5 de setembro de 2006

Como consertar o mundo

Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de melhorá-los.

Passava os dias em seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas. Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário, decidido a ajudá-lo. O cientista, nervoso pela interrupção, tentou que o filho fosse brincar em outro lugar.

Vendo que seria impossível, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo de distrair sua atenção. De repente, deparou-se com o mapa do mundo, era o que procurava!

Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo: "Você gosta de quebra-cabeças? Então, vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! Faça tudo sozinho."

Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa. Algumas horas depois, ouviu a voz do filho que o chamava, calmamente. "Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho!"

A princípio, o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível, na sua idade, ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia conseguido?

"Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu? - Pai, eu não sabia como era o mundo, mas, quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei, as não consegui. Foi, aí, que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem, que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo... "

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Não se pode praticar a caridade sem primeiro ter praticado a justiça

Dia destes, em mais uma meditação, no meu livro de regras, estava refletindo sobre um assunto de responsabilidade: "O dever de um presidente de conferência". E tive a oportunidade de ler o artigo 11 letra f, que diz: "Cabe ao presidente cuidar para que o regulamento da SSVP seja rigorosamente cumprido".

Desta forma cheguei a seguinte conclusão: Quando em nosso meio ouvimos falar sobre conferências que se omitem nos eventos, faltam com freqüencia as festas regulamentares; quando vemos o descumprimento do regulamento por parte dos conselhos hierarquicamente superiores e falta de apoio às comissões de jovens, etc. Vem aquela pergunta: Quem é responsável por tudo isso? Com certeza, os nossos líderes vocacionados, os presidentes.

Caríssimos confrades e consócias, se um de vocês que estiver lendo esta mensagem for um presidente de conferência, você tem o dever de denunciar, pois a SSVP é nossa e não de algumas pessoas que dizem ser donos dela. Omitir o pecado é pior do que praticá-lo. Não faça como muitos que em vez de denunciar, fazem propagandas dizendo o que é certo ou errado, mas sem apontar soluções.

Já dizia São João Crisóstomo: "Não se pode praticar a caridade sem primeiro ter praticado a justiça", e aquele que erra é assassino, e o que vê o erro e não o remedia é um homicida".

Fonte: Informativo CMRJ
Autor: Confrade Cosme Luiz

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11 de agosto de 2006

Tipos de Oração

Há muitas maneiras de rezar, de dialogar com Deus, do mesmo modo que são muitas as maneiras de nos comunicarmos com os homens:

- uma conversa descontraída, amigável;

- um "bate-papo";

- uma conversa pelo telefone;

- pela internet;

- uma conversa séria.

Sendo a oração um diálogo com Deus, nada mais razoável que assumir várias formas em função da situação pessoal, da necessidade, do tempo disponível, da intimidade...

"Há muitas maneiras de orar; infinitas, poderia dizer." Mas, além das formas, a oração é sempre uma conversa de amigos que se querem muito.

Podemos agrupar as inúmeras formas em duas principais: oração vocal e oração mental. Não são coisas diferentes, mas modalidades da mesma realidade.

1) ORAÇÃO VOCAL - "A oração vocal é um dado indispensável da vida cristã" (Código de Direito Canônico, 2701). É a maneira mais simples de orar, que aprendemos de nossos pais. Necessitamos de fórmulas que memorizamos. Nós as usamos numa infinidade de ocasiões.

Alguém, com certo humor, comparou essas orações aos sanduíches que não exigem pratos e talheres e podem ser comidos em qualquer parte; podemos rezar o Pai-nosso, Ave-Maria e jaculatórias em qualquer lugar.

Porém, há dois perigos: a) considerá-las de segunda categoria; b) bitolar-se a elas e não conseguir uma oração espontânea.

A oração vocal não pode produzir uma dependência, mas são um auxílio para o diálogo com Deus. Temos que tomar cuidado para não fazer da oração uma repetição de fórmulas.

"Não chamo isso oração, por muito que mexas os lábios" (Santa Tereza). É preciso pôr o coração no seu conteúdo.

Nessa forma de oração são freqüentes as distrações. "Se você não está atento, como quer que Deus esteja?" Porém, não devemos omití-las com a desculpa da falta de espontaneidade.

Exemplos: salmos, ofício divino (oração da Igreja, "Laus Perenis").

