16 de janeiro de 2009

Amar é: voltar a ser especial

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Dizer que amamos alguém é muito mais que expressar o que sentimos

Dizer que amamos alguém é muito mais que expressar o que sentimos; é deixar claro para a outra pessoa que estamos dispostos a realizar todas as coisas para fazê-la feliz ao nosso lado. Embora o amor seja definido como um sentimento, a manifestação dessa emoção é traduzida em gestos e atitudes. Isso se aplica também ao amor entre irmãos, pais, filhos, colegas... e em nada esse "bem-querer" se difere – em intensidade – da manifestação vivida entre homens e mulheres decididos a viver o desafio da vida comum compartilhada.

Quanto mais convivemos com as pessoas, tanto maior é o nosso conhecimento a respeito delas. Assim, apesar de manifestarmos e dizermos por várias vezes que amamos alguém, também estamos sujeitos a outros sentimentos, como raiva, medo, inclusive, certa insatisfação, mesmo que seja por alguns momentos. Da mesma maneira que a febre no organismo pode indicar infecção, as possíveis insatisfações no relacionamento são indicadoras de uma situação que merece atenção especial.

Ninguém reclama da falta de alguma coisa sem antes ter experimentado suas vantagens. Sabemos o quanto é bom ter a atenção e o carinho de alguém voltados para nós; todavia, muitas vezes, no convívio do dia-a-dia ou tomados por outros afazeres, deixamos de lado coisas simples, mas de grande importância para a manutenção do casamento. Hábitos que anteriormente eram comuns no tempo de namoro ou no início da vida conjugal, infelizmente se tornaram raros por parte de um dos cônjuges, ao longo dos anos, como passear de mãos dadas, trocar beijos e carinhos, assim como outras afabilidades no tratamento.

Ao deparar com a rarefação dos carinhos e das delicadezas, anteriormente presentes na vida dos casais, pode-se achar que o relacionamento conjugal está fadado à mesma rotina de outros – muitos dos quais não podem nos servir de modelo. No entanto, não podemos permitir que os problemas e as insatisfações manifestadas roubem de nós a pessoa amada. O descaso às queixas do cônjuge acabará por extinguir da vida do casal aquilo que foi objeto da reclamação. Antes melhor denunciar aquilo que é de desagrado.

Tentar acostumar-se com a situação, ridicularizá-la ou responder com sarcasmo ao que foi relatado, apenas provoca feridas e pode provocar consequências desastrosas para aqueles que, até pouco tempo, eram cúmplices em seus propósitos. Portanto, uma vez conhecidos os entraves da convivência, não podemos nos comprometer somente com promessas de mudança, pois estas precisam ser assumidas com atitudes.

Assim, revigorados pela disposição em voltarmos a ser especiais ao outro, evitaremos que os muros das superficialidades e do individualismo surjam no campo dos sentimentos, nos quais paredes jamais podem existir.

Comentários deste e outros de artigos no podcast 'Relacionamentos'

Um abraço,

Foto Dado Moura
dado@dadomoura.com

12 de janeiro de 2009

A atitude do bem

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Ser humilde é a principal característica de quem entendeu o Amor

Estamos sempre à espera que o semelhante nos faça somente o bem. Em todos os lugares, em várias circunstâncias, ao depararmos com outras pessoas, esperamos uma boa recepção, a aprovação social, o melhor lugar, etc. Muitas vezes, até de familiares e amigos mais próximos, gestamos a expectativa de adquirir sua melhor acolhida, o que nem sempre acontece.

Há no ser humano uma inclinação em querer o melhor para si. E nos sentimos injustiçados ou inocentes quando isso não acontece. Esquecemos, por um momento, que também a outra pessoa deseja e pode estar disposta a lutar, se for preciso, por um lugar privilegiado. Também os apóstolos discutiam quem entre eles seria o maior.

Desculpamo-nos muitas vezes por não fazermos o bem, por não sermos correspondidos favoravelmente num contato, devolvendo ao indiferente ou aquele que nos agride uma atitude recíproca a que ele nos dispensou. Talvez o pecado original seja o principal responsável por tais atitudes em nós.

O lado humano e as primeiras impressões de justiça e amor-próprio gritam dentro de nós. Também a tentação de nos comparar, na situação, uns com os outros, justificaria a sensação de injustiça. "Porque ele pode e eu não?" Por mínima que seja a atitude de desaprovação, já imaginamos: "O que fiz para essa pessoa?" ou então: "Que falta de consideração!", ou ainda: "Nem me notou!" Pensamentos assim nos detêm na capacidade de responder diferente.

