12 de junho de 2018

Saiba como conhecer e reagir positivamente no namoro

Como é possível nos conhecermos melhor no namoro?

Basicamente, o tempo de namoro serve para que uma pessoa conheça a outra, e então os dois saibam como reagir responder entre si dentro de um relacionamento. Como conhecer melhor seu namorado?

Num namoro, não basta apenas conhecer o amado no sentido de saber os gostos dele, saber definir suas habilidades e defeitos. Amigos se conhecem assim, familiares se conhecem assim, mas o namoro deve caminhar para que o casal tenha um vínculo afetivo tão grande, a ponto de ser único. Afinal, é exatamente isso que acontecerá se ambos chegarem a consolidar o matrimônio, pois, pela força do sacramento, eles serão uma só carne e uma só alma. E o namoro, naturalmente, proporciona tudo isso, que ambos se apropriem um do coração do outro no amor, pela livre opção do amado em se doar.

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Foto Ilustrativa: nd3000 by Getty Images

É claro que não se alcança toda essa cumplicidade de um dia para o outro. Deve-se respeitar as fases, o tempo, a gradualidade de cada coisa, a disposição interior que a outra pessoa tem em doar-se, em confiar cada vez mais no namorado e revelar o que ela é. Portanto, tudo parte do conhecimento entre o casal.

Vou citar quatro aspectos de como se dará esse conhecer o outro, e daí o bom relacionamento entre eles. Um detalhe: os quatro aspectos interagem entre eles, um funciona em vista do outro. Não dá para aplicar só um deles. É preciso analisar e praticar todos os quatro com atenção e zelo. Talvez pelas pessoas privilegiarem apenas um ou dois, e fazer "vista grossa" aos outros, é que seus namoros e casamentos vão mal.

Quatro pontos fundamentais para o conhecimento

1. Capacidade de diálogo

– "Não é simplesmente diálogo, pois capacidade de dialogar significa muito mais que o simples falar e ouvir, e diz respeito ao dom de compreender e interagir" (Livro: 'As cinco fases do namoro').

A pessoa tem de ser disposta a conversar, falar de si e também escutar sobre o outro. Devemos entregar aquilo que somos por meio da fala. Não tenha medo! Se você tiver muitos segredos, coisas que não gostaria de contar a ninguém, saiba que a melhor coisa do mundo é ser aceito por alguém que o ama independente dessas misérias pelas quais você possa ter passado. Então, pode começar contando as coisas mais leves e, conforme for sendo aceito pelo par, vai dizendo mais. Você precisa ter alguém que saiba tudo sobre você, em quem possa confiar.

– Nos entraves, nas discussões, o que deve prevalecer em nossos corações deve ser: os dois chegarem a um acordo satisfatório, em vez de só quererem ter razão e demonstrarem isso. Será a capacidade de diálogo que promoverá o acerto.

– "Nada de mentiras, informações parciais ou omissões. Ter uma informação e não a partilhar passa a funcionar como uma mentira para o parceiro, pois lhe negamos algo que poderia ser essencial em sua construção de pensamento sobre você e sobre o relacionamento" (Livro: 'As cinco fases do namoro').

– Não queira se expressar por meio de sinais. Exemplo: Se você está insatisfeito com algo, age friamente e dá respostas curtas. Se quer sair, arruma-se e fica esperando que o outro o convide. "Isso não funciona! Se sentir algo, fale; se pensar, expresse; se perceber reações diferentes, examine, pergunte. Se não entender da primeira vez, pergunte de novo. Saiba que as primeiras e as mais privilegiadas formas de comunicação são a fala e a escuta" (Livro: 'As cinco fases do namoro').

2. Vivência

– Veja se tudo o que ele relatou pelo diálogo é verdade ou se há, pelo menos, uma verdadeira disposição de viver o relato na prática.

Digamos que ele tenha dito que é amoroso e sensível, mas, na casa dele, é arredio, revoltoso e briga com seus familiares. (Aliás, entre os familiares da pessoa, é uma ótima ocasião para você ver quem realmente ele é). Disse a você que é perseguido no trabalho, mas, numa confraternização da empresa que você pôde participar, só o viu em "panelinha", falando mal dos outros colegas e praguejando a instituição.

A pessoa se diz honesta e idônea, cumpridora de seus deveres, mas avança sempre o sinal vermelho, gosta de levar vantagem e, continuamente, você fica sabendo de reclamações sobre ela nas instituições que frequenta.

Nem preciso dizer que você está sendo enganado, não é mesmo? Aquilo que a pessoa é de verdade acabará se manifestando uma hora ou outra no cotidiano dela. Não é porque você ama que deve "fechar os olhos" para tudo isso. Veja bem e seja sincero com você mesmo a esse respeito.

