29 de março de 2019

Por que preciso fazer adoração ao Santíssimo Sacramento?

A pessoa que se coloca em adoração está reconhecendo Jesus como único Senhor e Salvador

Conforme o Catecismo da Igreja Católica, no 2096, "a adoração de Deus é o primeiro ato da virtude da religião". Adorar a Deus é reconhecê-Lo como Deus, como Criador e Salvador, Senhor e dono de tudo o que existe, o Amor infinito e misericordioso. "Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto" (Lc 4,8), diz Jesus, citando o Deuteronômio (Dt 6,13).

E também "a adoração é a primeira atitude do homem que se reconhece criatura diante de seu Criador. Exalta a grandeza do Senhor que nos fez e a onipotência do Salvador que nos liberta do mal. É prosternação do Espírito diante do 'Rei da glória' e o silêncio respeitoso diante do Deus 'sempre maior'. A adoração do Deus três vezes santo e sumamente amável nos enche de humildade e dá garantia a nossas súplicas" (CIC, no 2628).

Por que preciso fazer adoração ao Santíssimo Sacramento?

Foto ilustrativa: Larissa Carvalho/cancaonova.com

A pessoa que se coloca em adoração está reconhecendo Jesus como único Senhor e Salvador. É uma atitude de humildade daquele que se prostra e se entrega a Ele, é ter a mesma atitude e palavras dos reis magos que vão ao encontro do Salvador: "Onde está o Rei (…). Viemos adorá-lo" (Mt 2,2). E, ao encontrarem o Menino Deus na manjedoura, prostram-se diante d'Ele e oferecem seus presentes.

Cada pessoa, em diversas situações e condições, pode se colocar de formas diferentes diante de Jesus Eucarístico: em alguns momentos, nossa atitude é de adoração e contemplação; em outros de súplica ou pedidos para a própria pessoa ou por outras; ou ainda em agradecimento por uma graça alcançada; pedido de perdão; ou momentos de repouso e descanso no Senhor. Deus quer que cada um se apresente diante d'Ele de forma honesta e sincera como se encontra para adorá-Lo: "Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus"! (Mt 21,9).

O Papa João Paulo II, na Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia, escreve: "A Eucaristia é um tesouro inestimável: não só a sua celebração, mas também o permanecer diante dela fora da Missa permite-nos beber na própria fonte da graça. Uma comunidade cristã, que queira contemplar melhor o rosto de Cristo, (…) não pode deixar de desenvolver também esse aspecto do culto eucarístico, no qual perduram e se multiplicam os frutos da comunhão do corpo e sangue do Senhor".1

Já em sua carta apostólica Mane Nobiscum Domine, São João Paulo II nos apresenta o dom da Eucaristia como um grande mistério. Mistério a ser celebrado de maneira digna, que deve ser adorado e contemplado. O que entendemos por adoração a Jesus na Eucaristia? A adoração ao Santíssimo Sacramento é estar unido à Santíssima Eucaristia numa atitude de respeito e comunhão com o Senhor.

Estamos conscientes, sabemos que a Eucaristia é o sacrifício pascal de nosso Senhor e que na Missa se atualiza o mistério da vida, morte e ressurreição de Jesus. Na celebração eucarística, o corpo de Cristo se faz alimento. A Missa é um grande banquete no qual o próprio Deus se faz refeição. Deste mistério surge a necessidade de celebrarmos com respeito, amor e dignidade cada Santa Missa, colocando-nos em atitude de verdadeira comunhão com o mistério de nossa salvação.


A Igreja anima e incentiva estarmos diante do Cristo presente na Eucaristia em atitude de adoração e contemplação. "A presença de Jesus no tabernáculo deve constituir como que um pólo de atração para um número sempre maior de almas apaixonadas por ele, capazes de ficar longo tempo escutando a voz e quase que sentindo o palpitar do coração".2

Adorar o Senhor na Eucaristia é reconhecer a presença real de Cristo no pão consagrado. Deus é presença real: "Isto é o meu corpo", afirma o próprio Cristo. O Papa ainda afirma: "É preciso, em particular, cultivar, quer na celebração da Missa, quer no culto eucarístico fora da Missa, a viva consciência da presença real de Cristo".3

A carta apostólica do santo padre ainda nos anima ao ressaltar que a adoração eucarística fora da Missa deve se tornar um empenho especial para cada comunidade paroquial e religiosa. "Permaneçamos longamente prostrados diante de Jesus presente na Eucaristia, reparando com a nossa fé e o nosso amor os descuidos, os esquecimentos e até os ultrajes que nosso Salvador deve sofrer em tantas partes do mundo".4

Referências:

1 JOÃO PAULO II, Ecclesia de Eucharistia. São Paulo: Paulus/Loyola, 2003, no25.

2 JOÃO PAULO II, Carta apostólica Mane Nobiscum Domine. São Paulo: Pauli-
nas, 2000, no18.

3 Ibidem.

4 Ibidem.

Texto retirado do livro "Respostas simples para perguntas difíceis". 