A consciência e a vontade de querer ir além das mazelas humanas devem ser maiores. O que levou o outro a querer o melhor só para si esquecendo-se da fadiga e do cansaço alheio? Com certeza se descobríssemos seus infortúnios vida afora, ainda que menores que os de outros, veríamos sua atitude de forma diferente, olharíamos com piedade e entenderíamos seus limites. Por incrível que pareça, se quisermos a consideração das pessoas, ou melhor, para revertermos qualquer situação difícil em algo favorável, devemos deixar exalar do nosso interior o bem que queremos receber dos outros.

O bem que aprendemos dos que nos amam incondicionalmente é o que muda e converte o coração dos que nos são indiferentes. Como alguém pode aprender a amar se não há quem o ensine e lhe dê exemplo? A resposta na mesma moeda não tem valor quando se trata da conquista de um coração!

Supere você as expectativas do outro. É Nosso Senhor Jesus Cristo que nos ensina a agir acima da simples sombra da justiça humana e a pensar segundo a misericórdia divina. "Até os pecadores prestam ajuda aos pecadores, para receberem o equivalente. Amai vossos inimigos, fazei o bem e prestai ajuda sem esperar coisa alguma em troca" (Lc 6, 34-35).

Não ter uma imagem elevada de si mesmo e nunca contar com a total atenção e serviço de todos alimenta a humildade. Ser humilde é a principal característica de quem entendeu o Amor, e o Amor esvaziou-se de si e se entregou a cada um de nós. Sigamos o exemplo d'Ele para encontrar a felicidade eterna. Amar e ensinar a amar, essa é a nossa vocação! Deus o abençoe.

Sandro Ap. Arquejada - Missionário da Canção Nova
sandroarq@geracaophn.com

7 de janeiro de 2009

A crise esta aí; Deus também está

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Deus é maior do que todas as crises mundiais e financeiras

Hoje, Deus quer falar sobre a necessidade de você ser um homem e uma mulher incendiados no fogo do Espírito Santo. Ouvimos em todas as mídias seculares (Rádio, TV e Internet) que 2009 será um ano de crise, um ano difícil. As projeções são de crise financeira, que vai desencadear crises familiares, pois, sem dinheiro para comprar as coisas necessárias para a casa, marido e mulher entram em pé de guerra.

Humanamente falando, ficamos preocupados com o futuro do mundo e das nossas vidas. Mas nós cristãos não podemos nos deixar levar por essa onda de incertezas e de medo. Eu digo para você, em nome de Jesus, que 2009 será uma bênção para aqueles que confiam no Senhor!

Precisamos nos colocar na fé. Se todo mundo disser que o ano será difícil, você diz o contrário. Mergulhe na bênção. Temos de confiar que 2009 não será um inferno econômico, mas uma bênção para os filhos de Deus.

Na Bíblia, existem cerca de 30 mil promessas de Deus, promessas de prosperidade, felicidade e alegria. Nenhuma crise vai tirar de nós essas promessas do Senhor. No entanto, elas só são cumpridas no coração daqueles que crêem. Agarre-as!

O Espírito Santo precisa estar com você o tempo todo, porque é Ele quem vai manter reavivada a sua fé. Ou você crê ou você não crê. Tome posse dessa verdade: 2009 será um ano de graça. Não caia na incredulidade.

Você precisa ser realista; não alienado. Precisamos crer no invisível, não no visível. Deus é maior do que todas as crises mundiais e financeiras. Deus não vai abandonar você. Precisamos nos organizar para receber a bênção.

No Evangelho de São Mateus 15, 29-39, encontramos:

"Jesus saiu daquela região e voltou para perto do mar da Galiléia. Subiu a uma colina e sentou-se ali. Então numerosa multidão aproximou-se dele, trazendo consigo mudos, cegos, coxos, aleijados e muitos outros enfermos. Puseram-nos aos seus pés e ele os curou, de sorte que o povo estava admirado ante o espetáculo dos mudos que falavam, daqueles aleijados curados, de coxos que andavam, dos cegos que viam; e glorificavam ao Deus de Israel. Jesus, porém, reuniu os seus discípulos e disse-lhes: Tenho piedade esta multidão: eis que há três dias está perto de mim e não tem nada para comer. Não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho. Disseram-lhe os discípulos: De que maneira procuraremos neste lugar deserto pão bastante para saciar tal multidão? Pergunta-lhes Jesus: Quantos pães tendes? Sete, e alguns peixinhos, responderam eles. Mandou, então, a multidão assentar-se no chão, tomou os sete pães e os peixes e abençoou-os. Depois os partiu e os deu aos discípulos, que os distribuíram à multidão. Todos comeram e ficaram saciados, e, dos pedaços que restaram, encheram sete cestos. Ora, os que se alimentaram foram quatro mil homens, sem contar as mulheres e as crianças. Jesus então despediu o povo, subiu para a barca e retornou à região de Magadã".