– Outro ponto da vivência é: envolva-se com as coisas dele. Queira fazer parte do dia a dia de seu par. Ajude-o quando puder no trabalho da faculdade, nos afazeres que talvez ele tenha em casa ou no trabalho extra. Será uma ótima oportunidade de ver como é o jeito dele em proceder e resolver as coisas.


3. Percepção

– "Tente reparar detalhes que escapam à fala, como situações que frequentemente fazem a pessoa que você ama ter as reações que você não entende, mas deseja compreender (…) Quanto mais conhecer seus anseios e planos, sua cultura, de onde veio, seus ritos e manias familiares, até sua história de vida e tudo o que passou e viveu, mais fácil será entender o que está por trás de seus gestos. A sensibilidade também é ferramenta da comunicação" (Livro: 'As cinco fases do namoro').

– Perceba também como seu amor se posiciona ao defendê-lo, se está ao seu lado quando você precisa e o quanto se preocupa e zela para manter o bom andamento do relacionamento. E mais uma vez, seja sincero com você mesmo ao analisar se ele é negligente com você e, consequentemente, com o namoro, pois, com certeza, não será uma boa companhia para toda a vida.

4. Amizade

– Apesar de namorados firmarem um compromisso muito mais íntimo do que a amizade, é imprescindível que ela exista dentro do relacionamento.

– Pela amizade fazemos uma escolha consciente pelo outro. "Sem a amizade não há algo além do "eros". Nenhum namoro sobreviverá apenas com a atração, com a paixão" (Livro: 'As cinco fases do namoro').

Não escolhemos por quem nos apaixonamos. Já, quando se constrói uma amizade dentro do namoro, temos condições de escolher, de continuar com o amado também pela razão. Que lindo quando uma pessoa pode dizer à outra: "Eu escolho, eu quero estar com você, porque já não estou sendo arrastado pelos meus sentimentos. Quando penso em nós dois juntos, vejo que me faz bem estar ao seu lado".

Existem muitos casais que estão juntos somente por considerarem o sentimento, pois não conseguem compreender um ao outro em coisas mínimas. Encontram-se para "beijos e abraços", mas cada um vive seus problemas. Quando houver dificuldades ou provações, a amizade fará aumentar a cumplicidade. "Estamos juntos nessa, tanto para os desafios quanto para as consequências ou os méritos".

Exemplo: "De que adianta a moça namorar um rapaz, mas dividir todos os seus segredos e sonhos, o que há de mais profundo nela, com uma amiga? Não! O casal precisa viver uma amizade especial e profunda. Ela pode até ter uma fiel confidente como amiga, mas o namorado precisa ser o maior e melhor amigo. Antes de chegarem ao noivado, um precisa saber tudo o que diz respeito ao outro. Afinal, futuramente, será com o parceiro que eles vão conviver, morar e construir uma vida juntos. Então, que comece, desde o namoro, a intenção de serem os melhores amigos" (Livro: 'As cinco fases do namoro').

Quem ama investe, preocupa-se em fazer acontecer o que promove o bem ao seu coração e ao da pessoa amada. Seja autêntico, seja sempre você mesmo, mostre sua alma e coração ao outro. Não tenha medo de renunciar a tudo o que atrapalha esses quatro aspectos, e, com certeza, vocês dois chegarão ao namoro, noivado e casamento felizes.

Deus abençoe!


 


Sandro Arquejada

Missionário da Comunidade Canção Nova, Sandro Arquejada é formado em Administração de Empresas pela Faculdade Salesiana de Lins (SP). Atualmente, trabalha na Editora Canção Nova. Autor de livros pela Editora Canção Nova, ele já publicou três obras: "Maria, humana como nós"; "As cinco fases do namoro"; e "Terço dos Homens e a grande missão masculina".

11 de junho de 2018

É possível perdoar a partir do sofrimento e das injustiças?

Após passar o sofrimento, é preciso aprender a descobrir o perdão

Uma de nossas reações mais comuns diante do sofrimento é a busca de justificativas e culpados para tais situações.

Não é fácil lidar com a dor, mais difícil ainda é enfrentar perdas e injustiças. Qual o pai que, ao perder seu filho em um assassinato não ficará revoltado? A dor humana é compreensível e não pode ser pormenorizada, porém, precisamos aprender a trabalhá-la em nós.

É possível perdoar a partir do sofrimento e das injustiças

Foto Ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Diante da injustiça, a mágoa e a revolta são consequências reais, contudo, a história nos revela que tais realidades são apenas consequências e não remédio.

A violência sempre gera somente mais violência, desencadeando assim um gradativo processo de disseminação do ódio, o qual nunca encontrará o seu final.

Mas como dar um fim a esse processo?

Para a violência se ausentar, é necessário que haja consciência de que um dos lados precisa ceder, perdoar.