2) ORAÇÃO MENTAL - aquela que é feita com a mente, sem uso de palavras ou fórmulas. Os autores antigos distinguiram vários níveis, desde a meditação até à contemplação. O Catecismo alerta para as confusões que podem ocorrer (Nº 2726). Não confundir com tai-chi-chuan, ioga, meditação transcendental, mantras... Tudo isso são técnicas de concentração e trazem a marca do hinduísmo e do budismo.

Não há problema em praticar essas técnicas para um relaxamento, bem-estar interior, livrar-se das tensões; mas, não confundir isso com oração. É apenas uam forma de higiene mental.

Meditação - apropriar-se do conteúdo lido, confrontado-o consigo mesmo; ajuda de um livro; através de perguntas ao texto; meditar os acontecimentos da vida.

Contemplação - olhar de fé fito em Jesus. "Eu olho para Ele, Ele olha para mim" (Cura D’Ars; é a oração da escuta, do silêncio; uso de imagens, de fatos da vida de Cristo.

Curitiba, 10 de julho de 2001 - Retiro dos Padres Lazaristas Vicentinos

Autor: Pe. José Carlos Fonsatti, CM


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19 de julho de 2006

Águas de Descanso

Em silêncio, só olhando. Antônio estava mergulhado no trabalho. Havia passado boa parte do dia no seu escritório de casa, perdido entre documentos, disquetes, pastas e planilhas.
O tempo parecia escoar muito mais rapidamente do que ele era capaz de trabalhar. Já nervoso por ter ainda muito trabalho para concluir, ouviu umas batidinhas na porta e a voz de seu filho de cinco anos pedindo para entrar.
- Que você quer? - perguntou amistosamente, ao abrir a porta.
- Nada, não, pai - disse o menino abraçando as pernas do pai, o que o deixou sem graça.
- Como você está sozinho há tanto tempo, eu vim pra ficar juntinho de você.
E sem dizer mais nada, sentou-se em uma cadeira, onde permaneceu em silêncio, feliz por estar ao lado do pai observando-o trabalhar.
Como Deus se alegraria se fôssemos simples assim, buscando-o, não para pedir-lhe bênçãos ou soluções para nossos problemas, mas simplesmente para estar a seu lado, tão-somente por desejar desfrutar sua companhia.
Esta é uma experiência espiritual profunda que todos devemos almejar: buscar o Senhor não pelo que Ele faz, mas pelo que Ele é.

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10 de julho de 2006

Amor Sempre... Amar o que é?

É incrível! Como viver sem ser amado? E sem amar? Mas cuidado com os enganos. O reflexo não é a luz, o espelho não é a face. A mulher da minha vida não é a mulher de um só instante. Contentar-se com pouco no amor, é não conhecer o amor.

Entre as muitas formas de amar, há a amizade, o amor dos pais pelos filhos, o amor que conduz ao sacrifício por alguém. O amor exclusivo de uma mulher e de um homem que se unem pelo matrimônio. O amor que nos surpreende para o bem de uma causa grandiosa.
Para encontrar a verdade do amor entre um homem e uma mulher, é necessário refletir: o que é que nele, ou nela, exerce em mim esta atração?

- Será a utilidade ou os serviços que o outro pode me prestar?

- Será o prazer (qualquer que ele seja) que eu experimento quando estou com ele, e que nós podemos partilhar em conjunto?

- Serão os sentimentos que eu experimento em relação ao outro?

Uma relação fundada assim, como facilmente se percebe, seria imperfeita: o outro acabaria por ser reduzido a um objeto. Ele seria um meio para mim. Paradoxalmente, eu estou, com efeito, voltado para mim mesmo.

Amar verdadeiramente, é amar a outra pessoa por ela mesma. Um amor profundo é, em primeiro lugar, sentir-me de tal maneira atraído pelo outro que eu desejo a sua felicidade. Não o amo unicamente por causa daquilo que ele me dá, mas o amo em primeiro lugar por ser ele (ou ela).

Com muito mais razão ainda, numa relação assim, as duas pessoas serão suscetíveis de experimentar sentimentos, prazer, ou de se prestarem serviços mutuamente. Mas o fundamento da relação é a própria pessoa, muito além das suas qualidades e defeitos aparentes.

Amar implica portanto da minha parte, uma escolha livre: é decidir amar o outro, voltar-me livremente de forma decidida em direção ao outro. Não se pode amar verdadeiramente sem uma certa doação da nossa liberdade ao outro. Supõe-se que essa decisão seja recíproca, pois aí está a condição da relação, uma vez que procurar a felicidade daquele ou daquela que me ama, é contribuir para a minha própria felicidade. O amor é assim: dom mútuo e livre.
Claro que nem sempre é assim tão fácil.