Essa passagem fala sobre a segunda multiplicação dos pães. Quanto mais a crise apertar, mais Jesus vai se manifestar. Ele quer realizar prodígios, milagres e sinais. Não tenha medo, Ele vai cuidar de você. Ele proverá o necessário para você e sua família. "Deus provê, Deus proverá, sua misericórdia não faltará".

É preciso organizar-se para que a bênção chegue até você. Semeie fé e colha fé em 2009. Não podemos ficar dispersos como as outras pessoas, não podemos nos desesperar com essa crise financeira mundial. Não faltará nada para você e, se faltar, peça a Deus a graça da fé para enxergar o motivo dessa falta. Às vezes, ela pode ser para o nosso amadurecimento no amor do Senhor e na esperança.

Humanamente falando, passaremos por um "vale escuro", então, precisamos andar com os olhos da nossa fé. Precisamos mostrar para o mundo que confiamos em Deus, por isso, não tememos nada. Não se desespere, o Senhor está criando novos céus e nova terra. Mesmo que você esteja no "vale escuro", agarre as promessas de Deus para você.

O seu Ano Novo será diferente se você deixar o Senhor ser o centro da sua casa.

Flavinho - Com. Canção Nova

30 de dezembro de 2008

Não pare nos limites, detenha-se nas oportunidades

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Aquele que cria oportunidades, está contigo

Quero voar… não posso!

Quero me bilocar… não posso!

Quero ficar invisível… não posso!

E você?

Bem-vindo aos limites humanos, ele é a incapacidade de agir, é a dificuldade de superar a si mesmo em questões do dia-a-dia. Romper esse processo significa acreditar em você e, acima de tudo, em um Deus que é ilimitado.

Quando olho para Jesus, fascino-me com seus limites. Limite que O fez chorar quando seu amigo Lázaro morreu. Limite que O fez quebrar aquelas bancas dos vendedores que estavam no templo provando o limite de ser gente. Limite de Jesus que se sentiu abandonado pelo Pai naquela tarde do calvário.

Quando olho para mim, também me vejo com limites. Limites no poder ou não poder, no agir ou não agir, nos propósitos e nas realizações. Mas vejo também que sou visitado nestas horas pelo Ilimitado.

Um Deus tão grande que se fez pequeno, limitado. Isso, só o Ilimitado pode realizar. Um Deus que, ao se encarnar nos limites da carne, quis entender (entrar na tenda) como era ser gente para, desta forma, aproveitar todas as oportunidades que porta meu limite.

Toda pessoa tem obstáculos na vida com complexidades diferentes, que resultam em ações diferenciadas em nosso comportamento.

A complexidade da situação que enfrentamos gera um pensamento e um obstáculo imediato. É nesta hora que mais podemos encontrar Deus, pois 'quando somos fracos, é que somos fortes'. Em minhas fraquezas, vejo e contemplo um Deus que não desiste de mim, mas que acredita quando ninguém mais acredita. Força que brota do poder de Deus.

Não sei quais são seus limites e fraquezas, mas posso dizer: "Aí está Deus, Aquele que cria a oportunidade de se encontrar contigo".

Não pare no limite, mas se detenha na oportunidade de Deus!

Foto Adriano Gonçalves
adriano@geracaophn.com

24 de dezembro de 2008

Por que sofremos?

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Precisamos em determinadas situações sermos radicais conosco

Hoje estava pensando por que SOFREMOS?

Talvez muitos possam me achar louco ou doido. Pensar no Sofrimento? Coisa de "retardado".

Sofremos porque queremos fazer as coisas do nosso jeito e não damos chance para que Jesus Cristo faça. Queremos que tudo seja do nosso jeito: eu faço, eu arrumo, eu quero assim e vou fazer assim. De repente nos deparamos com a dor e ai vem os sofrimentos. Tudo saiu errado porque não demos a chance para que Deus fizesse do seu jeito. Tudo precisa ser do nosso jeito e não do jeito de Deus. Portanto, sofremos muitas vezes porque queremos.