Somos muito orgulhosos em consequência do pecado original enraizado em nós, e por vezes, contemplamos as situações somente a partir do ângulo de nossas próprias razões. Nunca queremos dar o braço a torcer, e sempre queremos ter a razão, e, muitas vezes, a temos mesmo. Porém, "amar significa perder para ganhar", perdoar é superar a própria razão por uma realidade mais nobre.


Por mais injustiçados que já tenhamos sido, a atitude mais racional diante de tal situação é o perdão. A mágoa nos torna pequenos e empobrecidos, além de nos causar inúmeras enfermidades de acordo com muitos dados científicos.

O portador do ódio é sempre o mais prejudicado. Quando estamos magoados pensamos na pessoa que nos causou essa mágoa durante 24 horas por dia, e acabamos por "aprisioná-la" dentro de nós. Aquele que alimenta o ódio enxerga somente a si mesmo, o seu sofrimento, fragmentando a própria existência e deixando de lado outras realidades essenciais.

Perdoar traz paz

Quem vive magoado não tem qualidade de vida, não tem paz. Perdoar é extinguir a trama de significações que o ódio produz em nós, e libertar-se para descobrir a beleza até mesmo na desventura.

Sei que em determinadas situações o perdão não é coisa fácil, porém, perdoar é questão de decisão e não de sentimento. A graça de Deus não nos desampara, ela está sempre pronta a auxiliar aqueles que querem verdadeiramente viver a reconciliação.

Não perca mais tempo, liberte-se da mágoa, porque existe muita vida para se viver, e muita alegria para se conquistar. Coragem!



Padre Adriano Zandoná

Padre Adriano Zandoná é missionário da Comunidade Canção Nova. Formado em Filosofia e Teologia, tem quatro livros publicados pela Editora Canção Nova e participação em dois CDs de oração e apresenta o programa "Pra ser Feliz"na TV Canção Nova.

7 de junho de 2018

Educação Sexual: assunto em família

O impulso sexual humano não pode ser reduzido à pura animalidade

Há muitos anos, temos sido bombardeados por uma lenta e paulatina "urgente necessidade" de que, segundo os líderes mundiais, os jovens tenham uma boa educação sexual. Com muita frequência, aparecem nos meios de comunicação estatísticas cada vez mais frequentes de casos de adolescentes e também meninas grávidas. Cada vez é mais alta a incidência de AIDS e outras enfermidades transmitidas sexualmente na população jovem.

Créditos: piola666 by Getty Images

Chegou às minhas mãos um livro grosso sobre o tema, intitulado "Guia para Capacitar a Saúde Sexual", cujos autores são a Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF). Este documento é muito perigoso. Ele apresenta a sexualidade como algo a que todo ser humano pode ter acesso, sem se importar se a prática é entre crianças, adolescentes, homossexuais; se as relações são extramatrimoniais ou pré-matrimoniais.

Em outros anexos, ensinam às crianças, graficamente, os íntimos detalhes das relações genitais, com o argumento de querer oferecer uma educação a favor do sexo seguro. Deus queira que não seja esta educação sexual que vão oferecer às crianças de nosso país. Seu conteúdo é imoral e agride o ser humano, considerando-o unicamente em seu aspecto sexual, esquecendo-se de um lado que, na realidade, é o mais importante: sua dignidade espiritual.

A importância dos pais no processo de educação sexual dos filhos

Diz o Papa João Paulo II que "os pais devem voltar a ocupar o papel principal na educação sexual de seus filhos até o ponto, adverte, que a formação que recebem fora de casa, em particular, não corresponda aos princípios católicos, devem retirá-los dos centros onde se dividem" (Sexualidade Humana, Verdade e Significado). A severidade de suas palavras não admite lugar a dúvidas. Algo muito grave está acontecendo com a educação sexual, para que o Santo Padre tenha tomado semelhante determinação.


O citado manual é enfático em exagerar no problema da superpopulação e nas enfermidades infecto-contagiosas. Ele não leva em conta o ser humano integral. Desconsidera o campo da moral e da espiritualidade, como se não fossem indispensáveis. Oferecem respostas equivocadas sobre sexo seguro, pois os tão propagados "preservativos", vêm crescendo uns 25%. É preciso dizer que se tem 25% de probabilidades de se adquirir AIDS com "preservativo".

A capacidade de pensar do homem e da mulher

O homem e a mulher não são como as demais espécies animais que povoam a Terra. Têm a capacidade de pensar, falar, de construir e, entre muitas outras coisas, algo muito importante: a capacidade de amar. A sexualidade humana é uma das formas mais expressivas de amor. Ela foi dada por Deus aos homens como regalo, para procriação, com gozo pleno.

