16 de dezembro de 2013

A importância do Amor


"Encontrar-se face a face com Deus.

Contemplá-lo também no rosto do homem e restituir um rosto humano do homem desfigurado. Eis uma única e mesma luta. A do amor. Sem amor, do que serve a fé?

Para que serve também dar o nosso corpo às chamas?
Não...
Em nossas lutas, nada é importante. A não ser perder o AMOR.

Existe um espaço entre a cabeça e o coração, esse espaço pode ser inimigo ou não.

É um caminho estranho que a gente percorre, e muitas vezes nele não encontra solução.

É que o coração só sabe dizer sim e a cabeça teima em dizer não.

Nesse espaço existe uma guerra silenciosa, uma guerra branca, fingida , que vai deixando feridas.

A guerra é fingida porque a cabeça sabe que o coração tem razão, mas ela insiste em dizer sempre não.

...e o coração vai ficando cansado, vai se recolhendo no seu cantinho, caladinho, sofrendo e com raiva da cabeça teimosa, autoritária e dengosa.

O coração tem uma amiga fiel, a emoção, mas sempre perde nessa guerra, porque a cabeça anda colada com a razão, que é forte, destemida, parece até um furacão.

...mas existe esse espaço entre cabeça e coração, esse caminho espinhoso ou não...

e é desse caminho que vive o coração, na espera que a cabeça tropece, brigue com a razão e aceite humildemente a ajuda do coração. Existe esse caminho, quer queira ou não. E é dele, só por ele, que sobrevive o coração, caso contrário a cabeça já teria vencido essa terrível missão."


Fonte: http://www.catequisar.com.br/reflexaodiaria.htm

13 de dezembro de 2013

É tempo de rezar melhor

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Quem espera em Deus tudo espera

Uma das imagens mais lindas, carregadas de sentido humano e cristão, é da gravidez. Encanta-me encontrar, como acontece com frequência no ambiente amazônico em que vivo, casais que pedem a bênção para a esposa que se aproxima do parto da criança, acolhida como dom de Deus. É a festa da vida e da esperança, a teimosia positiva de pessoas que acreditam que filho não é trabalho, mas bênção divina. De fato, "os filhos são herança do Senhor, é graça sua o fruto do ventre. Como flechas na mão de um guerreiro são os filhos gerados na juventude. Feliz o homem que tem uma aljava cheia deles" (Sl 127, 3-5).

A Igreja, no tempo do Advento, assemelha-se a esta linda imagem humana, pois está grávida da graça e da presença salvadora de seu Senhor, Aquele que, um dia, voltará, e, certa como a aurora é a Sua vinda (cf. Os 6,3), Ele virá a nós de novo. "A Igreja deseja ainda, ardentemente, fazer-nos compreender que Cristo, assim como veio uma só vez a este mundo, revestido da nossa carne, também está disposto a vir de novo, a qualquer momento, para habitar espiritualmente em nosso coração com a profusão de Sua graça, se não opusermos resistência" (Cf. Cartas Pastorais de São Carlos Borromeu, bispo - Acta Eclesiae Mediolanensis, t. 2, Lugduni, 1683, 916-917). O "estado de gravidez" da Igreja, em tempo de Advento, traz consigo consequências para a vida dos cristãos, as quais queremos chamar de "Virtudes do Advento", como proposta para as pessoas e as comunidades.

O ponto de partida é a necessidade profunda do Redentor. Não somos capazes de nos redimir por nós mesmos e de oferecer um sentido profundo à existência. Há uma iniciativa gratuita de Deus, que vem ao encontro da humanidade (Cf. Juan Ordoñez Marques, Teologia y Espiritualidad del Año liturgico, pág. 213, BAC, Madrid, 1978). Nossa boa vontade humana é insuficiente. Carecemos de Deus, de Sua presença e de Seu amor salvador. Uma humanidade sem Cristo é decadente, escorrega para o vazio absoluto. Deus preparou Seu povo pelas gerações de homens e mulheres, dentre os quais se destacam os que, considerados pequeno resto dos pobres de Israel, permaneceram fiéis a promessas antigas. Também, hoje, diante das promessas do Senhor, que é fiel, multiplicam-se os que não duvidam de Sua Palavra.


A esperança é a virtude própria dessa gente, e queremos fazer parte dela! Quem a vive toma consciência da necessidade do Cristo que vem, abre-se para viver com fidelidade a Ele e aponta a bússola de sua vida para a eternidade, onde Deus será tudo em todos. Não espera apenas o dia de amanhã ou, quem sabe, uma visita que se anuncia, nem mesmo os eventuais benefícios que a vida oferece, mas espera o Senhor e espera tudo d'Ele.

