 
				 				O melhor a fazer não é apenas 'dialogar', mas rezar
No campo  ecumênico as tristezas são maiores do que as alegrias. Cinquenta anos  depois do Concílio, continuamos marcando passo. Houve uns pequenos  consolos, algumas aproximações positivas. Mas além disso, somos  parecidos com os corredores da Fórmula Um, cujo veículo, uma vez caído  na caixa de brita, não sai mais do lugar. Os anglicanos, algum dia, vão  acertar os passos com os católicos? Humanamente falando, jamais. Os  ortodoxos e os católicos vão abandonar as suas agruras históricas e  procurar se acertar? Esqueçam. É inútil lembrar os uniatas, que  reconhecem o Papa. Parece que não passarão da situação atual.  Desnecessário lembrar os albigenses. É da natureza humana adorar uma boa  briga e dar o troco por desaforos sofridos. Se depender do esforço de  pessoas boas, ou até das espertezas e diplomacias humanas, estaremos  desunidos para sempre (e com chance de aumentar a desunião). Mas  o Eterno guarda uma carta na manga. Um dia mais, ou um dia menos, o Pai  das Misericórdias nos concederá a unidade como um dom gratuito.  O melhor que podemos fazer não é "dialogar", mas rezar. Pela humilde  oração podemos antecipar os tempos. O que Jesus previu vai se cumprir: "Haverá um só rebanho e um só Pastor" (Jo 10, 16).
Dom Aloísio Roque Oppermann scj
domroqueopp@terra.com.br
 
 
 0 Comentários
0 Comentários