Hoje, fui levado a estes pensamentos, talvez , por ter ido a um hospital ministrar o Sacramento da Unção dos Enfermos a uma senhora de minha paróquia, a qual, encontra-se gravemente na UTI, toda entubada. Seu caso grave, devido a uma pneumonia, e tudo isto gerado mais devido a quantidade de cigarros que esta fumava. Talvez isto não estivesse acontecendo se ela tivesse ouvido os médicos e procurado parar de fumar. Lembro-me de uma vez ela mesma ter me dito," padre não consigo deixar isto", enquanto me mostrava o cigarro entre os dedos. Hoje enquanto rezava e ministrava a unção para ela pensava comigo, talvez esta situação estivesse sendo diferente se ela tivesse esforçado mais.

Ás vezes em nossa vida é preciso acontecer coisas muito dolorosas para que mudemos de VIDA E DE ROTA. E uma delas é o sofrimento. Sei que devidas situações são dificeis de abandonar da noite para o dia, mas é necessário esforço, luta, sangue, suor e lágrimas para conseguirmos e então podermos sair do sofrimento e experimentar a Vida e a Alegria.

O Esforço faz parte e a luta tem de ser radical. Precisamos em determinadas situações sermos radicais conosco. É como "domar" um cavalo bravo. O fazendeiro para domar o cavalo leva dias e dias, até torná-lo mansinho e sereno que até uma criança poderá montá-lo que ele nem chacoalhar irá. Ao passo que, enquanto está bravo é capaz de matar a mesma criança com um só coice. Penso que o mesmo deve acontecer conosco, precisamos como o fazendeiro lutar, exporear, puxar as rédeas até que o "cavalo interior" sinta-se vencido e dê-se por encerrado a sua braveza e então podermos caminhar sossegado sobre ele. Tudo isto para que? Para que não tenhamos sofrimentos maiores e profundos mais tarde.

Há uma Esperança, se lutarmos e manter-nos firmes, Deus em sua profunda misercórdia é justo e fiel e nos dá a nova chance para sairmos do sofrimento e experimentar dai a Vida Nova.

Enquanto rezava minhas orações da noite, as Completas, da liturgia das Horas o Salmo 85 dizia o seguinte que partilho com você os versiculos seguintes: " Vós, porém, sois clemente e fiel… sois amor, paciência e perdão. Tende pena e olhai para mim! Confirmai com vigor vosso servo, de vossa ser o filho salvai. Concedei-me um sinal que me prove a verdade do vosso amor." (Sl. 85,15-17).

Que Deus nos conceda a graça de mudar a Rota da nossa Vida e experimentar a Alegria de ter passado pelo Sofrimento e Vencido!

Pe. Jurandir
Comunidade CN Aliança.

22 de dezembro de 2008

A importância da participação da Missa na paróquia

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A Igreja paroquial é minha casa, é o meu núcleo de fé e vida.

Domingo é o dia do Senhor. São João Maria Vianey dizia: "Um Domingo sem Missa é uma semana sem Deus". A nossa fé nos agrega numa grande família que é a Igreja, de maneira mais particular a Paróquia, onde eu coloco em prática a minha fé. Lá é onde eu recebo o suporte necessário para crescer na formação humana, na espiritualidade e em todos os tesouros sacramentais para minha salvação. A Igreja paroquial é minha casa, é o meu núcleo de fé e vida.

Tomemos por modelo os cristãos das primeiras comunidades: "Os que receberam a sua palavra foram batizados. Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações" (cf. Atos 2, 41-42).

Assim como eu preciso fazer uma experiência com Cristo para segui-lo, eu também preciso fazer uma experiência com a comunidade de fé, que é a Igreja, a portadora do depósito da fé, a extensão do grande corpo de Cristo e da qual eu sou membro. A comunidade é necessária para que a minha fé não seja estéril, morta, sem obras. Na comunidade paroquial, eu faço uma experiência de vida fraterna que faz toda a diferença no mundo de hoje. Na experiência dos apóstolos, o Domingo tem lugar especial por se tratar do dia da ressurreição do Senhor. No início, quando eles não tinham igrejas e eram perseguidos, eles celebravam em suas próprias casas. É isso que nós cristãos, hoje, somos chamados a resgatar: o sentido de casa de nossas paróquias, casa de comunhão e fé, ressurreição e vida.