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Padre Mário Marcelo

Mestre em zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (MG), padre Mário é também licenciado em Filosofia pela Fundação Educacional de Brusque (SC) e bacharel em Teologia pela PUC-RJ. Mestre em Teologia Prática pelo Centro Universitário Assunção (SP). Doutor em Teologia Moral pela Academia Alfonsiana de Roma/Itália. O sacerdote é autor e assessor na área de Bioética e Teologia Moral; além de professor da Faculdade Dehoniana em Taubaté (SP). Membro da Sociedade Brasileira de Teologia Moral e da Sociedade Brasileira de Bioética.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/por-que-preciso-fazer-adoracao-ao-santissimo-sacramento/

27 de março de 2019

O perigo de comprar os filhos com presentes

Desde a infância, os pais estão definindo o futuro comportamento  dos filhos

O mundo moderno é exigente. Assim como o marido deseja uma mulher charmosa e atenciosa, o chefe espera por uma profissional competente; a esposa espera por um marido provedor; a empresa espera que o funcionário produza cada vez mais resultados e com menos recurso. Por todas essas cobranças, os pais contemporâneos têm de fazerem um esforço sobre-humano para desempenharem tais atribuições. Portanto, às vezes, tudo isso acaba produzindo, na família, o sentimento de culpa por não ter tempo integral para cuidar deles. Então, o resultado é claro: são pais que deixam de educarem os filhos e passam a "compensá-los" com coisas materiais para tentarem suprir a ausência deles.

Eles não se sentem no direito de desempenharem autoridade parental e passam a satisfazer as vontades dos filhos, tendo em vista o pouco tempo para passar com eles. Optam por não "brigar", apenas proporcionar momentos de alegria. Ignoram algumas coisas erradas e abrem mão de corrigir os filhos, porque já se sentem culpados.

O perigo de comprar os filhos com presentes

Foto ilustrativa: Andréia Britta/cancaonova.com

Culpa, frustração e amor

É possível amar e corrigir. A culpa não é necessária. Inevitavelmente, os filhos passarão por frustrações que a vida os proporcionará. É preciso trabalhar as limitações e as impossibilidades que são grandes passos que os  preparam para lidarem com situações de difícil aceitação e, também, fazem parte do ciclo de amadurecimento emocional, tanto dos pais quanto dos filhos.

É papel dos pais incutir nos filhos o sentimento de gratidão, de conquista e de valorização das coisas da vida. Uma forma disso é controlar os presentes, porque aprendem a valorizarem e a gostarem daquilo que ganham. Observando as crianças atuais, percebemos que se desinteressam pelo presente num curto espaço de tempo e já estão de olho no próximo anúncio de brinquedo ou alguma moda lançada pelo mercado.

Os pais que ensinam o valor do dinheiro, a dificuldade para obtê-lo e os custos que o mundo consumista exige nos dias atuais, propiciam às crianças um entendimento da importância de poupar e, principalmente, a entenderem que o dinheiro não nasce em um "pé de árvore" e que cartão de crédito precisa ser pago. A falta desse ensinamento tem gerado adultos irresponsáveis que compram sem avaliar seu poder de pagamento. A cada ano crescem o número de pessoas inadimplentes, porque não aprenderam a usar corretamente seu dinheiro.

Dicas

Para pais cristãos, uma grande oportunidade é o Natal. Pois é quando podemos ensinar quem é o verdadeiro aniversariante, e é Ele quem merece receber presentes. Porque as crianças estão sendo criadas como se fossem merecedoras de tudo, pelo simples fato de existirem. Esse modelo educacional traz repercussões na vida adulta, quando não querem "batalhar" pois acreditam que merecem uma carreira rápida e coroada de elogios.

Um mecanismo usado é a mesada, que tem um papel educador, pois ensina o valor do dinheiro e, principalmente, o valor da escolha, pois as crianças terão de escolherem como e em no que usar o seu recurso. Esse entendimento de que os recursos são finitos precisam ser bem alocados para render soluções e não futuros problemas ou desperdícios.


Outra consequência do excesso de presentes, assim como de comida e outros falsos mecanismos de redução de ansiedade, podem gerar pessoas que não enfrentam os seus sentimentos, e sim os camuflam usando "coisas" que preenchem o vazio emocional. Também, o excesso produz pessoas materialistas que enxergam apenas o consumo ou acúmulo como compensação de sentimentos não trabalhados adequadamente.

Portanto, desde a infância, os pais estão definindo o futuro comportamento dos filhos: se serão bons ou ruins. E uma grande parte da escolha do comportamento deles, será de acordo como foi aprendido por cada um.


Ângela Abdo

Ângela Abdo é coordenadora do grupo de mães que oram pelos filhos da Paróquia São Camilo de Léllis (ES) e assessora no Estudo das Diretrizes para a RCC Nacional. Atua como curadora da Fundação Nossa Senhora da Penha e conduz workshops de planejamento estratégico e gestão de pessoas para lideranças pastorais.