Como pode um casal desfrutar plenamente de sua sexualidade quando os aterrorizam com a procriação? Os filhos são a maior bênção para um casal que se ama. Por que essa insistência de fazer-nos crer que os filhos são uma desgraça? Que grande tesouro têm as famílias quando são numerosas! Sabem amar, compartilhar, compreender, solidarizar-se com a dor alheia. Se fosse certo que a superpopulação é sinônimo de pobreza, o Panamá, que está praticamente despovoado, deveria viver folgadamente. Por outro lado, o Japão, país superpopuloso, estar morto de fome. E não é assim. A pobreza existe por causa das injustiças sociais, por falta de amor e compreensão entre os homens. Ali é onde mora o verdadeiro problema: no pecado social.

A obra do demônio, o assassino dos homens, é acabar com a humanidade. A sexualidade humana é um dos seus principais objetivos. Quer aniquilar o homem, ataca seu coração, fazendo com que as pessoas creiam que, unicamente importante entre os esposos é só o prazer físico. Utiliza o álcool, a droga e a pornografia, para levar o homem a planos meramente instintivos. Quer que os homens sejam como que animais, incapazes de resistir a um desejo puramente sexual.

A sexualidade está para além da busca pelo prazer físico

O homem e a mulher se denigrem quando fazem uso de sua sexualidade somente pelo prazer físico. Por isso, a grande maioria dos jovens que se deixam levar por essas práticas tem pouco apreço por si próprios. No fundo de seus corações, sabem que não está bem esse tipo de intimidade sem haver assumido a responsabilidade matrimonial.

O citado Manual de Educação Sexual parece ter sido escrito com a precisa intenção demoníaca: denegrir a sexualidade humana. Induzi-los somente ao prazer sexual, sem responsabilidades.

No momento em que o homem põe Deus de lado, é quando robustecem essas teorias totalmente antinaturais, criadas com o único fim de sugerir o sussurro da serpente, que, desde o drama do Paraíso, intenta buscar nossa destruição.

A questão da AIDS

Por último, quero insistir nas palavras do Santo Padre João Paulo II quando disse, em outro de seus parágrafos, que os pais devem rechaçar a promoção do chamado "sexo seguro", porque se trata de uma estratégia perigosa e imoral, baseada na ilusória teoria de que o "preservativo" pode ser uma proteção adequada contra a AIDS.

A instrução acerca da prevenção da AIDS não só é contrária à moral, mas também uma mentira que termina por incrementar a promiscuidade e as relações livres com a falsa ideia de segurança. Os pais, contra essa política, devem insistir sobre a continência sexual antes do matrimônio e a fidelidade no matrimônio como a única verdadeira e segura educação para a prevenção do contágio.

Fala também sobre o problema da masturbação, qualificando-a como desordem grave, ilícito em si mesmo, que não pode ser justificado; e sobre o homossexualismo, aconselha que se explique a diferença entre conceito de normalidade e anormalidade, de culpa subjetiva e de desordem objetiva, evitando instigar a hostilidade. (Sexualidade Humana, Verdade e Significado).

É por isso que devemos ter muito claro esse conceito de que, quando se fala de educação sexual, deve levar-se em conta corpo, alma e espírito de forma integral; e, assim, não se correr o perigo de deformar, em vez de formar a nossa juventude.

*IPPF: Organização Não Governamental, que realiza um trabalho mundial financiando os programas de Planejamento Familiar especialmente em países de terceiro mundo.

Artigo produzido pela Formação Canção Nova.

5 de junho de 2018

Luz da Fé: Sagrada Escritura, alimento e força para os filhos de Deus

Se a Palavra de Deus é alimento e força para nossa vida, o que acontece quando não fazemos uso dela?

Neste programa 'Luz da Fé', quero refletir com você sobre o número 104 do Catecismo da Igreja Católica, o qual nos ensina o seguinte:

104. Na Sagrada Escritura, a Igreja encontra, incessantemente, seu alimento e sua força, pois nela não acolhe somente uma palavra humana, mas o que ela é realmente: a Palavra de Deus. "Com efeito, nos Livros Sagrados, o Pai que está nos céus vem carinhosamente ao encontro de seus filhos e com eles fala."

Foto ilustrativa: Luciano Camargo / cancaonova.com

Ao ensinar que a Igreja encontra, na Sagrada Escritura, seu alimento e força, "pois nela não acolhe somente uma palavra humana, mas o que ela é realmente: a Palavra de Deus", o Catecismo da Igreja nos recorda aquilo que está escrito em I Tessalonicenses 2,13: "Agradecemos a Deus sem cessar, porque, ao receberdes a palavra de Deus que ouvistes de nós, vós a recebestes não como palavra humana, mas como o que ela de fato é: palavra de Deus, que age em vós que acreditais". 

Esse acréscimo que I Tessalonicenses 2,13 traz sobre a Palavra de Deus é muito importante, pois age em vós que acreditais. Pois afirma que a Palavra de Deus é atuante, ou seja, a Palavra Divina age naquele que crê. E a Igreja nos ensina – através do Catecismo – que essa Palavra Divina, que age naquele que crê, é alimento e também força para cada um de nós.