Lembro-me, com muito carinho, da minha "paróquia mãe", a Catedral de Sant'Ana. Logo depois que eu encontrei Jesus e d'Ele recebi a Vida Nova, engajei-me na minha paróquia por meio do grupo de jovens, da Legião de Maria e da Missa Dominical, que não perdia por nada deste mundo; era por amor, era de coração. A partir daí, vieram a Direção Espiritual com o vigário Monsenhor Jessé Torres, a vida de oração e a vocação ao sacerdócio. Veja quantas riquezas a paróquia pôde me oferecer! Mas não posso me esquecer das desculpas imaturas de que não precisava ir à casa de Deus para encontrar o Senhor, que podia rezar em casa, pois Deus está em todo lugar e lá não se vê tanto testemunho, etc. Essas idéias acabaram quando fui crescendo no verdadeiro sentido de ser Igreja: "Eu sou e também faço a Igreja; sou discípulo de Jesus Cristo e estou neste caminho por Ele em primeiro lugar.

D.40.1 Celebração dominical, centro da vida da Igreja:

§2177 A celebração dominical do Dia do Senhor e da Eucaristia está no coração da vida da Igreja. "O domingo, dia em que por tradição apostólica se celebra o Mistério Pascal, deve ser guardado em toda a Igreja como a festa de preceito por excelência."

"Devem ser guardados igualmente o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania, da Ascensão e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, de Santa Maria, Mãe de Deus; de sua Imaculada Conceição e Assunção, de São José, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e, por fim, de Todos os Santos".

Domingo primeiro dia da semana

§1166 "Devido à tradição apostólica que tem origem no próprio dia da ressurreição de Cristo, a Igreja celebra o mistério pascal a cada oitavo dia, chamado, com razão, o Dia do Senhor ou domingo". O dia da ressurreição de Cristo é, ao mesmo tempo, "o primeiro dia da semana", memorial do primeiro dia da criação, e o "oitavo dia" em que Cristo, depois de seu "repouso" do grande sábado, inaugura o dia "que O Senhor fez", o "dia que não conhece ocaso". A Ceia do Senhor é seu centro, pois é aqui que toda a comunidade dos fiéis se encontra com o Ressuscitado, que Os convida a seu banquete: O dia do Senhor, o dia da ressurreição, o dia dos cristãos, é o nosso dia, pois foi, nesse dia, que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai. Se os pagãos o denominam dia do sol, também nós o confessamos de bom grado, pois, hoje, levantou-se a luz do mundo; hoje, apareceu o sol de justiça, cujos raios trazem a salvação.

§1167 O domingo é o dia, por excelência, da assembléia litúrgica em que os fiéis se reúnem para, ouvindo a Palavra de Deus e participando da Eucaristia, lembrarem-se da Paixão, Ressurreição e Glória do Senhor Jesus e darem graças a Deus que os 'regenerou para a viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos.

Domingo dia principal da celebração eucarística:

§1193 O domingo é o dia principal da celebração da Eucaristia por ser o dia da ressurreição. É o dia da assembléia litúrgica por excelência, da família cristã, da alegria e do descanso do trabalho. O domingo é o fundamento e o núcleo do ano litúrgico.

D.40.9 Obrigação de participar da liturgia dominical:

§1389 A Igreja obriga os fiéis "a participar da divina liturgia aos domingos e nos dias festivos" e a receber a Eucaristia pelo menos uma vez ao ano, se possível no tempo pascal, preparados pelo sacramento da reconciliação. Mas comenda, vivamente, aos fiéis que recebam a santa Eucaristia nos domingos e dias festivos ou ainda com maior freqüência, e até todos os dias.

§2042 O primeiro mandamento da Igreja ("Participar da Missa inteira aos domingos, de outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho") ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição

do Senhor e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos. Em primeiro lugar, participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e abstendo-se de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias.

Antes de qualquer obrigação, o meu relacionamento com Deus deve ser por amor e o meu compromisso concreto exige tempo e espaço para se atualizar, por isso, a minha paróquia é lugar de encontro com Ele e com os meus irmãos na fé, onde eu alimento a minha experiência e vida com o meu Senhor. Não existe uma experiência autêntica de Jesus Cristo fora da comunidade, nela sou formado na Palavra, no Altar, no testemunho e na doação de minha vida.

Sabendo de todas essas maravilhas e chamados a renovar o nosso compromisso com Jesus Cristo e com a Igreja Paroquial, como tem sido a sua participação na sua paróquia? Qual tem sido a sua experiência paroquial? Você vai à Missa todos os Domingos?

Nunca é tarde para recomeçar. Minha benção fraterna+.

Padre Luizinho
Sacerdote Missionário da Canção Nova

18 de dezembro de 2008

Católico pode casar com protestante?