Abdo é graduada em Serviço Social pela UFES e pós-graduada em Administração de Recursos Humanos e em Gestão Empresarial. Possui mestrado em Ciências Contábeis pela Fucape. Atua como consultora em pequenas, médias e grandes empresas do setor privado e público como assessora de qualidade e recursos humanos e como assistente social do CST (Centro de Solidariedade ao Trabalhador). É atual presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos) do Espírito Santo e diretora, gerente e conselheira do Vitória Apart Hospital.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/educacao-de-filhos/o-perigo-de-comprar-os-filhos-com-presentes/

25 de março de 2019

Pecado é ser infiel a um trato de amor

Deus nos criou por amor e nos busca como ovelhas perdidas

A Palavra de Deus é luz para o nosso caminho quando apresenta figuras ricas de detalhes, cujas personalidades nos dão a possibilidade de penetrar no mais profundo de nós mesmos, reconhecendo os horizontes que se abrem mesmo a partir dos eventuais limites que nos caracterizam.

Uma delas é o rei Davi. Num misto de jovem chamado na mais tenra idade a servir ao Senhor, ele foi guerreiro intrépido, amigo sincero, cantor das obras de Deus, dançarino ridicularizado por uma esposa, adúltero, penitente, governante capaz de unir tribos dispersas, até chegar ao idoso previdente. Nuances profundamente humanas em que o pano de fundo era o amor eterno de Deus que dele cuidava. Ele era muito parecido com os homens e mulheres de nossa magnífica e, ao mesmo tempo, complexa geração.

Pecado é ser infiel a um trato de amor

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Nossos primeiros pais se viram nus nas primeiras páginas do livro do Gênesis (Gn 3,10) e esconderam-se do Senhor, quem sabe prefigurando todas as pessoas que dele fogem com medo da luz. O Davi adúltero, instado pela palavra profética de Natan (II Sm 12,7-13), reconheceu seu crime: "Pequei contra o Senhor". Ele deixou em herança o segredo da conversão, quando qualquer homem ou mulher podem ver queimadas suas misérias no fogo ardente de amor do coração de Deus.

Conversão

Como Deus condena o pecado, mas quer salvar o pecador, a luz sempre entra pela porta do arrependimento sincero. Contudo, se fecham quando o orgulho bloqueia a gratuidade do amor de Deus. É que pecado não significa burlar uma lei externa, como se Deus fosse um guarda de trânsito a vigiar nossos passos. Também não entendeu o que é pecado quem apenas considera errado o que "dói" dentro de si.

Há muita consciência relaxada praticando horrores por não sentir nada! Pecado é ser infiel a um trato de amor, aliança estabelecida entre Deus que nos criou por amor e que nos busca como ovelhas perdidas, quase mendigando nossa resposta de amor, incrível gratuidade que Ele diz ao Davi arrependido: "Tu não morrerás!".

Os encontros das pessoas com Jesus foram reveladores dos meandros mais profundos da alma humana. Um dia (Lc 7,36-8,3) vem uma pecadora, irrompe em casa de certo Simão, cujos gestos de delicadeza e hospitalidade foram parcos, por não ter oferecido, ao hóspede divino, a água, o perfume e o beijo. A mulher, quem sabe uma prostituta, prostra-se aos pés do Senhor – gesto da pessoa que descobriu seu caminho de libertação -, lava os pés de Jesus com as próprias lágrimas. Humilhando-se, solta os cabelos com os quais enxuga os pés de Jesus, derrama sobre eles um perfume raro e caro, sinal de alegria, abundância, amor e consagração, e os beija na festa da acolhida encontrada. Nenhuma justificação e tanta gratidão! Ela pronuncia o 'amém' da fé no perdão de Jesus e em seu amor que se deixa amar. Personalidade misteriosa e rica!

A estrada da conversão foi percorrida por outras personalidades igualmente provocantes. Paulo, fulgurado pelo amor de Cristo (Gl 2,16-21), descobriu o amor do Senhor e, perseguidor implacável que era anteriormente, veio a se tornar imagem viva e transparente de seu Senhor: "Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim". Depois dele, muitos perseguidores já se transformaram em discípulos ardorosos!

Que ninguém passe em vão ao nosso lado

A história de Davi ou da pecadora do Evangelho; de Paulo ou de todos os homens e mulheres que se empreenderam à santa viagem da conversão é muito parecida. A Palavra de Deus ressoa como farol luminoso, convidando-nos a percorrê-la!

Deus não nos olha de fora, mas conhece as profundezas do nosso ser. Lá dentro, identifica a mais tênue réstia de luz, prodigalizando misericórdia a mancheia. E para todos os que acolhem Sua bondade infinita, Ele os transforma em apóstolos do perdão, para visitarem em Seu nome corações e casas.


