28 de agosto de 2015

Viramos escravos da própria carreira?

Com tantos sonhos e ambições, tornamo-nos escravos da própria carreira

"Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas". No texto 'Felicidade Realista', de Martha Medeiros, encontra-se a frase citada acima, que traz um questionamento referente ao estilo de vida que adotamos e as metas que buscamos alcançar ao longo da carreira profissional.

Viramos escravos da própria carreira
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

O trabalho, o cotidiano rotineiro têm tirado os prazeres básicos que tanto almejamos, como ganhar o suficiente para pagar as despesas, poder se divertir aos fins de semana e desfrutar de momentos felizes com a família. O simples passou a ser pouco, buscamos o extraordinário e, por mais que o alcancemos, não nos damos conta e continuemos a buscar, buscar, buscar…

Trata-se de um vazio infinito, fruto de uma saga que nunca vai se completar, já que nada nos satisfaz, e queremos sempre mais e mais. Para isso trabalhamos mais, estressamo-nos mais, adoecemos mais e por aí vai. Dados mostram: cresce o número de pessoas que querem se curar dos efeitos drásticos causados pelo trabalho na mente e no corpo.

As empresas estabelecem estilos de vida ilusórios que cegam seus colaboradores; assim, esses indivíduos esgotam as horas extras, perdem o lazer, deixam de lado os relacionamentos em troca de destaque, dinheiro e prestígio. Mas será que tudo isso vale a pena? O que é essencial para nossa vida?

Tenho a impressão de termos esquecido que para sermos completos nos basta cultivar as coisas simples, como um almoço com pessoas queridas, um reencontro inesperado, a lembrança que uma boa música nos traz. Deixamos de lado tudo isso para enfrentar, competir, lucrar e vencer. Uma vitória sem ganhadores, ou como se alguém vencesse um campeonato, mas não fosse buscar o prêmio, porque não percebeu que era o campeão.

Volte-se para dentro de si e descubra o que realmente o eleva de forma consciente. A paz interior precisa ser contemplada. O tempo perdido não volta, porém ainda é possível escrever uma nova história, mais feliz, com quem amamos!

 


Ioná Piva

Atualmente é professora dos cursos de Comunicação Social da Faculdade Canção Nova (Jornalismo e Rádio e Televisão). Mestranda do programa de pós graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista, cuja linha de pesquisa é: Inovações Tecnológicas na Comunicação Contemporânea.


Fonte: http://formacao.cancaonova.com/vocacao/profissao/viramos-escravos-da-propria-carreira/

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