Viver a virtude da esperança leva o cristão à oração diante da promessa de Deus. E oração cristã é feita com humildade, sinceridade, abertura à vontade de Deus e obediência a Ele. Rezar e rezar melhor é próprio do tempo do Advento. A melhor oração, deste período, é a participação na Santa Missa, acompanhando a liturgia de um tempo rico no mistério do Senhor. Depois, a oração em família, a Novena de Natal e a oração com a Bíblia na leitura orante da Palavra.

Quem espera no Senhor e tudo espera d'Ele, vive, desde já, o objeto de sua esperança, sendo fiel e responsável diante dos apelos do próprio Cristo. Como as gerações, que precederam a vinda do Salvador, viveram como se estivessem vendo o invisível, os cristãos de nosso tempo não podem deixar para amanhã o bem a ser feito. Sua fidelidade a Deus se manifesta na vivência da caridade, na experiência da partilha dos bens espirituais e materiais. É o sentido dos muitos gestos de "Natal sem fome" ou, entre nós, "Belém, a casa do pão", assim como a grande "Coleta para a Evangelização", que se realiza, em todo o Brasil, neste fim de semana. É tempo de contagiar a todos para que a generosidade seja experimentada e permaneça no ano que vai começar. É um grande laboratório de caridade, com o qual vale a pena se comprometer.

Quem começou tudo foi o próprio Senhor. O Natal é a suprema epifania daquilo que a Escritura chama de filantropia de Deus, Seu amor pelos homens: "Manifestou-se a bondade de Deus e seu amor pelos homens" (Tt 3, 4). Só depois de ter contemplado a "boa vontade" do Senhor para conosco, podemos ocupar-nos também da "boa vontade" dos homens, de nossa resposta ao mistério do Natal. Imitar o mistério que celebramos significa abandonar todo pensamento de fazer justiça sozinhos, toda lembrança de ofensas recebidas, suprimir do coração todo ressentimento com respeito a todos. Não admitir, voluntariamente, nenhum pensamento hostil contra ninguém, nem contra os próximos nem contra os distantes, nem mesmo contra os fracos ou os fortes, os pequenos ou grandes da terra, contra nenhuma criatura que existe no mundo. Isso para honrar o Natal do Senhor, porque Deus não guardou rancor, não olhou a ofensa recebida, não esperou que outro desse o primeiro passo até Ele. Se isso não é possível sempre, durante todo o ano, pelo menos o façamos no tempo do Advento e do Natal. Assim, o Natal que se aproxima será, realmente, a festa da bondade, da filantropia de Deus (Cf. Padre Raniero Cantalamessa, OFM Cap. – pregador da Casa Pontifícia, 24 de dezembro de 2007).

Para assim viver o Advento e o Natal que se aproxima, ressoa, neste período, o convite de São João Batista à conversão, à mudança de mentalidade, a qual pode ser traduzida numa corajosa revisão de vida para arrumar a casa do coração e buscar o sacramento da penitência.

Enfim, a Igreja, em tempo de Advento, convida os cristãos ao otimismo da fé, a qual se traduz na virtude da alegria, fruto da presença do Espírito Santo em nossos corações.

Vem de Deus a graça de que precisamos. Por isso, pedimos confiantes: "Ó Deus de bondade, que vedes o Vosso povo esperando fervoroso o Natal do Senhor, dai chegarmos às alegrias da salvação e celebrá-las com intenso júbilo na solene liturgia. Amém".


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Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.


Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=13385

11 de dezembro de 2013

Como devo me preparar para o Natal?

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Tudo na vida tem um real significado e valor

Como devo me preparar para o Natal? Charles Dickens, um famoso romancista inglês, escreveu certa vez o seguinte: "Honrarei o Natal em meu coração e tentarei conservá-lo durante todo o ano". Penso que ele estivesse certo, pois o Natal precisa novamente ser honrado. E isto com urgência, porque há muito tempo as pessoas foram simplesmente ignorando o real sentido do Natal. O Papa Francisco, durante a homilia da Missa que presidiu no último dia 2, não hesitou em afirmar à humanidade o verdadeiro significado do Natal: "O Natal é mais! Nós vamos por este caminho para encontrar o Senhor. O Natal é um encontro! E nós caminhamos para encontrá-Lo com o coração, com a vida, encontrá-Lo vivo, como Ele é, encontrá-Lo com fé". O Natal é um encontro. Que bela definição o Santo Padre nos deu! O Natal é um encontro com Jesus, o Menino Deus que traz consigo o segredo da verdadeira paz à alma humana ainda tão agitada. E neste encontro com Cristo, o Sumo Pontífice nos indica a oração, a caridade e o louvor como caminhos para uma boa preparação para o Natal.


