fraca. Por exemplo, Deus lembrou-se do pecado de Davi a respeito de Bate-Seba e Urias muito tempo depois que Davi tinha sido perdoado (2 Samuel 12:13; 1 Reis 15:5). Ele liberta a pessoa perdoada da dívida do seu pecado, isto é, cessa de imputar a culpa desse pecado à pessoa perdoada (veja Romanos 4:7-8).

O Perdão é Condicional
É importante entender que o perdão de Deus é condicional. Deus perdoa livremente no sentido que ele não exige a morte do pecador que responde a seu convite de salvação, permitindo que a morte de Jesus pague a pena por seus pecados. Contudo, Deus exige fé, arrependimento, confissão de fé e batismo como condições para o perdão do pecador estranho (Marcos 16:16; Atos 2:37-38; 8:35-38; Romanos 10:9-10). O perdão é também condicional para o cristão que peca. O arrependimento, a mudança de pensamento, precisam ocorrer antes que o perdão divino seja estendido (Atos 8:22). Deus nos chama a perdoar assim como ele perdoa. Quando alguém peca contra mim, ele se torna um transgressor da lei de Cristo. Eu o considero um pecador. Se ele se arrepende e pede para ser perdoado, eu tenho que perdoá-lo, isto é, libertá-lo de sua culpa como transgressor. Quando eu o perdoo, não o considero mais um pecador. Posso não ser literalmente capaz de esquecer o pecado que ele cometeu mais do que Deus literalmente "esquece" nossos pecados, mas preciso deixar de atribuir a ele a culpa pelo seu pecado. Deste modo, eu o liberto de sua "dívida"”
E se o pecador não se arrepender? Tenho que perdoar aquele que peca contra mim, mas não se arrepende? Talvez esta pergunta seja melhor respondida pelas palavras de Jesus: "Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe" (Lucas 17:3-4). Jesus indicou que o perdão deveria ser estendido quando o pecador se arrepende e confessa seu pecado. Precisamos também lembrar que Deus sempre exige arrependimento como condição de divino perdão. Deus não exige de nós o que ele mesmo não está querendo fazer.

Perdão Não É . . .

De fato, se libertamos o pecador de sua culpa sem arrependimento, encorajamo-lo a continuar em seus modos destruidores. O perdão não é a desculpa pelo pecado. Algumas pessoas "esquecem," isto é, ignoram os pecados cometidos contra elas porque têm medo de enfrentar o pecador. Entretanto a Bíblia é bem explícita sobre o curso da ação a ser seguida quando um irmão peca contra mim (Lucas 17:3; Mateus 18:15-17). O perdão fala de misericórdia, mas não deverá ser confundido com a tolerância e permissão do pecado. O Senhor perdoará ou punirá o pecador, dependendo da reação do pecador ao evangelho, mas ele não tolera a iniquidade.
A Bíblia ensina que o direito de vingança pertence ao Senhor (Romanos 12:17-21). O perdão, contudo, não é simplesmente uma recusa a tirar vingança. Algumas vezes a pessoa ofendida abstém-se de responder ao mal com o mal, mas não está querendo libertar o pecador de sua condição de transgressor mesmo quando o pecador se arrepende. A pessoa contra quem se pecou pode querer usar o pecado como um cacete para castigar o pecador, mencionando-o de vez em quando para vergonha do pecador. Se perdoo meu irmão, tenho que "esquecer" seu pecado no sentido que não mais o atribuo a ele.
O perdão não é a remoção das consequências temporais de nosso pecado. O homem que assassina outro pode arrepender-se e procurar o perdão, mas ainda assim sofrerá o castigo temporal da lei humana. Mesmo se perdoado, pode ter que passar o resto de sua vida na prisão. O perdão remove as consequências eternas do pecado!

Como Posso Perdoar?
O pecado danifica as relações entre as pessoas como prejudica nossa relação com nosso Criador. A pessoa contra quem se pecou frequentemente se sente ferida, talvez irada pela injustiça do pecado cometido. O perdão é necessário para a cura espiritual da relação, mas precisamos preparar nossos corações para perdoar. Precisamos aceitar a injustiça do ferimento, a deslealdade do pecado, e ficarmos prontos para perdoar (observe os exemplos de Jesus e Estevão; Lucas 23:34; Atos 7:60). Mesmo se o pecador se recusar a se arrepender, não podemos continuar a nutrir a raiva, ou ela se tornará em ódio e amargura (veja Efésios 4:26-27,31-32). Ainda que o pecador possa manter sua posição como transgressor por causa de sua recusa a se arrepender, seu pecado não deverá dominar meu estado emocional.
E se o pecador se arrepender? Como posso aprender a perdoar? Jesus contou uma parábola sobre um servo que devia uma quantia enorme (10.000 talentos) ao seu rei (Mateus 18:23-35). Ele era incapaz de pagar a dívida e implorou ao rei por compaixão. O rei perdoou-o por sua enorme dívida, mas este servo prontamente saiu e encontrou um dos seus companheiros servos que devia a ele uma quantia relativamente pequena e exigiu pagamento, agarrando-o pelo pescoço. Ainda que o companheiro de servidão implorasse por compaixão, o credor entregou-o à prisão. Quando o rei foi informado dos atos de seu servo incompassivo, irou-se e reprovou este servo, entregando-o aos torturadores até que ele pagasse totalmente sua dívida. É claro que estamos representados na parábola pelo servo que tinha uma dívida enorme. Não há comparação entre as ofensas que temos cometido contra Deus e aquelas que têm sido cometidas contra nós. Jesus observou que, justo como no caso do servo não misericordioso, o Pai não nos perdoará por nossas infraçõe se não perdoarmos nossos companheiros (18:35; veja também Mateus 5:7).
Para nos prepararmos para perdoar, precisamos lembrar que nós mesmos somos pecadores e necessitados do perdão divino (Romanos 3:23). No caso do cristão, Deus já lhe perdoou uma imensa dívida no momento do batismo. Quando nos lembramos da grandeza da dívida que Deus quer nos perdoar, certamente podemos perdoar aqueles que nos devem muito menos em comparação (Efésios 4:32; Colossenses 3:13).