No seu livro "A Bíblia no meu dia a dia", monsenhor Jonas Abib, ao falar sobre a Canção Nova, essa Obra de Deus que em 2018 celebra seus 40 anos de fundação, afirma o seguinte: "Nós nascemos da Palavra, da receita que se chamou 'A Bíblia foi escrita para você'. O que somos e fazemos, hoje, continua sendo resultado da Palavra de Deus trabalhada com afinco por meio dessa ferramenta que Deus pôs em nossas mãos".

Monsenhor Jonas nos ensina que a Palavra de Deus é ferramenta que nos orienta. O Catecismo da Igreja Católica, por sua vez, ensina-nos que a Palavra é alimento e força para nós.

O que você tem feito com a sua Bíblia?

Então, diante de tudo isso, permita que eu seja bem direto com você e lhe pergunte: O que você tem feito com a sua Bíblia? Em que local ela se encontra hoje? Ela está guardada dentro da gaveta? Escondida naquele "criado-mudo"? Sua Bíblia está juntando poeira em cima daquela estante? Veja: está na hora de você fazer uso da sua Bíblia, pois a Palavra de Deus é ferramenta, alimento e força para a nossa vida.


Ora, se a Palavra de Deus é alimento e força para a nossa vida, o que acontece quando não fazemos uso dela? Resposta: vamos ficando desnutridos e fracos na fé. Porém, não é a isso que somos chamados. Pelo contrário! Somos chamados a estarmos fortes e bem nutridos em Deus. Portanto, volto a lhe perguntar: O que você tem feito com a Palavra de Deus na sua vida? Questione-se!

Ao longo dessa semana, eu convido você a tomar nas mãos sua Bíblia (talvez empoeirada pela falta de uso) e começar a ler a Sagrada Escritura novamente. Mais ainda: faça o estudo bíblico diariamente, e você verá como tudo irá mudar na sua vida.

Um forte abraço!

Assista ao programa:


Alexandre Oliveira

Membro da Comunidade Canção Nova, desde 1997, Alexandre é natural da cidade de Santos (SP). Casado, ele é pai de dois filhos. O missionário também é pregador, apresentador e produtor de conteúdo no canal 'Formação' do Portal Canção Nova.

30 de maio de 2018

Como Deus pode nos ajudar na construção da vida espiritual?

Deus investe na nossa santidade, através dos Sacramentos

Nestes próximos artigos da série Caminho Espiritual e as Moradas veremos como Deus, além de não nos deixar sozinhos na construção da vida espiritual, investe enormemente na nossa santidade fornecendo os meios necessários para a santificação.

Lembremo-nos que nas primeiras moradas que já refletimos, a Igreja ensina: "só quando os germes estranhos forem tirados do campo do nosso coração, as sementes da virtude podem ser convenientemente alimentadas em nós". Essa verdade, aqui registrada nas palavras do Papa São Leão Magno (Sermão XXXIX), nos lembra de que as primeiras moradas são o território em que nos defrontamos com nossas próprias falhas, vícios e paixões. Elas, via de regra, impedem nosso avanço espiritual e constroem aquela imensa fatia de cristãos que, embora fiéis à Igreja e professando uma fé verdadeira, não são tão exemplos de conduta e santidade.

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Foto Ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Ressaltamos que, Aquele que nos chama à santidade, não nos abandona no caminho, nem nos deixa sucumbir sobre um pesado fardo (Sl 54,23). Ele também não age com prepotência esperando que tenhamos corrigido plenamente nossa humanidade para depois nos presentear com dons e virtudes espirituais (Rom 5,6). Assim, estar em "estado de graça", após uma confissão válida, significa que Deus derrama sobre o batizado a Graça Santificante, ou seja, um organismo sobrenatural que nos torna capazes de ouvi-Lo e acatar a Sua vontade para nós. Claro que, como vimos nos artigos anteriores, nossas tendências desregradas e paixões cultivadas por muitos anos, acabam criando uma barreira à ação plena de Deus em nós. Somente com o avanço nas moradas e a retirada dos "germes estranhos" é que as "sementes da virtude" infundidas por Deus em nós, através da Graça Santificante, podem germinar e desenvolver-se com força.

Os Sacramentos que nos impulsionam

Um meio altamente eficaz de aumentar a Graça Santificante e, consequentemente, a recepção de virtudes e dons, é por meio dos Sacramentos. Para a vida espiritual, dois deles colaboram durante todo o percurso rumo à santidade e, também, fornecem um grande impulso para atravessar as primeiras moradas.

O Sacramento da Eucaristia é o mais sublime de todos os sacramentos. É o próprio Cristo em presença real. Chama-se presença real porque além da alma e divindade de Jesus, entramos em contato com o Seu Corpo e Sangue materiais. Temos plenamente Jesus em Sua divindade e humanidade. Isso não quer dizer que a presença de Cristo na comunidade, na oração particular ou na Palavra seja menos verdadeira, somente não tem essa conotação também material e, dessa forma, atua poderosamente no nosso corpo e materialidade.