Não há desculpas! De Davi a Paulo, passando por todos os pecadores e pecadoras, cada um de nós encontra seu lugar.

É relativamente fácil denunciar os erros das pessoas, sem apontar saídas possíveis! Difícil é olhar lá dentro do mistério de cada ser humano, descobrindo que nenhuma pessoa foi feita "no rascunho", e sim destinada à felicidade e à salvação. O olhar da misericórdia descobre caminhos e soluções. Que ninguém passe em vão ao nosso lado!

Equipe de Colunistas do Formação


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/pecado-e-ser-infiel-a-um-trato-de-amor/

22 de março de 2019

Não faça desta Quaresma apenas mais uma em sua vida

A Quaresma é um período de luta contra satanás

"Concedei-nos, ó Deus Todo-poderoso, iniciar com este dia de jejum o tempo da Quaresma, para que a penitência nos fortaleça no combate contra o espírito do mal".

A linda oração que abre este artigo trata-se de uma súplica entoada por toda a Igreja por ocasião da cerimônia de imposição das cinzas na Quarta-feira de Cinzas. Ela pode ser encontrada tanto no Missal quanto no Breviário Romano, e apresenta com singular clareza a tonalidade geral do Tempo Quaresmal: período de combate "contra o espírito do mal". Assim, a Quaresma pode ser concebida como a etapa, por excelência, de luta contra os espíritos malignos.

Não faça desta Quaresma apenas mais uma em sua vida

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Se recorrermos à Palavra de Deus, perceberemos que, após o batismo de Jesus e antes de sua vida pública, Jesus se retirou para o deserto e lá permaneceu por quarenta dias inteiros (cf. Mt 3;4). Sua permanência no deserto de nada possui um sentido de passividade, pelo contrário, lá, Jesus aniquilou todas as investidas do diabo. Ele jejuou, orou, combateu e triunfou sobre o mal. Com o seu exemplo, mostrou àqueles que seriam seus seguidores, o modo de combater. Por isso, durante a Quaresma, com todo esmero, devemos observar a prática do jejum e a luta cotidiana contra o diabo que se manifesta, dia e noite, por meio das tentações: pensamentos maldosos, momentos de raiva, julgamentos, maledicências (…).

Como surgiu o período quaresmal?

Desde os primeiros séculos do cristianismo, havia o costume de se fazer um curto período de jejum antes da Solenidade da Páscoa com um sentido de preparação para essa significativa celebração cristã. Aos poucos, esse curto período de tempo foi se estendendo e deu origem ao período da Quaresma como se tem hoje.

Esse tempo privilegiado da Quaresma se estende por cinco semanas. Inicia-se na Quarta-feira de Cinzas e encerra-se na Quinta-feira Santa, antes da Missa da Ceia do Senhor (exclusive). O número de dias da Quaresma não se relaciona apenas com os 40 dias que Jesus esteve no deserto. É associado também a muitas outras passagens bíblicas como os 40 dias e as 40 noites do dilúvio (cf. Gn 7, 12); os anos em que o povo hebreu perambulou no deserto (cf. Nm 14, 33) dentre muitas outras passagens.

Tempo de sobriedade e de exercícios espirituais

Durante todo o período quaresmal, a Igreja, pedagogicamente, incentiva a sobriedade. Basta notar a ornamentação dos espaços litúrgicos. Evitam-se as flores coloridas e melodias musicais extravagantes. Ao contrário, incentiva-se o silêncio que deve ser continuamente exercitado e resgatado em tempos de extremos ruídos. Esse silêncio exterior deve ajudar o fiel a encontrar-se com Deus e consigo mesmo. Silêncio considerado até mesmo ascético para o homem moderno, tão acostumado ao barulho. Silêncio que propicia a contemplação.

Assim como todas as sextas-feiras do ano, a Quaresma é um período próprio para os exercícios espirituais. Tempo de penitência, privações voluntárias como o jejum e a esmola; abstinências e outras formas de mortificação; orações, leitura e meditação das escrituras. Período, acima de tudo, para exercitar a caridade (cf. CIC 1438).

Todos esses importantes exercícios espirituais não devem ser vistos como um peso, senão, como um extraordinário meio de purificação. Eles auxiliam os fiéis a recordarem que o pecado traz gravíssimas consequências para todo o Corpo Místico de Cristo, sendo assim, um período propício para detestar o pecado e levar a todos às obras de misericórdia, ao Sacramento da Reconciliação e à Eucaristia.

Em suma, durante a Quaresma, cada fiel, na intenção da Igreja, deve aproximar-se um pouco mais daquele tipo de vida cristã mais perfeita, experimentada pelos ascetas e pelos santos. Não viva, caríssimo internauta, esse tempo de qualquer maneira. Que esta não seja apenas mais uma Quaresma de nossas vidas.


Para concluir este artigo, gostaria de deixar uma estrofe de um Hino rezado por toda a Igreja nesse Tempo Quaresmal durante o ofício das leituras dos dias de semana:

Agora é tempo favorável,
divino dom da Providência
para curar o mundo enfermo
com um remédio, a penitência.