Gostaria de deter-me neste primeiro caminho – o da oração - para vivenciarmos o Natal como aquilo que ele verdadeiramente é.

O mundo, nesta época, nos ensina que o Natal consiste em você caprichar na compra de presentes, fazer aquela ceia maravilhosa com ricas iguarias, ter o maior número possível de enfeites natalinos dentro de casa, chamar todos os parentes para uma confraternização social – mesmo que durante os outros 364 dias do ano vocês nem se falem mais! – e dar, além de tudo isso, umas generosas contribuições para as tais "caixinhas de Natal".

Tudo na vida tem um real significado e valor. O Natal é, sobretudo, o aniversário do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós para nos salvar. E grande parte da nossa sociedade, tão consumista e alienada, simplesmente celebra o aniversário ignorando o aniversariante!


Nós, cristãos, não estamos isentos de tal risco. Podemos cair no mesmo equívoco de celebrar esta grande festa ignorando o aniversariante que é Cristo. Para que isso não aconteça, segue o conselho constante que a Mãe de Jesus nos dá em Medjugorje: "Queridos filhos, rezem, rezem, rezem".

Preparemos o aniversário de Jesus com as nossas orações. Quando eu e você nos decidirmos a viver este Natal em oração, já estaremos começando a experimentar este encontro com o Menino Deus. É através da oração, desta busca de uma maior intimidade com Deus, que adentramos no castelo do Rei dos reis e nos livramos daquelas amarras de ressentimentos e lembranças amargas que nos oprimem e estragam o nosso Natal. Porém, não se iluda, meu irmão! Este "castelo" nos é revelado na pobreza da gruta de Belém, na qual o Trono de Graça se fez simples manjedoura e Aquele que detém todo poder e autoridade nas mãos manifesta-se na fragilidade de uma criança nos braços de Sua Mãe.

Somente aquele que reza consegue contemplar esses sinais escondidos que o mundo ainda não foi capaz de enxergar. Aquele que se decidir a viver o Natal em oração, com certeza, viverá um Natal mais santo, renovado e feliz. Pois o homem que reza jamais se encontra sozinho. Ele é semelhante àqueles Reis Magos que caminhavam por terras desconhecidas sob a guia de uma estrela. A luz que vinha do Alto os direcionava. O mesmo acontece com a alma orante: ela é sempre conduzida pelo Céu e para o Céu.

Que tal fazermos esta maravilhosa experiência neste tempo? Prepare-se bem para o Natal através da oração. Não deixe para rezar somente no Dia de Natal. Comece antes! Comece agora: um Santo Terço em família, ler na Bíblia as verdadeiras histórias do Natal para seus filhos, participar bem das Santas Missas durante este tempo, fazer uma boa Confissão e, nos últimos dias do Advento, rezar a Novena de Natal com os seus.

Enfim, deixe que a força da oração o guie em direção à gruta de Belém. Ali, você contemplará o Filho de Deus que se fez um de nós, e aprenderá que o Natal é a oportunidade que a humanidade tem de recordar que o verdadeiro amor consiste em doar-se até o fim com humildade e simplicidade. Ali, naquela manjedoura construída pela paz em seu coração, você poderá admirar o sorriso do Menino Jesus. E diante desse singelo sorriso, é impossível que a alma humana permaneça sofrendo na dor e na solidão!

Desejo a você e a sua família um Natal diferente dos anos anteriores: um Natal preparado em oração, um Natal que marque definitivamente este tempo novo de recomeços e retomadas na sua vida.

Um abraço fraterno!


Alexandre Oliveira
Missionário da Comunidade Canção Nova


Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=13383

9 de dezembro de 2013

As Imagens de Ozanam

Sabemos que “São” Frederico Ozanam sofreu muito nos últimos 06 anos de sua de sua vida, devido a um problema renal que acabou levando-o a morte.

Essas duas imagens mostram bem a fisionomia deste “santo”, que mesmo sentindo fortes dores não desistiu de assistir aos mais carentes e de aumentar a rede de caridade com que sonhou desde o início da Sociedade de São Vicente de Paulo.

Que essas duas imagens sirvam para nos mostrar a dedicação e perseverança do nosso fundador e também estímulo para nós em nossa caminhada vicentina.

Figura 01


Tudo bem com ele. Semblante Alegre.

Figura 02


Após vários meses com problema renal. Semblante Carregado.