Para o caminho de perfeição precisamos nos convencer cada vez mais desta certeza: ao comungar, temos um contato direto com Deus e, Ele mesmo, vem habitar em nós. Essa presença real aumenta enormemente a graça santificante e, quanto mais estivermos preparados, abertos e ansiosos por recebê-Lo, mais essa presença real será aumentada. É por essa disposição interior mais perfeita que duas pessoas recebem o mesmo Cristo e uma delas colhe frutos melhores e mais profundos. Assim, quanto melhor é a participação na Santa Missa, quanto melhor está preparado o coração de quem comunga, maior e melhor será a aquisição de graças.

Infelizmente é necessário lembrar aqui que, quem comunga em estado de pecado mortal, não só não recebe nenhuma dessas graças, como se condena acrescentando um novo e mais grave pecado: participar indignamente do Corpo e Sangue de Cristo (1Cor 11,29). Usando uma metáfora, aquele que comunga sem se confessar, atua como Judas Iscariotes e, sob a aparência de um gesto de amor, esconde uma traição.

A importância da Eucaristia

A Eucaristia repercute em nós como a oração; quanto mais, melhor. Mas, exatamente como a oração, a Eucaristia não pode ser um gesto mecânico, sob o risco de perder a eficácia. Assim, ir à Missa diariamente e comungar frequentemente por puro "hábito", sem atenção e reverência ao que se está fazendo, é um caminho certo para lugar nenhum. Pior, podemos desenvolver uma impermeabilidade à e uma insensibilidade aos nossos próprios pecados. Comungar, portanto, precisa ser sempre um ato consciente de fé e amor. Sendo assim, se for diário e bem feito, é melhor.

Outro ponto importante para o crescimento da vida espiritual com a Eucaristia é nos lembrarmos de sempre realizarmos uma completa e eficiente ação de graças após a comunhão. Durante o tempo em que as espécies ainda não se dissolveram no nosso organismo, temos em nós o Cristo, em uma união tão íntima como jamais poderíamos tê-Lo se Ele estivesse andando entre nós, como fez com o discípulos d'Ele. É o momento de amá-Lo e treinar esse contato com Ele. Sim, isso mesmo, treinar. Precisamos ter cada vez mais consciência desse contato e mantê-lo ativo em nós. É um treinamento porque, mais tarde, quando tivermos em adoração ou simples oração, precisamos nos lembrar de que estamos estabelecendo um verdadeiro contato com o Senhor e nesse novo contato, precisamos amá-Lo da mesma forma que O amamos na ação de graças após a comunhão.


Como relatado no artigo anterior, precisamos crescer e evoluir nos nove graus de oração até a santidade perfeita e, este artigo é uma espécie de caminho, equivalente o das Moradas, mas com outra divisão. É o contato com o Senhor na Eucaristia e o treino em amá-Lo durante essa presença real em nós, que nos prepara para o terceiro grau de oração: a oração afetiva. Nesse tipo de oração, mais do que falar com Deus (primeiro grau ou oração vocal), mais do que pensar em Deus (segundo grau de oração, oração mental ou meditação), precisamos amar a Deus cada vez mais e nos afeiçoar a Ele (oração afetiva). Esse grau de oração só é alcançado plenamente, nas segundas moradas. Mas é necessário uma prévia aqui, para que possa ficar claro a importância do Sacramento da Eucaristia nesse treinamento para um grau mais elevado de oração.

O padre Antonio Royo Marín, OP, lembra que, nunca expulsamos uma visita que recebemos na nossa casa. Esperamos que ela vá embora sozinha. E, se a amamos, se ela é importante para nós, se for uma alta autoridade, pedimos para que fique o máximo de tempo possível em nossa companhia. Do mesmo modo, ao receber Jesus na comunhão, não devemos sair correndo, começar a conversar ou nos distrair com qualquer coisa. A hora é de acolhê-Lo e amá-Lo o máximo de tempo que nos for permitido.

Os sacramentos que fortalecem a alma contra o pecado

O outro Sacramento que serve de impulso nas primeiras moradas é o sacramento da Reconciliação, da Penitência ou da Confissão. Já tratamos dele como condição fundamental para habitar o Castelo Interior da própria alma e avançar nas moradas rumo à santificação pessoal. No entanto, além de nos restituir a graça santificante com o perdão dos pecados mortais, ele tem uma outra ação eficaz na santificação: fortalecer a alma contra o pecado.

É fato que, mesmo com grande esforço para levar a vida espiritual com seriedade e desejo sincero de não errar, acabamos caindo e cometendo um pecado mortal. O Sacramento da Reconciliação, nesse caso, não só restabelece em nós a Graça Santificante, como também infunde uma fortaleza especial contra aquele pecado em particular. Assim, se ao cair, existir um arrependimento imediato e sincero; e, o mais breve possível, realizamos uma confissão válida, com verdadeiro desejo de conversão, também recebemos uma virtude infusa para nos tornarmos mais fortes diante daquele tipo de pecado.