Deus abençoe você e até a próxima!


Gleidson Carvalho

Gleidson de Souza Carvalho é natural de Valença (RJ), mas viveu parte de sua vida em Piraúba (MG). Hoje, ele é missionário da Comunidade Canção Nova, candidato às ordens sacras, licenciado em Filosofia e bacharelando em Teologia, ambos pela Faculdade Canção Nova, Cachoeira Paulista (SP). Atua no Departamento de Internet da Canção Nova, na Liturgia do Santuário do Pai das Misericórdias e nos Confessionários. Apresenta, com os demais seminaristas, o "Terço em Família" pela Rádio Canção Nova AM. (Instagram: @cngleidson)


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/nao-faca-dessa-quaresma-apenas-mais-uma-em-sua-vida/

20 de março de 2019

Como o relacionamento familiar contribui para a saúde mental dos filhos?

A família tem um papel importantíssimo no desenvolvimento da saúde mental das crianças e adolescentes inseridos nela

A vida social de todos nós é marcada por um primeiro contato humano, que é o grupo familiar. A família tem um papel essencial na estruturação de nossa personalidade, determinando e organizando nosso comportamento, nossos padrões morais, o que recebemos como educação e regras. (Drummond & Drummond Filho, 1998).

É esse grupo familiar o responsável pela passagem dessa criança para a vida social e sua convivência saudável no mundo, seu relacionamento com hierarquia, com pessoas de todas as realidades, com o estabelecimento de limites. Mais do que um grupo, a família onde crianças e adolescentes estão inseridos tem um papel importantíssimo no desenvolvimento de sua saúde mental. Cada etapa de vida tem sua particularidade física e emocional, e tudo isso tem relação direta com os ambientes nos quais estiverem inseridos.

Como o relacionamento familiar contribui para a saúde mental dos filhos?

Foto ilustrativa: Bruno Marques/cancaonova.com

A forma como nos relacionamos com nossos filhos ajudará no desenvolvimento emocional favorável para os desafios de vida. O suporte ou a falta dele, a presença ou a falta dela, a forma como elogiamos ou deixamos de elogiar, tudo isso contribuirá ou não no desenvolvimento da personalidade de uma pessoa.

Personalidade

Por personalidade, podemos compreender a união entre o que é biológico, ou seja, nosso temperamento, nosso caráter – que diz daquilo que aprendemos enquanto valores e códigos morais – e o que é educação, experiências da vida. Essa personalidade começa a ser formada nos primeiros meses de vida e se estrutura ao fim da adolescência.

Quanto mais próximos da adolescência, maiores os conflitos dados tipicamente pelo nosso desenvolvimento: a explosão de hormônios, as dúvidas existenciais, a busca pelo seu espaço, a relação com normas e condutas, as inquietações, ou seja, literalmente um mundo de coisas, que para um adulto parece até simples, mas pode ser complexa para uma criança ou um jovem, ainda mais se há essa fragilidade emocional presente.

"A família é um grupo natural que, através do tempo, tem desenvolvido padrões de interação. A estrutura familiar é constituída por esses padrões de interação, que, por sua vez, governam o funcionamento dos membros da própria família, delineando sua gama de comportamentos e facilitando sua interação" (Minuchin e Fishiman, 1990).

A família deve ser suporte

O núcleo familiar é uma estrutura tão importante para nossa personalidade, que toda a influência dada por suas características impacta diretamente na vida dos filhos. A violência familiar, os desentendimentos constantes, o abuso de drogas, a forma como os pais se relacionam e como é feito o diálogo neste lar contribuirá, inclusive, no desempenho escolar de seus filhos.

Claro que não existe família perfeita, sem nenhum problema, mas somos o grande núcleo que auxilia a formação emocional dos nossos filhos. Como é importante que filhos possam perceber o espaço de diálogo e afeto em seus lares, sendo este espaço o núcleo que abre portas para que este filho sinta-se livre, coloque suas dúvidas e sinta-se amparado em suas escolhas. Isso não diz de riqueza nem de pobreza, pois temos lares com muito recurso financeiro, mas sem suporte emocional.

Pesquisas na área de comportamento mostram que a autoestima dos adolescentes pode variar de acordo com a funcionalidade da família em que estes estão inseridos. Quanto mais frágeis as famílias, mais frágil essa autoestima.

O que fazer para melhorar o ambiente familiar?

É tempo de repensarmos a família como o espaço de união, apoio, suporte, confiança, carinho e amor. Palavras simples, mas atos complexos, que podem ser perder na dinâmica conturbada da vida. Esta agitação, hábitos pouco saudáveis e tudo mais pode consumir o que de saudável ainda nos resta. Não tenha medo de educar, não tenha medo de reconhecer suas fragilidades como pai e mãe, mas não se esqueça de que seu filho espera seu apoio. Mesmo que exista erro, mas você tenha interesse em superar suas dificuldades, não deixe de dar esse passo.