 

Se tudo isso faz sentido pra você, confrade e consocia, vamos juntos confiar na SANTIDADE DESSE CARA. A Igreja somente santificará, santos com devoção popular. Confie em “São” Frederico Ozanam e peça a sua interseção.

Fiquem todos com Deus.

Cfd Mago Rabelo

Deus, onde estás?

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No Natal, muitos se lembram do Papai Noel, mas se esquecem de Jesus

Em tempos de Advento, de preparação para as festividades do Natal, do nascimento de Jesus Cristo, fica uma pergunta que provoca nos cristãos certa perplexidade: "Onde estás?" (Gn 3,9). Onde está Jesus Cristo dentro do contexto natalino, se Ele não é mais o foco a ser celebrado? As atenções não se voltam mais para a espiritualidade cristã.


Os dados da cultura revelam, tendo em conta os inúmeros erros cometidos, que as pessoas se escondem de Deus. Elas fazem de tudo para anulá-Lo, porque Sua presença implica responsabilidade, cobrança e seriedade na realização das coisas. A presença do Senhor é entendida como aquilo que dificulta o uso da liberdade, por não poder agir de qualquer jeito.

Não é muito diferente no Natal. Jesus Cristo tem sido menos conhecido e menos citado como o Menino de Nazaré do que a imagem comercial do Papai Noel. Não importa o coração, a transformação interior e uma espiritualidade renovada, mas o envolvimento do comércio, o faturamento e o presente material como preocupação primeira.

Eliminando Jesus Cristo do Natal, aumentamos a distância entre o Criador e a criatura. Com isso, as pessoas tornam-se donas de si mesmas, tendendo a se tornarem deusas para si. Assim, pode cair por terra toda dimensão ética, o senso de responsabilidade em relação aos outros e à própria natureza. É a perda de referenciais.

Deus, onde estás? Era a preocupação dos antepassados, vendo n'Ele a realização de um projeto, tendo as pessoas como seus colaboradores. É um projeto que continua, hoje, e reflete as ações da cultura, da ciência e do desenvolvimento da sociedade. Mas o Autor do projeto tem sido pouco percebido e até forçado a estar distante para não dificultar.

No espírito do Natal, todos nós somos chamados a um caminho de perfeição, de sintonia com aquilo que é capaz de proporcionar felicidade completa. Isso, dificilmente, vai acontecer sem assentimento e confiança em Deus. É uma conquista, com grande determinação, seguindo o exemplo de muitos na doação de vida.

Dom Paulo Mendes Peixoto 

4 de dezembro de 2013

Amar é construir alguém querido

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O amor, quando autêntico, é capaz de superar tudo

Normalmente, é no próprio círculo de amizades e nos ambientes de convívio que os namoros começam. Para namorar, você precisa procurar alguém nos lugares onde as pessoas vivem os mesmos valores que são importantes para você. Se você é cristão, então, procure uma pessoa entre famílias cristãs, ambientes cristãos, grupos de jovens etc.


O namoro começa com uma amizade, a qual pode ser um "pré-namoro" que vai evoluindo. Não mergulhe de cabeça num namoro, só porque você ficou "fisgado" pelo outro. Não vá com muita sede ao pote, porque você pode quebrá-lo.

Nunca se esqueça de que o mais importante é "invisível aos olhos".

Aquilo que você não vê - o caráter da pessoa, a sua simpatia, o seu bom coração, a sua tolerância com os outros, as suas boas atitudes etc. - são coisas que não passam, o tempo não pode destruí-las. 

A sua felicidade não está na cor da sua pele, no tipo do seu cabelo nem na altura do seu corpo, mas na grandeza da sua alma. Ao escolher o namorado, não se prenda apenas à aparência física, mas desça até as profundezas da alma dele e busque lá os seus valores. Há uma velha música, dos meus tempos de garoto, que dizia assim: "Quem eu quero não me quer, quem me quis mandei embora; por isso já não sei o que será de mim agora".

Será que você não "mandou embora" quem, de fato, o amava e poderia tê-lo feito feliz? Lembre-se: paixão não é amor. Se você encontrou uma pessoa que satisfaça os valores "mais essenciais", não seja muito exigente naquilo que é secundário. Você terá de aprender a ceder em alguns pontos, repito, não essenciais.

Há um ditado que diz: "Quem tudo quer, tudo perde". Se você for "hiperexigente", poderá ficar só. Muitas vezes, aquele que escolhe muito acaba sendo o último contemplado. Não force um namoro quando o outro não o quer. Se você forçar a situação, o relacionamento não será maduro nem duradouro. Não tente "segurar" o seu namorado junto de você pelo sexo ou por meio de outras chantagens. Namoro não é momento de viver a vida sexual. Espere o casamento.