Isso também é verdadeiro para os pecados veniais. Assim, embora não seja necessário confessar os pecados veniais, se mesmo assim os confessarmos com o sacerdote, o Sacramento da Reconciliação nos ajuda a nos livrarmos mais rapidamente do risco de voltar a cair nesses mesmos pecados. Os que se confessam regularmente, experimentam esta eficácia: as quedas (no mesmo tipo de pecado) tornam-se cada vez mais espaçadas, até que tornam-se raras e desaparecem.

Nas primeiras moradas vimos que devemos combater os dois vícios principais: a ira e a concupiscência. A utilização frequente do Sacramento da Reconciliação, focando principalmente em todos os pecados dessas áreas, mesmo os veniais, ajuda a rapidamente vencê-los e a desenvolver solidamente a virtude da paciência e a virtude da temperança.

Na via ascética, embora pareça que todo o esforço para sermos santos parte de nós, fica evidente que Deus atua com todos os meios possíveis para nos santificar e nos renovar segundo a imagem daquele que Ele enviou (Cl 3,9). Aqui vimos, detalhadamente, os dois sacramentos: a Eucaristia e a Reconciliação. Nos próximos artigos desta série "Caminho Espiritual e as Moradas", veremos como as três virtudes teologais devem ser vividas e aumentadas nas primeiras moradas. Logo depois, veremos como os dons do Espírito Santo se apresentam e se desenvolvem em nós, um após o outro, seguindo uma ordem bem clara e sucessiva, para nos levar até as segundas moradas.



Flávio Crepaldi

Flavio Crepaldi é casado e pai de 3 filhas. Especialista em Gestão Estratégica de Negócios, graduado em Produção Publicitária e com formação em Artes Cênicas. É colaborador na TV Canção Nova desde 2006 e atualmente cursa uma nova graduação em Teologia com ênfase em Doutrina Católica.

28 de maio de 2018

Um compromisso para toda a vida

Conseguiremos levar a cabo a fidelidade de um compromisso por toda nossa vida quando nos empenharmos em ser melhores

A ideia do compromisso eterno pode nos provocar calafrios. Como poderíamos medir o infindável se nossa percepção de tempo está compreendida dentro de um calendário, montado e definido por homens, com 365 dias e formatados em 24 horas?

Foto ilustrativa: Paula Dizaró / cancaonova.com

Ficamos surpresos em conhecer casais que, numa idade em que a vitalidade de suas vidas esteja apoiada por muletas, ainda celebram suas bodas. Acreditar que nossos relacionamentos durarão por toda uma vida pode até nos trazer um sentimento de impossibilidade ao seu cumprimento, quando deparamos com a vulnerabilidade de nossa natureza humana. Conscientes de nossa fragilidade, entendemos que jamais poderíamos por nós mesmos atingir este objetivo, ainda que fosse por um período pré-determinado por homens e regido por um contrato.

Muitas pessoas se casam na expectativa de nunca viverem crises conjugais ou acreditam que jamais terão problemas com filhos ou amigos. Atritos, nem sempre leves, acontecerão na vida em família e em todas as outras esferas de nossos relacionamentos. E o desejo de rescindir o compromisso assumido não passará longe de nossas considerações quando emergirem as tensas dificuldades.

Dar um novo sabor à relação

Defrontamos com algumas situações de convivência que exigem de nós empenho e coragem para continuarmos a viver o propósito assumido, especialmente quando parecem estar sem sabor ou impossíveis de serem sustentadas. Nessas ocasiões, poderíamos apenas tolerar o outro para manter uma aparência favorável, mas estaríamos longe de um vínculo verdadeiro, digno daqueles que realmente se esforçam para ser melhores.

Uma cozinheira, como se não estivesse contente com aquilo que comumente faz, não hesita em acrescentar um condimento especial, seguindo sua intuição em querer fazer melhor uma determinada receita. Em nossas vidas, de maneira semelhante, devemos estar sempre prontos a realizar algo diferente do que a maioria normalmente tenderia a fazer. Acreditar que poderá surgir um novo sabor na relação vivida, mesmo depois de atritos, seria o "condimento especial" da eterna reconciliação à qual deveríamos acrescentar na receita da boa convivência.