Nós estamos sujeitos às mudanças de humor, à rotina da vida quotidiana, às dificuldades que podem surgir, ao nosso egoísmo também. O amor é frágil... Será que eu ainda o vou amar daqui a 20 anos? Serei eu capaz de suportar este ou aquele defeito? Será o amor possível ao longo de toda a vida? Nas dificuldades, na doença?

Na realidade, se a nossa relação está enraizada numa decisão livre e recíproca, ela pode crescer. Porque o amor não é dar de uma vez por todas. Desconfiemos do "amor à primeira vista" que, mesmo sendo cheio de entusiasmo, não passa de uma emoção muito forte que não corresponde forçosamente a um amor profundo.

Se o amor é uma relação pessoal, então ele se constrói e se aprofunda com o tempo e numa confiança cada vez maior um no outro. Isto faz-se no diálogo, renova-se dia a dia através dos gestos e das atitudes que mostram ao outro o lugar privilegiado que ele ocupa na nossa vida. E os acontecimentos, as dificuldades e as alegrias partilhadas podem também contribuir para uma intimidade cada vez maior, na medida em que, acima das dificuldades, existe o fato de nos voltarmos um para o outro.

O amor não é portanto a simples fusão de duas pessoas, mas o dom mútuo de dois seres livres, com tudo o que eles são: corpo, coração e espírito, assim como o bem precioso que é a vida. A lógica do amor é aspirar a um dom definitivo. Só uma decisão recíproca e para o resto da vida, permite que o amor humano atinja um certo absoluto, podendo assim satisfazer o nosso coração.
Para o cristão, a fonte e o modelo de todo amor é Deus. Ele nos ama antes de nós sequer termos amado e Ele nos ama mesmo quando nós já não somos amados. Não será Ele esse "Bem Supremo", que nós procuramos?

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6 de junho de 2006

Carta de São Paulo aos cristãos de hoje

"Se eu aprender inglês, alemão e chinês, e dezenas de outros idiomas, mas não souber me comunicar como pessoa, de nada valem as minhas palavras?

Se eu concluir um curso superior, andar de anel no dedo, freqüentar cursos e mais cursos de atualização, mas viver distante dos problemas do povo, minha cultura não passa de inútil erudição.

Se eu morar no Nordeste, mas desconhecer os problemas e sofrimento de minha região e fugir para férias no Sul, até na América ou Europa, e na fizer pela promoção do homem, não sou cristão.

Se eu possuísse a melhor casa de minha rua, a roupa mais avançada da moda, e não me lembrar que sou responsável por aqueles que moram na minha cidade e andam de pé nos chãos, e se cobre de molambo, sou apenas um manequim colorido.

Se eu passar os finais de semana em festa e programas, sem ver a fome, o desemprego, o analfabetismo e a doença, sem escutar o grito abafado do povo que se arrasta à margem da história, não sirvo para nada.

O Cristão não foge dos desafios de sua época. Não fica de braços cruzados, de boca fechada, de cabeça vazia; não tolera a injustiça, nem diante das desigualdades gritantes de nosso mundo; luta pela verdade e pela justiça, com as armas do AMOR.

O Cristão não desanima, nem se desespera diante das derrotas e dificuldades, porque sabe que á única coisa, que vai sobrar de tudo isso, é o AMOR".

Autor: Dom Hélder Câmara

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23 de maio de 2006

A ponte para o céu

A nossa vida é uma tela em branco e nós podemos pintá-la como quisermos. As tintas e pincéis Deus colocou ao nosso alcance, o resto depende de nós. Não devemos pintar a tela de nossa vida com figuras desagradáveis sombreadas de tristeza e desatino. Ás vezes a nossa vida fica como uma floresta sem saída. Para todo lado que viramos tem um "espinho" simbolizando em impecilho para a conquista de uma vida melhor. É neste momento que devemos lembrar que nossa arma também tem nome: "Oração". Felizes foram São Vicente e Ozanam que pintaram nas telas de suas vidas um arco íris de caridade e quando suas vidas pareciam uma floresta sem saída, buscaram nas orações as forças necessárias para encontrar um caminho de luz, que indicava com certeza uma ponte para o céu.

Autor: Confrade José Dias

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