Dar carinho não é superproteger nem evitar as dores do mundo. Dar liberdade ao filho não significa deixá-lo solto no mundo. Desenvolver independência vai muito além do que deixar que ele faça o que quer. Ao contrário, a independência do seu filho virá com o suporte que você der a ele, inclusive nos momentos de erros.


Existem ainda estudos que comprovam que problemas emocionais de crianças e adolescentes têm aumentado, e muitos deles estão intimamente ligados à estrutura e suporte familiar, ou melhor, à falta desse suporte.

Sendo assim, sempre é tempo de olharmos para nossa família e pensarmos o que podemos fazer, a partir de nossas atitudes, para que nossos filhos tenham o desenvolvimento de uma personalidade forte e de uma autoestima positiva.


Elaine Ribeiro dos Santos

Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica pela USP – Universidade de São Paulo, atuando nas cidade de São Paulo  e Cachoeira Paulista. Neuropsicóloga e Psicóloga Organizacional, é colaboradora da Comunidade Canção Nova.


18 de março de 2019

As mudanças positivas da maternidade na vida de uma mulher

A mulher, quando se torna mãe, descobre-se uma pessoa com um amor infinito e grandes gestos de doação

Quando a mulher recebe um filho das mãos de Deus, adquire habilidades e forças inimagináveis. O próprio ditado popular diz: "Quando nasce um filho, nasce também uma mãe". A mulher que está prestes a dar à luz pode fazer inúmeros cursos de treinamento para saber como lidar com seu bebê, porém, a graça vem com o nascimento da criança. Ou ainda quando uma doença visita um filho, e aquela mulher sensível se torna a mais inabalável de todas as "rochas" e a mais invencível que qualquer "leoa" a proteger seu filhote.

Há, então, uma transformação, e aquele bebê tão frágil chega e é capaz de revirar a vida daquela mulher. De agora em diante, ela não vive para si. Suas prioridades são voltadas para outra pessoa. Direito de descansar? Quem disse que existe? Tempo para se cuidar? Que sonho! Mas não tem problema! Tantas renúncias passam a valer a pena para que esse filho possa ser feliz e a criança mais bem cuidada do mundo.

As mudanças positivas da maternidade na vida de uma mulher

Foto ilustrativa: Andréia Britta/cancaonova.com

Caminho de doação

Apesar de dar tudo de si e, muitas vezes, sentir-se esgotada nesse caminho de doação, é preciso reconhecer que os filhos são verdadeiras escolas da vida. Ser formada na experiência de "deixar de lado" o egoísmo é uma das mais ricas experiências. Esse é um treinamento de doação constante, pois o amor não gera atos mesquinhos.

Esses "mestres" da vida, que são os filhos, arrancam-nos de nós mesmas e nos fazem ser mais sensíveis com o sentimento do outro. Essa é uma graça da maternidade: a de não ser indiferente. O sofrimento do outro passa a ser nosso também. Com isso, entendemos também que a intolerância é um veneno que nos distância da misericórdia e das pessoas. Toda mãe é levada a lidar com as maiores misérias do filho, mas, mesmo dando os "puxões de orelha", deixa claro que aquele colo sempre será seu refúgio. A arte de acolher sem reservas torna-se algo natural, apesar dos erros.

"A mulher tem uma sensibilidade particular pelas coisas de Deus, sobretudo para nos ajudar a compreender a misericórdia, a ternura e o amor que Deus tem por nós", disse Papa Francisco.

A beleza da maternidade

É impossível a mulher ser a mesma depois que acolhe um filho nos braços. Assim como é impossível tocarmos num milagre e não ficarmos impactados com a presença de Deus.

A maternidade é a oportunidade que o Senhor nos dá para sermos melhores. O Senhor nos "burila", assim como aquele ferro que passa pelo fogo até atingir a forma desejada. Nós acordamos e dormimos sendo "buriladas". Cabe a nós a correspondência ao dom, com bravas atitudes no dia a dia. São Paulo já dizia: "A mulher será salva pela maternidade, contanto que permaneça com modéstia na fé, na caridade e santidade" (I Tm 2,15).

Nossos filhos não nos dão sossego, seja durante a madrugada, na semana de provas, na briga com os irmãos ou naquela hora que precisam de carinho e atenção. Nessas horas, não conseguimos olhar para nosso cansaço ou para nossas necessidades. Muitas vezes, dá-nos a sensação de que não vamos aguentar. Mas ali entendemos que aguentamos mais um pouquinho. É a força que se refere à graça, é uma força incomum ao ser humano. É a força dada pelo céu.