Certa vez, o Governo fez uma campanha para reduzir o número de acidentes de automóveis e usou este "slogan": "Não faça do seu carro uma arma, a vítima pode ser você!". Posso plagiar esta frase e lhe dizer com toda a segurança: "Não faça do seu corpo uma arma, a vítima pode ser você!".

Ao escolher com quem namorar, não deixe de lado alguns aspectos como idade, nível social e cultural, situação financeira, religião etc.

Uma diferença de idade muito grande entre ambos pode ser uma dificuldade séria, especialmente se a mais idosa for a mulher. O amor, quando é autêntico, é capaz de superar tudo, mas isso será uma pedrinha a mais no sapato dos dois.

A diferença de nível social e financeiro também pode ser uma dificuldade a mais, mesmo que possa ser vencido por um amor autêntico entre ambos.

Um rapaz culto e estudado pode ter sérias dificuldades para relacionar-se com uma moça sem estudos. Também a diferença de religião deve ser evitada, pois será um entrave para o crescimento espiritual do casal; especialmente na hora de educar os filhos. Na hora de escolher alguém, você precisa ter claro os valores fundamentais para a sua vida toda.

Há coisas que são mutáveis, mas outras não o são.Você pode ajudar sua namorada a estudar e chegar ao seu nível cultural – e isso é muito bonito –, mas será difícil fazê-la mudar de religião se ela for convicta da fé que recebeu dos pais.

O namoro existe para que você perceba essas coisas e jamais reclame que se casou enganado. Isso ocorre com quem não leva o namoro a sério. Se você não namorar bem hoje, não reclame, amanhã, de ter se casado mal ou com quem não deveria; a escolha será sua.

Sobretudo, lembre-se de que você nunca encontrará alguém perfeito para namorar, mesmo porque "amar é construir alguém querido, não querer alguém já construído."

Texto extraído do Livro – Namoro

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Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br


Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=13374

2 de dezembro de 2013

Orientações da Igreja aos casais de segunda união

Na Exortação Apostólica do Papa João Paulo II, a "Familiaris Consortio" (Sobre a Família), o saudoso Papa polonês deixou orientações claras, da Igreja, sobre esses casais. São pessoas divorciadas que contraíram nova união fora da Igreja. 

O Pontífice pediu que eles "não se considerem separados da Igreja, podendo, e devendo, enquanto batizados, participar na sua vida. Sejam exortados a ouvir a Palavra de Deus, a frequentar o Sacrifício da Missa, a perseverar na oração, a incrementar as obras de caridade e as iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para assim implorarem, dia a dia, a graça de Deus. Reze por eles a Igreja, encoraje-os, mostre-se mãe misericordiosa e sustente-os na fé e na esperança" (n.83). São palavras claras.

Mas o Santo Padre deixa claro o seguinte: "A Igreja, contudo, reafirma a sua práxis, fundada na Sagrada Escritura, de não admitir à Comunhão Eucarística os divorciados que contraíram nova união. Há, além disso, um outro peculiar motivo pastoral: se se admitissem estas pessoas à Eucaristia, os fiéis seriam induzidos em erro e confusão acerca da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimônio".

E explicou que só poderiam se confessar e comungar, "quando o homem e a mulher, por motivos sérios - por exemplo, a educação dos filhos - não se podem separar, «assumem a obrigação de viver em plena continência, isto é, de abster-se dos atos próprios dos cônjuges». João Paulo II proíbe os pastores, por qualquer motivo ou pretexto, mesmo pastoral, de fazer, em favor dos divorciados que contraem uma nova união, cerimônias de qualquer gênero, porque estas dariam a impressão de celebração de novas núpcias sacramentais válidas, e consequentemente induziriam em erro sobre a indissolubilidade do matrimonio contraído validamente. E termina afirmando que "mesmo aqueles que se afastaram do mandamento do Senhor e vivem agora nesse estado, poderão obter de Deus a graça da conversão e da salvação se perseverarem na oração, na penitência e na caridade".

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) repete esta mesma orientação nos parágrafos 1651 e seguintes. O Papa Bento XVI confirmou esse ensinamento. Esses casais podem e devem verificar se o primeiro casamento deles foi válido. Se for o caso podem entrar com a Petição no Tribunal da Igreja para solicitar a Declaração de Nulidade de seus casamentos. Muitas são as razões que podem levar o Tribunal a declarar a nulidade de um casamento. Como recomendou o Papa João Paulo II esses casais não devem se afastar da Igreja, e devem pedir a Deus, sem cessar, a graça de resolverem essa situação. E que as comunidades os ajudem.

Felipe Aquino