­por Allen Dvorak

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8 de setembro de 2006

O Verdadeiro Lar

O mundo daquela mãe havia desabado com o divórcio. Herdou muitas contas atrasadas, incluindo as prestações da casa e o plano de saúde.

Seu emprego de meio expediente gerava uma renda muito pequena e poucos benefícios.

Sem nenhum apoio financeiro, ela perdeu a casa.

Para não ficarem ao relento, com muito sacrifício conseguiu alugar um trailer que ficava estacionado num acampamento local, para ela e seu filho
de cinco anos.

Aquilo era só um pouco melhor do que morar em seu pequeno carro, mas ela desejava, de coração, poder proporcionar algo mais para sua criança.

Certa noite, depois de brincar um pouco com um jogo de tabuleiro e ler algumas estórias, a mãe mandou seu filho ir brincar do lado de fora até a hora de ir dormir.

Enquanto o garoto se distraía, ela sofria sobre o talão de cheques.

De repente, ouviu vozes e deu uma olhada pela janela. Lá estava o gerente do acampamento falando com seu filho:

- Hei, garoto, você não gostaria de ter um lar de verdade?

A mãe ficou tensa, prendeu a respiração e chegou mais perto da janela para ouvir a resposta.

Uma emoção muito forte tomou conta daquele coração de mãe, tão sofrido e tão dedicado, quando ouviu a resposta de seu filho:

- Mas nós já temos um lar de verdade. Só não temos, por enquanto, uma casa para colocá-lo.

Em sua inocência infantil, aquele garotinho de apenas cinco anos de idade, já sabia o que é um verdadeiro lar.

Há tantas construções luxuosas, tantos castelos imensos, que servem apenas para proteger seus habitantes das intempéries, mas não se prestam a oferecer o calor do afeto de um lar aconchegante.

O espaço físico pode ser amplo, mas se não houver os laços do amor, não será um lar de verdade.

Uma casa é fácil de construir, mas também é fácil de desmoronar, basta uma forte tempestade, um terremoto, um maremoto, ou outro fenômeno equivalente.

Mas a construção de um lar requer um investimento diferente. É preciso muita atenção, renúncia, entendimento, perdão, ternura, afeto, companheirismo e confiança.

Um lar assim jamais será destruído, porque seus alicerces são invisíveis e resistentes até mesmo às mais ameaçadoras catástrofes.

Dentro desses lares, dificilmente o vício terá acesso.
Mas se por acaso penetrar sorrateiramente, logo será vencido pelo diálogo sóbrio que faz parte dessa construção.

As lutas podem ser difíceis, mas a união baseada no amor vencerá sempre porque suas estruturas são inabaláveis.

Quantas famílias vivem sob o mesmo teto e não se conhecem...

Quantos familiares se isolam nos vastos cômodos, carregando sozinhos seus dramas sem compartilhar com ninguém, pois são estranhos vivendo na mesma casa.

Mas se há um lar verdadeiro, podem faltar recursos financeiros e até o necessário, mas os laços do afeto estarão sempre bem apertados, dando sustentação e esperança para aqueles que nele vivem.

O lar é um templo onde podemos cultivar e manter as mais puras afeições e os mais sagrados laços de amor.

Por isso, façamos do nosso lar um santuário onde se possa aspirar o aroma da felicidade e fruir o néctar da paz...

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5 de setembro de 2006

Como consertar o mundo

Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de melhorá-los.

Passava os dias em seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas. Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário, decidido a ajudá-lo. O cientista, nervoso pela interrupção, tentou que o filho fosse brincar em outro lugar.

Vendo que seria impossível, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo de distrair sua atenção. De repente, deparou-se com o mapa do mundo, era o que procurava!

Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo: "Você gosta de quebra-cabeças? Então, vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! Faça tudo sozinho."

Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa. Algumas horas depois, ouviu a voz do filho que o chamava, calmamente. "Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho!"

A princípio, o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível, na sua idade, ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia conseguido?

"Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu? - Pai, eu não sabia como era o mundo, mas, quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei, as não consegui. Foi, aí, que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem, que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo... "

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Não se pode praticar a caridade sem primeiro ter praticado a justiça

Dia destes, em mais uma meditação, no meu livro de regras, estava refletindo sobre um assunto de responsabilidade: "O dever de um presidente de conferência". E tive a oportunidade de ler o artigo 11 letra f, que diz: "Cabe ao presidente cuidar para que o regulamento da SSVP seja rigorosamente cumprido".

Desta forma cheguei a seguinte conclusão: Quando em nosso meio ouvimos falar sobre conferências que se omitem nos eventos, faltam com freqüencia as festas regulamentares; quando vemos o descumprimento do regulamento por parte dos conselhos hierarquicamente superiores e falta de apoio às comissões de jovens, etc. Vem aquela pergunta: Quem é responsável por tudo isso? Com certeza, os nossos líderes vocacionados, os presidentes.

Caríssimos confrades e consócias, se um de vocês que estiver lendo esta mensagem for um presidente de conferência, você tem o dever de denunciar, pois a SSVP é nossa e não de algumas pessoas que dizem ser donos dela. Omitir o pecado é pior do que praticá-lo. Não faça como muitos que em vez de denunciar, fazem propagandas dizendo o que é certo ou errado, mas sem apontar soluções.

Já dizia São João Crisóstomo: "Não se pode praticar a caridade sem primeiro ter praticado a justiça", e aquele que erra é assassino, e o que vê o erro e não o remedia é um homicida".

Fonte: Informativo CMRJ
Autor: Confrade Cosme Luiz

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11 de agosto de 2006

Tipos de Oração

Há muitas maneiras de rezar, de dialogar com Deus, do mesmo modo que são muitas as maneiras de nos comunicarmos com os homens:

- uma conversa descontraída, amigável;

- um "bate-papo";

- uma conversa pelo telefone;

- pela internet;

- uma conversa séria.

Sendo a oração um diálogo com Deus, nada mais razoável que assumir várias formas em função da situação pessoal, da necessidade, do tempo disponível, da intimidade...

"Há muitas maneiras de orar; infinitas, poderia dizer." Mas, além das formas, a oração é sempre uma conversa de amigos que se querem muito.

Podemos agrupar as inúmeras formas em duas principais: oração vocal e oração mental. Não são coisas diferentes, mas modalidades da mesma realidade.

1) ORAÇÃO VOCAL - "A oração vocal é um dado indispensável da vida cristã" (Código de Direito Canônico, 2701). É a maneira mais simples de orar, que aprendemos de nossos pais. Necessitamos de fórmulas que memorizamos. Nós as usamos numa infinidade de ocasiões.

Alguém, com certo humor, comparou essas orações aos sanduíches que não exigem pratos e talheres e podem ser comidos em qualquer parte; podemos rezar o Pai-nosso, Ave-Maria e jaculatórias em qualquer lugar.

Porém, há dois perigos: a) considerá-las de segunda categoria; b) bitolar-se a elas e não conseguir uma oração espontânea.

A oração vocal não pode produzir uma dependência, mas são um auxílio para o diálogo com Deus. Temos que tomar cuidado para não fazer da oração uma repetição de fórmulas.

"Não chamo isso oração, por muito que mexas os lábios" (Santa Tereza). É preciso pôr o coração no seu conteúdo.

Nessa forma de oração são freqüentes as distrações. "Se você não está atento, como quer que Deus esteja?" Porém, não devemos omití-las com a desculpa da falta de espontaneidade.

Exemplos: salmos, ofício divino (oração da Igreja, "Laus Perenis").

2) ORAÇÃO MENTAL - aquela que é feita com a mente, sem uso de palavras ou fórmulas. Os autores antigos distinguiram vários níveis, desde a meditação até à contemplação. O Catecismo alerta para as confusões que podem ocorrer (Nº 2726). Não confundir com tai-chi-chuan, ioga, meditação transcendental, mantras... Tudo isso são técnicas de concentração e trazem a marca do hinduísmo e do budismo.

Não há problema em praticar essas técnicas para um relaxamento, bem-estar interior, livrar-se das tensões; mas, não confundir isso com oração. É apenas uam forma de higiene mental.

Meditação - apropriar-se do conteúdo lido, confrontado-o consigo mesmo; ajuda de um livro; através de perguntas ao texto; meditar os acontecimentos da vida.

Contemplação - olhar de fé fito em Jesus. "Eu olho para Ele, Ele olha para mim" (Cura D’Ars; é a oração da escuta, do silêncio; uso de imagens, de fatos da vida de Cristo.

Curitiba, 10 de julho de 2001 - Retiro dos Padres Lazaristas Vicentinos

Autor: Pe. José Carlos Fonsatti, CM


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