Mudança de comportamento da mulher

Uma pesquisa de universidades norte-americanas chegou à conclusão de que o cérebro da mulher passa por um crescimento após o parto, fato que modifica comportamentos e aumenta a motivação. O neurocientista Pilyoung Kim, autor do artigo The Plasticity of Human Maternal Brain: Longitudinal Changes in Brain Anatomy During the Early Postpartum Period, publicado na revista Behavioral Neuroscience, argumenta que o aumento cerebral é feito pelas mudanças hormonais após o nascimento do bebê. A área aumentada do cérebro envolve o raciocínio, a motivação e as emoções. Dessa forma, o lado mãe fica mais aflorado, determinante para contribuir no cuidado e desenvolvimento com a criança, de acordo com o pesquisador.

O físico feminino responde à sua missão, entende que tem de mudar com a chegada do filho, pois vai precisar enfrentar a dureza da vida. A ciência faz o caminho para o entendimento, e o emocional é levado a se adaptar também por meio das modificações físicas.

A descoberta de um dom maravilhoso

A maternidade é um dom que leva a mulher a ser toda para o outro, a dedicar-se para construir um ambiente melhor. Ela dá o "tom" para a família.

A mulher que corresponde a esse dom traz em si as características e valores que o ser humano contemporâneo tem perdido. A maternidade bem vivida ensina que, de fato, o mais importante é a pessoa, e que não vale a pena perder tempo com aquilo que não é eterno. O importante é rir de bobeiras, mesmo estando com mil problemas na cabeça, levar a vida com mais leveza e menos seriedade, curtir os momentos simples, fazer de tudo para ganhar um sorriso e, mesmo no sofrimento, erguer a cabeça e lutar por quem ama.

Enfim, as mães, mesmo com todas as suas limitações, entendem, com a vida, o valor do ser humano, e que por ele vale a pena todo esforço. Mães são mulheres em constante transformação.

Não deixe, mãe, que o desgaste da vida tire seu brilho. Você traz um dom que vem do céu, um dom de transformação! Deus quer levantá-la! Você acreditou na vida, e seu 'sim' é esperança transformadora em nossa sociedade.

Elzirene Pereira
Missionária da Comunidade Canção Nova


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/familia/maternidade/mudancas-positivas-da-maternidade-na-vida-de-uma-mulher/

15 de março de 2019

Sete características de quem faz a vontade de Deus

Você está próximo da vontade de Deus?

Paz e unção, caros amigos leitores! Falar sobre a vontade de Deus é, dentre tantas coisas que compõem nossa trajetória de vida, a mais importante e, sem dúvidas, a mais desafiadora. Portanto, caro amigo leitor, não pense você que, aqui, esgotaremos esse precioso assunto, mas, impelido pelo Santo Espírito, fui movido a lançar algumas luzes sobre sua vida com o intuito de lhe deixar mais próximo da vontade de Deus do que até agora você já esteve. Vamos lá?

"Quem teria conhecido Tua vontade, se Tu mesmo não concedesses a Sabedoria e das alturas enviasses Teu Santo Espírito?" (Sb 9,17)

Nesse trecho da oração de Salomão, conclamando Sabedoria a Deus para suceder seu pai Davi, no trono de Israel, vemos um homem de reconhecida autoridade reconhecendo-se limitado e, principalmente, desejoso de cumprir a vontade de Deus; e Salomão é sabedor de que a vontade de Deus só é acessada por meio de uma entranhada comunhão com o Espírito Santo. Quem quer fazer a vontade de Deus será sempre amigo do Espírito Santo. Quanto mais fortes forem seus laços com o Paráclito, mais visível será a vontade de Deus na sua vida.

Foto ilustrativa: Bruno Marques/cancaonova.com

Teus projetos têm a aprovação de Deus?

Quantas são as pessoas que se consomem em projetos apenas humanos, projetos que não carregam a aprovação de Deus! Não significa que não sejam projetos bons, talvez sejam, mas se não estão chancelados por Deus, por melhores que sejam os resultados obtidos, não contribuirão na vida daqueles que tudo o que fazem nessa terra, fazem almejando a Jerusalém celeste como sua eterna morada. É muito comum, e por que não dizer, previsto que, em algum momento da vida, nos indaguemos: Qual a vontade de Deus para minha vida?

É perceptível, em nossos dias, que tal pergunta não esteja diretamente ligada à grande finalidade da vontade de Deus sobre nós, que é a de que sejamos santos. "A vontade de Deus é que sejais santos" (1 Ts.4,3). Em muitas vezes, tal pergunta refere-se à projetos pessoais diversos, tais como: mudança de emprego, matrimônio, mudança de cidade, viagens, paternidade, maternidade, enfim, projetos que nutrimos em nós com o desejo de que estejam em comunhão com o santo querer do Senhor, o que é louvável.

Com o objetivo de auxiliá-lo, quero agora levá-lo a uma reflexão, a fim de que você consiga identificar e potencializar algumas das características dos que fazem a vontade de Deus. É evidente que são muitas. Eu destaquei 7. Vejamos:

Primeira característica – Deus é o centro de todas as coisas

Quando dizemos: "Jesus Cristo é o meu Senhor", a vida nos proporciona situações em que esse Senhorio é, digamos, testado. Seremos provados por causa, justamente, dessa adesão a Cristo; e apesar de todos os embates, seguimos com Ele. Quem faz a vontade de Deus mostra com a vida que Ele está acima de tudo e de todos em sua história.