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Os esposos podem sentir o drama da desunião dos cristãos

Esta pergunta se torna cada vez mais comum, porque muitos jovens católicos estão namorando com protestantes.

Se ambos foram batizados (mesmo que na comunidade protestante), o sacramento do matrimônio pode ser celebrado na Igreja Católica, desde que os cônjuges aceitem certas condições. Mas a Igreja não deixa de lembrar que há dificuldades a serem superadas. Sabemos que o casamento se funda na expressão "sereis uma só carne" (Gen 2,23) e que, portanto, a diferença de religiões dificulta esta união plena.

Antes de tudo, a Igreja coloca as condições para a liceidade e validade de um matrimônio:

Cân. 1108 § 1. "Somente são válidos os matrimônios contraídos perante o Ordinário local ou o Pároco, ou um sacerdote ou diácono delegado por qualquer um dos dois como assistente, e além disso perante duas testemunhas, de acordo porém com as normas estabelecidas nos cânones seguintes, e salvas as exceções contidas nos cânon. 144, 1112, § 1, 1116 e 1127, §§ 2-3."

§ 2. Considera-se assistente do matrimônio somente aquele que, estando presente, solicita a manifestação do consentimento dos contraentes e a recebe em nome da Igreja.

Cân. 1086 § 1. "É inválido o matrimônio entre duas pessoas, uma das quais tenha sido batizada na Igreja Católica ou nela recebida e que não a tenha abandonado por um ato formal, e a outra que não é batizada".

O Catecismo da Igreja diz:

§1634 – "A diferença de confissão entre cônjuges não constitui obstáculo insuperável para o casamento, desde que consigam colocar em comum o que cada um deles recebeu na sua comunidade e aprender, um do outro, o modo de viver sua fidelidade a Cristo. Mas nem por isso devem ser subestimadas as dificuldades dos casamentos mistos. Elas se devem ao fato de que a separação dos cristãos é uma questão ainda não resolvida. Os esposos correm o risco de sentir o drama da desunião dos cristãos no seio do próprio lar. A disparidade de culto pode agravar mais ainda essas dificuldades. As divergências concernentes à fé, à própria concepção do casamento, como também mentalidades religiosas diferentes, podem constituir uma fonte de tensões no casamento, principalmente no que tange à educação dos filhos. Uma tentação pode então apresentar-se: a indiferença religiosa".

Para que um casamento misto seja válido e legítimo tem que haver a permissão da autoridade da Igreja, o bispo, como diz o Código de Direito Canônico no cânon 1124. O cânon 1125 diz: "O Ordinário local pode conceder essa licença se houver causa justa e razoável; não a conceda, porém, se não se verificarem as condições seguintes:

1°- a parte católica declare estar preparada para afastar os perigos de defecção da fé e prometa, sinceramente, fazer todo o possível a fim de que toda a prole seja batizada e educada na Igreja Católica;

2°- informe-se, tempestivamente, desses compromissos da parte católica à outra parte, de tal modo que conste estar esta, verdadeiramente, consciente do compromisso e da obrigação da parte católica;

3°- ambas as partes sejam instruídas a respeito dos fins e propriedades essenciais do matrimônio, que nenhum dos contraentes pode excluir".

O cânon. 1126 orienta que: "Compete à Conferência dos Bispos estabelecer o modo segundo o qual devem ser feitas essas declarações e compromissos, que são sempre exigidos, como também determinar como deve constar no foro externo e como a parte não-católica deve ser informada".

Não devem ser feitas outras celebrações ecumênicas após a celebração do matrimônio; diz o Código, no cânon 1127:

§ 3. "Antes ou depois da celebração realizada de acordo com o § 1, proíbe-se outra celebração religiosa desse matrimônio para prestar ou renovar o consentimento matrimonial; do mesmo modo, não se faça uma celebração religiosa em que o assistente católico e o ministro não-católico, executando simultaneamente cada qual o próprio rito, solicitam o consentimento das partes".

Portanto, é possível um católico se casar na Igreja Católica com uma pessoa protestante, desde que esta seja batizada validamente e aceite as condições explicadas acima. No entanto, é bom lembrar aos jovens que não é fácil conciliar tudo isso. No calor da paixão inicial do relacionamento, isso pode parecer fácil de superar, no entanto, com o passar dos anos, o nascer dos filhos, etc., as dificuldades podem aumentar. O recomendado pela Igreja é que o fiel católico se case com alguém de sua mesma fé.

Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com