Alguns poetas, lançando mão da liberdade da escrita e na tentativa de escapar do compromisso exigido por um relacionamento dinâmico e vivo, enquadram o sentido do eterno à fragilidade dos sentimentos fugazes, como justificaria Vinicius de Moraes: "Que seja eterno enquanto dure…"

Entretanto, diante da convidativa proposta de nossa fragilidade, precisamos lembrar que somente poderia nos propor a condição de um compromisso eterno Aquele que por natureza o é; e que tem o domínio de todas as coisas, inclusive de nossa limitada e débil natureza. Portanto, conseguiremos levar a cabo a fidelidade de um compromisso por toda nossa vida, quando nos empenharmos em querer ser melhores e depositarmos a confiança em Deus que nos capacitará para assimilarmos e ultrapassarmos os golpes contrários que surgirão com relação a esse propósito.

Deus abençoe.



Dado Moura

Dado Moura trabalha atualmente na  Editora Canção Nova, autor de 4 livros, todos direcionados a boa vivência em nossos relacionamentos. Outros temas do autor estão disponíveis em www.meurelacionamento.net twitter: @dadomoura facebook: www.facebook.com/reflexoes

25 de maio de 2018

Confie, sempre existe uma Palavra para cada momento

'Não só de pão é que se vive, mas de toda palavra que sai da boca de Deus'. (Mt 4,4)

Essa é a resposta de Jesus à primeira das três tentações que ele sofreu no deserto, depois de ter jejuado "quarenta dias e quarenta noites". E é a mais elementar das tentações, a fome. Justamente por isso, o tentador aproveita a ocasião para propor a Jesus que se utilize de seus próprios poderes para transformar as pedras em pão. Que mal existiria no fato de satisfazer uma necessidade própria da condição humana? Jesus, porém, percebe a armadilha que está por trás daquela proposta: a sugestão de instrumentalizar Deus, pretendendo que Ele se coloque somente a serviço das nossas necessidades materiais. No fundo, o tentador quer levar Jesus a uma atitude de autonomia e não de abandono filial ao Pai. Eis, portanto, a resposta de Jesus, que é também uma resposta a todos os nossos porquês diante da fome no mundo, e também à reivindicação cada vez mais dramática de milhões de seres humanos que necessitam de alimento, de casa, de roupas. Ele, que alimentará as multidões com o milagre da multiplicação dos pães, e que fundamentará o juízo final também no ato de dar de comer aos que têm fome, nos diz que Deus é maior que a nossa fome e que a sua Palavra é o nosso principal e essencial alimento.

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Foto ilustrativa: 4maksym by Getty Images

"Está escrito: 'Não só de pão é que se vive, mas de toda palavra que sai da boca de Deus'."

Jesus apresenta a Palavra de Deus como pão, como alimento. Este pensamento, esta comparação de Jesus nos ajuda a entender como deve ser o nosso relacionamento com a Palavra. Mas, afinal, como podemos nos alimentar da Palavra? Se, antes de ser o que é, o grão é semente, depois se torna espiga e finalmente pão, assim a Palavra é como uma semente plantada em nós que deve germinar; é como um pedaço de pão que é comido, assimilado, transformado em vida da nossa vida.

A Palavra de Deus, o Verbo pronunciado pelo Pai e que se encarnou em Jesus, é uma presença de Deus entre nós. Cada vez que acolhemos e procuramos colocar a Palavra em prática é como se nós nos alimentássemos de Jesus. Se o pão nos alimenta e nos faz crescer, a Palavra nos nutre e faz crescer o Cristo em nós, nossa verdadeira personalidade. Uma vez que Jesus veio à Terra e se fez nosso alimento, não pode ser mais suficiente um alimento natural como o pão. Precisamos do alimento sobrenatural que é a Palavra para crescer como filhos de Deus.

"Está escrito: 'Não só de pão é que se vive, mas de toda palavra que sai da boca de Deus'."

A natureza deste alimento – a Palavra – é tal que se pode dizer dele o que se diz de Jesus na Eucaristia que, quando dele nos alimentamos, ele não se transforma em nós, mas somos nós que nos transformamos nele, porque somos, de certo modo, assimilados por ele. Portanto, o Evangelho não é um livro de consolação onde nos refugiamos unicamente nos momentos dolorosos, mas sim o código que contém as leis da vida, leis que não devem ser apenas lidas, mas assimiladas, "comidas" com a alma e, assim, elas nos fazem semelhantes a Cristo em cada momento da vida. Podemos nos tornar outros Jesus atuando plenamente e ao pé da letra a sua doutrina. As suas Palavras são Palavras de um Deus, cheias de uma força revolucionária, inimaginável.

Logo, devemos nos alimentar da Palavra de Deus. E, assim como hoje o alimento necessário para o corpo pode ser concentrado numa única pílula, também nós podemos nos alimentar de Cristo vivendo a cada momento uma única Palavra do Evangelho, porque em cada uma de suas Palavras Jesus está presente. Existe uma Palavra para cada momento, para cada situação da nossa vida. E é a leitura do Evangelho que poderá nos revelar cada uma delas. Então, por amor a Deus, vivamos agora o amor ao próximo que é um concentrado de todas as Palavras.

Fonte: www.focolares.org.br