Segunda característica – Possui um espírito decidido

Ser forte não é vencer sempre. Ser forte é não desistir jamais. Eis uma característica visível na vida de quem cumpre o querer divino. Quem faz a vontade de Deus não está pecando, mas isso não significa que está isento do pecado por toda a vida, pois a natureza humana é inclinada à concupiscência. No entanto, apesar de nossa natureza carnal ser frágil, podemos, com o auxílio da graça, desenvolver em nós um espírito decidido. Como ensina Santa Tereza D'Avila: "O demônio tem medo de almas decididas". Deus se alegra com almas decididas por Ele.

Terceira característica – Desconfie de si mesmo sempre

Essa é uma das mais célebres e desafiadoras características acerca da vontade de Deus, uma verdadeira ascese. Os santos padres do deserto a encaravam como uma das mais fiéis vias para um caminho virtuoso. Desconfiar de si mesmo sempre é combater o amor-próprio que trava nosso progresso espiritual e humano.

"O amor-próprio facilmente nos altera a retidão de juízo. Se Deus for sempre o único objetivo dos nossos desejos, não nos perturbará tão facilmente qualquer oposição ao nosso parecer". (Tomás de Kempis – Imitação de Cristo)

Quarta característica – Não negocia a Verdade

A Verdade para todo o cristão tem um nome, Jesus de Nazaré. Foi ele quem a definiu sendo a Verdade Ele mesmo: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6). E isso é irrevogável, trata-se de um princípio eterno como nos ensina monsenhor Jonas Abib. Mentir é opcional; não negociar a Verdade, que é Cristo Jesus, também.

Quinta característica – Marcada pela disposição

Engana-se quem pensa que o Senhor chama os que estão prontos, pois, acima de tudo, Ele chama os que Ele confia. Aos que são chamados o Senhor só espera uma coisa: prontidão. A pessoa marcada pela disposição é aquela que corresponde imediatamente, sem reservas aos doces apelos de Deus. Uma pessoa disposta sempre terá nos lábios a profética resposta: "Eis-me aqui! Envia-me! (Is.6,8)".

Sexta característica – Dócil às ordens divinas e de seus superiores

Você sempre verá pessoas que fazem a vontade de Deus acompanhadas de docilidade às ordens, sejam elas diretamente de Deus ou indiretamente por meio de pessoas. Os dóceis tem seus ouvidos afinados com a voz do Altíssimo. A palavra obediência significa escutar com atenção e seriedade. E isso é perceptível a quem faz a vontade d'Ele. Obedecer não é um fardo aos dóceis é, antes de tudo, treinamento para a maturidade.

Sétima característica – É latente o amor ao próximo

A indiferença não está no dicionário de quem faz a vontade de Deus, e a razão é simples: quem faz a vontade de Deus não divide, ao contrário, aglutina, mobiliza. É aquele que transformou sua em atos. O amor ao próximo é o Amor Perfeito andando e agindo entre os imperfeitos.

Vamos orar juntos?

Meu Senhor e Rei, invoco, agora, sobre mim o Teu poder, tomo posse da santa unção que derramas sobre a minha vida neste momento. Tu me conheces e sondas a minha alma. Tu sabes dos meus medos e das minhas inseguranças. Peço-Te perdão, Senhor, pelas tantas vezes em que optei não confiar na Tua Palavra e na Tua divina providência, mas, hoje, eu quero me lançar com confiança absoluta nas Tuas promessas, quero subir os "degraus" da fé, na certeza de que o melhor está reservado por Ti.
A Tua Palavra me ensina, Senhor, que os que te agradam são os que têm fé, e eu quero te agradar, quero, com a minha vida, gerar alegria ao Teu Santo Coração. Vem, Espírito Santo, realiza em mim a obra sonhada pelo Pai, inflama-me com Teu fogo e batiza-me com o dom da fé carismática, a fé expectante. Que, mesmo em meio às adversidades da vida, eu mantenha acesa a chama da confiança inabalável em Ti. Amém.
(Oração pg.56. – Livro 'Se tu queres, Senhor, eu quero')

Evandro Nunes
Fogo na Alma


Evandro Nunes

Membro da Renovação Carismática Católica na Diocese de Santo Amaro (SP), Evandro Nunes tem se dedicado à vida missionária desde 2010, exercendo o Ministério da Pregação em todo o Brasil e no exterior. Casado, Nunes também é autor dos livros 'Do Céu para você' e 'Se Tu queres Senhor, eu quero', ambos lançados pela Editora Canção Nova.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/vida-de-oracao/sete-caracteristicas-de-quem-faz-vontade-de-deus/