11 de julho de 2014

Artigo mostra a relação materna dentro da SSVP

Como posso falar das mães que se tornaram santas, principalmente as que fazem parte da história da Família Vicentina, depois de termos como nossa mãe a 
Mãe de Deus? Foi o próprio Jesus, ainda na cruz, quando viu sua mãe e, ao lado dela o discípulo que Ele mais amava, que disse: "Mulher, eis o teu filho!". Depois disse ao discípulo João: "Eis aí tua Mãe!" (Jo 19, 26-27). 
Maria concebeu por meio da obra do Divino Espírito Santo e, assim, tornou-se exemplo para todas as mulheres que querem dizer 'Sim' aos propósitos de Deus. Como Mãe de Jesus e esposa de Deus Pai, não desfez sua pureza, foi sempre virgem e Santa ao lado do seu castíssimo esposo, José.
Assim como Maria, outras mães se tornaram santas, passando por martírios e grandes sofrimentos, chegando a dar a própria vida para salvar a vida do filho do pecado ou da morte.
Mônica de Hipona rezou durante 30 incansáveis anos pela conversão do seu filho Agostinho, sua fé inabalável e oração fervorosa a santificaram. Morreu no mesmo ano da conversão dele. Estes são Santa Mônica e Santo Agostinho. 
Também Luísa de Marillac se dedicou ao serviço da caridade e à religiosidade. Forçada pela família a se casar contra a sua vontade, obedeceu aos pais. Seu casamento durou pouco, foi só o tempo de se tornar mãe, pouco depois o esposo veio a falecer.
Desde então, ela se dedicou ao filho e aos trabalhos da Igreja, cuidando das pessoas carentes. Foi aí que conheceu padre Vicente de Paulo e, aliando-se a ele na caridade, depois de algum tempo, se torna Irmã de Caridade. Hoje, Santa Luísa de Marillac.
A consócia Gianna Beretta Molla, menos conhecida, se fez santa pelo seu amor de Mãe. Nasceu em Magenta, Itália, a 4 de outubro de 1922; ainda adolescente acolhe o dom da fé e a educação cristã, recebida de seus pais. Confiante na Providência e na eficácia da oração, mesmo na época quando cursava Medicina, demonstrava sua fé no compromisso generoso de apostolado entre os jovens da ação católica, fazendo parte da Conferência São Martinho da qual foi secretária atuante. Formou-se médica e se especializou em pediatria, em Milão, no ano de 1952 e, dentre seus pacientes, deu grande atenção às mães, crianças, idosos e Pobres. 
Ser médica para a consócia Gianna era uma missão. Pensava em tornar-se missionária no Brasil, mas optou pelo matrimônio, que abraçou com entusiasmo, assumindo com total doação "para formar uma família realmente cristã". Casou-se em 24 de setembro de 1955, transformando-se em mulher totalmente feliz. Entre novembro de 1956 e 1959, teve três filhos, porém no segundo mês da sua quarta gestação, vê-se diagnosticada com um tumor maligno no útero. Antes de ser operada, sabendo do grave perigo para a gravidez, suplica ao cirurgião que salve a vida que traz em seu ventre e entrega-se à Divina Providência e à oração.
Com o feliz sucesso da cirurgia, agradece intensamente a Deus a salvação da vida do filho. Passa os sete meses que a distanciam do parto com a mesma dedicação de mãe e de médica. Receia e teme que a criança possa nascer doente e suplica a Deus que isto não aconteça. 
Pouco antes do parto, está pronta a sacrificar sua vida para salvar a do filho: "E se tiver que decidir entre mim e o filho, que salve a criança". Na manhã de 21 de abril de 1962 nasce Gianna Emanuela. Apesar dos esforços para salvar as vidas de ambas, na manhã do dia 28 do mesmo mês, com muita dor, aos 39 anos, após ter repetido a jaculatória "Jesus eu te amo, eu te amo", ela faleceu.
No ano de 1994, o Papa João Paulo ll declara beata a consócia Gianna Beretta Molla durante o Ano Internacional da Família. Dez anos depois, ela se torna a primeira santa leiga vicentina ao ser reconhecida como a "mártir do amor maternal", tendo sido canonizada pelo Papa João Paulo ll, no dia 16 de maio de 2004.
Certamente, se procurarmos, encontraremos muitas outras mães santas por terem sido canonizadas pela Igreja, porém, ao analisarmos com carinho, enxergaremos em cada casa a 'santa' que Deus deu a cada filho, para protegê-lo, ampará-lo e interceder junto ao Pai por sua vida.
Ser Mãe é um dom dado por Deus. Parabéns a todas as mães!


Confrade João Gonçalves Estevam!
Conselho Metropolitano de Belo Horizonte

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